Meu marido quer que eu goze sempre mas eu não.

Olá Roberta

Vc está sofrendo abuso sexual no seu relacionamento, transar apenas para satisfazer a necessidade dele, sem estar com vontade, é uma forma de estupro muito comum nos relacionamentos. A mulher absorve crenças de que é sua obrigação satisfazer a necessidade do parceiro por medo de ser traída ou abandonada e muitas vezes é objetificada na relação porque vivemos em uma sociedade machista, que não prioriza a mulher. O homem geralmente está com o poder dentro do relacionamento e isso faz com que a mulher acredite que precisa se submeter ao que o parceiro quer. Esse excesso de relações sexuais pode demonstrar uma disfunção, como compulsão sexual, por exemplo. É muito comum que homens sejam viciados em pornografia e isso estimula essa comportamento desajustado, assim como colabora para a violencia contra a mulher, já que muitas cenas desses filmes retratam abusos e estupros como forma de fetiche. Essa insistência dele é um agravante nessa história porque me parece que ele quer que vc goze para validar a masculinidade dele e não para que, de fato, vc fique satisfeita. Se ele estivesse preocupado com vc te ouviria, respeitaria sua vontade e o desfecho não seria a briga. É importante avaliar a qualidade da sua relação e refletir sobre outros aspectos também porque muito provavelmente outras formas de abuso estejam presentes no seu relacionamento. Espero ter ajudado. Fico a disposição para te atender e facilitar o seu autoconhecimento. Um abraço

Oi Roberta
Há muitas coisas a considerar...
À princípio, o homem foi educado pelo sistema para frustrar a mulher; quanto mais frustração o sistema gerar tanto no homem como na mulher, mais o sistema se nutre da baixa frequência gerada pela frustração.
O sistema não está nem aí com a realização, ele quer apenas que seja obedecido e faça o que deve fazer.
Por isso, a mulher busca fazer amor, ela é sensível, ela sente prazer em todo o corpo, a mulher é geradora de vida, a mulher é quem educa o homem. Então, o sistema frustrando a mulher, garante a frustração dela e também do homem.
O homem manipulado foi programado para fazer sexo e a única intenção dele é penetrar e gozar.
A mulher frustrada e manipulada pelo sistema, represa esta energia da vida, não consegue liberar e se entregar completamento por conta de valores, medo e culpa que o sistema impõe nela. Mas o corpo é sábio, o corpo não mente nunca, o corpo não se deixa adulterar e mesmo que a mente não permita, o corpo transmite desejos, sexo, prezer sem ela se dar conta.
O homem se sente atraído por esta solicitação (é sempre a fêmea que desperta o macho ao sexo) e se erotiza...
Por isso ele tem desejos constantes e quer fazer sexo muitas vezes durante o dia.
Teu marido está apenas sendo marionete desses desejos e precisa acordar, administrar as emoções e impulsos... ele pode não estar erotizado por você, mas por outras mulheres e por isso, você permanece fria, teu corpo não se erotiza e se sente manipulada.
Mesmo que você faça sexo apenas para aliviar ele, isso não vai durar porque não suporta ser usada dessa forma. Conflitos vão surgir e possivelmente vão se separar porque não é uma atividade livre, realizadora; é uma imposição, ambos estão sendo usados.
Proponho fazerem Psicoterapia para entender melhor como funciona a sexualidade e se colocar nessas coordenadas da vida e parar de serem manipulados pelo sistema.
Converse, dialogue com ele, proponha fazerem Psicoterapia, antes individual e depois de casal para entenderem o que está acontecendo e poderem conviver em harmonia e realização.
Quanto mais ele insiste que você deve gozar, mais gera em ti sentimento de impotência, raiva e desprezo... daqui a pouco tua vagina não vai mais aguentar, vai entrar em sofrimento.
Teu marido não está sabendo te amar; quando ele entender, naturalmente teu corpo responde com prazer e alegria e leveza.
Abraços

Lembre-se seu corpo suas regras a decisão é sua, sexo é prazer e em um relacionamento prazer a dois.
Ninguém deve ser obrigado a nada. No quesito brigas ,terapia de casal e falar abertamente sobre suas queixas ao parceiro na busca por uma solução.

Olá, entendo que a situação descrita pode ser desgastante e frustrante para você. A intimidade no relacionamento deve ser um espaço onde ambos se sintam confortáveis e respeitados em relação aos seus desejos e limites. É importante que o consentimento e o prazer sejam mútuos, sem pressões ou obrigações.

Você mencionou que já tentou conversar com seu marido diversas vezes sobre a questão, mas sem sucesso. Uma possibilidade seria buscar um espaço de terapia de casal, onde um profissional qualificado pode ajudar vocês a explorarem esses conflitos, comunicarem suas necessidades de forma mais eficaz e entenderem melhor os limites de cada um.

Vale lembrar que ninguém é obrigado a ter prazer ou agir de determinada forma em um relacionamento, e isso precisa ser respeitado por ambas as partes. A insistência repetida pode ser um sinal de falta de comunicação efetiva ou até mesmo de desrespeito aos seus limites, o que deve ser trabalhado com cuidado.

Caso a situação esteja afetando sua saúde emocional ou física, considerar uma terapia individual também pode ser uma maneira de explorar esses sentimentos e encontrar estratégias para lidar com essa situação.

Roberta, o sexo tem vários significados. Precisamos entender melhor a necessidade do seu marido para resolver essa situação. Existem possibilidades psicológicas e fisiológicas.

Olá, Roberta!

Roberta, é fundamental estabelecer uma comunicação aberta e honesta com seu marido sobre suas necessidades e limites, explique que o prazer não se resume ao orgasmo e que você também quer se sentir respeitada e confortável durante o ato sexual. Contudo, como você apontou que já conversou várias vezes e o problema continua, parece ser importante entender a origem da intensa necessidade dele e explorar juntos diferentes formas de intimidade que não estejam centradas apenas no orgasmo. Considerar a terapia de casal pode ser uma boa opção, pois um profissional pode ajudar a mediar a conversa e abordar questões mais profundas sobre sexualidade.

Além disso, é crucial que ele respeite seus limites. Deixe claro que a insistência não é aceitável e que o sexo deve ser uma troca onde ambos se sintam bem. Ao encontrar um equilíbrio e explorar novas formas de prazer, a conexão pode ser fortalecida e tais conflitos podem ser resolvidos, criando um relacionamento mais saudável e satisfatório para ambos.

Espero ter ajudado. Fico à disposição para mais esclarecimentos.

Abraço, Roberta!

É importante que haja uma comunicação clara e aberta entre vocês sobre as expectativas e necessidades de cada um. Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar a resolver essa situação:

1. Conversa Aberta: Reserve um momento tranquilo para discutir como você se sente. Explique que o prazer deve ser mútuo e que a pressão para gozar pode ser desgastante.


2. Estabeleça Limites: Deixe claro quais são seus limites durante o sexo. Falar sobre isso fora do ato pode ajudar a reforçar suas necessidades.


3. Educação Sexual: Considere explorar juntos o que significa prazer e satisfação sexual. Livros ou vídeos sobre sexualidade podem ajudar a abrir a mente dele.


4. Foco no Prazer Mútuo: Proponha formas de explorar o prazer que não envolvam necessariamente o orgasmo. Isso pode aliviar a pressão.


5. Terapeutas ou Conselheiros: Se as conversas não estiverem funcionando, um terapeuta sexual pode ajudar ambos a entender melhor suas dinâmicas e necessidades.


6. Reflexão: Pergunte a ele se ele já parou para pensar em como se sente quando você não goza. Isso pode gerar empatia e compreensão.



O mais importante é que ambos se sintam ouvidos e respeitados.

Roberta, seria bom entender mais um pouco sobre essa necessidade do seu marido, mas de qualquer maneira, seria interessante ensinar a ele que existem muitas formas de você sentir prazer que não envolvem, necessariamente, um orgasmo. Conversar sobre isso em um ambiente de psicoterapia poderia ajudar vocês a encontrarem uma forma de resolverem está questão. Coloco-me à disposição, está bem?

Olá,
Primeiro que você já erra quando só transa por causa dele, entendo que relacionamento é abrir mão e agradar o parceiro, mas você tem que respeitar seus limites.
E por fim, ele tem que respeitar seus limites, pois como falei, no relacionamento ambos tem que ceder e isso vale para ele também

Oi Roberta seu relato nos faz pensar que seu esposo é compulsivo por sexo e deve ser tratado da mesma forma que existe compulsão por comida, jogos e outros . Tudo que é muito ou pouco poderá ser patológico, precisamos trabalhar o mediano. É importante conversar com ele na intenção de procurar tratamento. Um casal nunca é uma pessoa então prazer devem ser para os dois e nunca para um. Quando falamos em sexo precisamos que o casal esteja afinado que os prazeres sejam compartilhados o que é bom para um deverá ser com para o outro igualmente com mais ou menos intensidade. Sugiro conversar com ele e explicar seus sentimentos e de comum acordo conseguir manter um relacionamento saudável. Outra situação é avaliar se sempre foi desta forma e se não reavaliar comportamentos.

Bom dia, Roberta! Obrigado por escrever. Pelo relatado, parece que a questão essencial está na busca melhor da profundidade da empatia e comunicação. Veja que você quer agradar a seu marido; seu marido também quer te agradar. O orgasmo é uma descarga agradável de energia que as pessoas acham muito importante oferecer para as outras. Em outra frente, podem alimentar a ideia de que a pessoa amada não vivencia orgasmo por insuficiência dela (no caso, marido), podem supor que não vivenciam orgasmo por não vivenciar tanta atração pelo marido. Pensando a questão, olhando do seu lugar: você também acha importante oferecer a seu marido a descarga energética do orgasmo.
Diálogo, muito diálogo, reafirmação teórica e prática do comprometimento mútuo, poderá propiciar mais tranquilidade para ambos.
As possibilidades acima são apenas exercícios para ponderar a complexidade da intimidade sexual, vinculada com a história do vínculo das pessoas, as imaginações, fantasias, suposições.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.