Olá. Preciso de uma ajuda, uma luz! Meu filho tem 06 anos e há uns meses vem acontecendo umas coisas que fico pensativa. Ele noutro dia me disse que queria namorar um amigo. Aí eu expliquei que ele era muito novo pra isto, mas fiquei um pouco preocupada confesso.
Logo, ele disse que na escola um amigo perguntou se ele era gay. E ele disse que sim (mas ele até então não sabia o que significava). Aí disse que o amigo falou que gay era menino que namora menino. E ele ficou quieto.
Sinto que ele desconversa se eu começo a fazer perguntas. Mesmo eu tentando evitar pra não criar a “curiosidade” nele.
Ele já faz psicóloga há uns meses pq estava meio irritado com frequência e decidimos, eu e meu esposo em colocar numa psicóloga. E ela me disse que ele esse assunto as vezes aparece num contexto, mas não diariamente. E que não é pra eu ficar insistindo… responder somente o que ele me perguntar, sem ficar perguntando muito.
Mas estou bem pensativa, sem saber como agir.
Essa idade, já tem uma sexualidade formada? Isso quer dizer que ele pode ser gay?
Resposta enviada
Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente
Algo falhou
Por favor, tente outra vez mais tarde.
A melhor resposta
10 AGO 2024
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Bom dia Ma, o mais importante que é a psicóloga vc já fez. A terapia é um ambiente neutro, seguro que seu filho vai trabalhar sentimentos de forma lúdica para equilibrar e fortalecer o emocional. Nessa idade, comportamentos de namorinho e essas situações costumam ser para chamar a atenção, o que realmente com a terapia, vai ter elaborações lúdicas. A sexualidade começa a se formar desde o nascimento, na pré adolescência as preferencias de gênero já estão mais definidas porem não é algo definitivo. Quanto ao fato de você estar insegura sugiro voltar a conversar com a psicóloga dele, ou procurar uma terapia para você, ou mudar a profissional dele para alguém que te passe segurança. Muito importante você sentir-se segura e tranquila ate por ser o referencial de seu filho. Espero ter ajudado, abraço fraterno,
Lisiane Hadllich Machado
Psicóloga & Psicanalista & Terapia familiar/casal.
Olá, tudo bem? Vamos conversar! Hoje as informações sobre tudo, principalmente sobre sexualidade e gênero estão muito fáceis de ser acessado, o problema é, de que forma as crianças consomem essas informações porque geralmente consomem de forma errada. Daí surgem as dúvidas que os filhos trazem da escola, como eles sabem o que é ser gay? Então, respondendo as suas perguntas, pode uma criança ter sua sexualidade formada?? Não, mas as curiosidades vem sim nessa idade, uma delas são as descobertas através do toque, de se tocar e sentir o próprio corpo, diferentemente quando se trata de questoes de identidade de gênero que é quando a criança começa a se identificar com as coisas do gênero oposto, mas mesmo assim, é indicado aos pais com essas questões de acordo com o desenvolvimento da criança deixar ela por si explorar de forma natural, sem dizer o que é certo ou errado, vale colocar aqui que orientação sexual e identidade de gênero não são escolhas, através das experiências que seu filho vier a ter na vida, em algum momento ele irá decidir. Cabe aos pais apoiar.
Olá Ma, tudo bem?
Aos 6 anos, seu filho ainda está em uma fase inicial do desenvolvimento em que a identidade de gênero e a orientação sexual não estão completamente formadas. Nessa idade, as crianças começam a explorar e entender o mundo ao seu redor, incluindo conceitos como gênero, amizade e amor, mas isso não significa que eles já têm uma identidade sexual ou orientação definida.
O que você está descrevendo é comum e natural. Crianças nessa fase muitas vezes experimentam ideias e palavras que ouvem dos colegas ou dos adultos ao seu redor. Elas podem repetir conceitos sem compreender completamente o significado ou as implicações desses termos. O interesse em namorar um amigo, por exemplo, pode ser simplesmente uma expressão de afeto ou admiração, sem qualquer conotação sexual.
A psicóloga do seu filho está certa ao recomendar que você responda às perguntas dele de forma simples e direta, sem pressioná-lo ou insistir em tópicos que ele não traz espontaneamente. Isso ajuda a criar um ambiente seguro e acolhedor, onde ele se sente livre para explorar seus sentimentos e fazer perguntas conforme sua compreensão se desenvolve.
Quanto à formação da identidade sexual, isso é um processo complexo que continua ao longo da infância, adolescência e, às vezes, até na vida adulta. O fato de ele ter dito que era gay porque um amigo explicou que "gay é menino que namora menino" não significa que ele já tenha uma orientação sexual definida. As crianças costumam experimentar diferentes papéis e ideias à medida que crescem e aprendem mais sobre si mesmas e o mundo.
Seja uma presença amorosa e de apoio, mostrando que ele pode conversar com você sobre qualquer coisa, sem julgamento. Responda às perguntas dele de maneira simples e honesta, sem entrar em muitos detalhes desnecessários para a idade dele. Assegure que ele se sinta seguro e aceito em casa, independentemente do que possa surgir à medida que ele cresce e se desenvolve. Permita que ele explore e entenda suas próprias emoções e sentimentos no tempo dele, sem pressa ou pressão.
O mais importante é que ele sinta que pode contar com você e que é amado e aceito, independentemente de qualquer coisa. O processo de entender sua identidade e orientação sexual é longo e complexo, e ele ainda está apenas começando essa jornada.
Se precisar fico à disposição.
Marília - psicólga clínica e jurída de orientação psicanalítica.
É natural sentir-se preocupada quando surgem questões sobre sexualidade envolvendo uma criança pequena. O desenvolvimento da sexualidade infantil é uma fase complexa e repleta de nuances, e é compreensível que você queira entender melhor a situação do seu filho. A sua preocupação demonstra um cuidado profundo e amoroso, e é essencial abordar essas questões com sensibilidade e apoio.
Aos seis anos, as crianças estão apenas começando a explorar e entender o mundo ao seu redor, incluindo conceitos relacionados a si mesmos e aos outros. De acordo com a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson, esta fase da infância é marcada por um processo de exploração e desenvolvimento da identidade. A sexualidade nesta idade está mais relacionada à curiosidade e ao aprendizado sobre os diferentes aspectos da vida, sem uma compreensão completa ou uma identidade sexual definida. É importante lembrar que, para crianças dessa faixa etária, expressões de curiosidade sobre o gênero e a sexualidade muitas vezes refletem uma tentativa de entender o que elas veem e ouvem ao seu redor, e não necessariamente uma indicação de uma identidade sexual específica.
A orientação da psicóloga do seu filho é valiosa e está alinhada com as melhores práticas na psicologia infantil. É recomendável manter uma abordagem aberta e receptiva, respondendo às perguntas do seu filho com clareza e simplicidade, sem forçar o assunto. O fato de ele ter mencionado que "queria namorar um amigo" e ter respondido que era "gay" pode ser uma expressão de curiosidade ou uma tentativa de se conectar com o que ele ouviu, mais do que uma indicação de uma identidade sexual definitiva. É essencial continuar apoiando-o emocionalmente e garantindo um ambiente onde ele se sinta seguro para expressar seus sentimentos e dúvidas.
Seu papel como mãe é fundamental em oferecer um ambiente de amor e aceitação, independentemente da fase de desenvolvimento do seu filho. Aconselho a manter um diálogo aberto e a continuar com o acompanhamento psicológico, que pode ajudar a explorar essas questões de forma adequada e sensível. Se surgir alguma preocupação mais específica ou se você precisar de mais orientação, buscar o apoio de um especialista em desenvolvimento infantil pode ser uma opção útil.
Sou Marco Antônio Lucas, psicólogo clínico, neuropsicólogo, cientista da religião e discente de antropologia, com CRP-04/77122. Tenho experiência em psicologia clínica, neuropsicologia e ciências da religião, além de estar em formação contínua na área de antropologia. É importante buscar apoio profissional contínuo para compreender e abordar questões como essas de maneira profunda e adequada.
Bom dia, Ma! Obrigado por se colocar. Pelo texto colocado, estamos diante de uma conversa de crianças. Crianças veem a questão do namoro de uma perspectiva muito diferente do adulto. Pode ser que namorar, no caso, represente ser amigo. Certamente o conceito de gay e seus desdobramentos, não apresenta possibilidade de entendimento para ele.
A questão do falar ou não falar, envolve o cuidado de não antecipar saberes e conceitos de adultos para a criança. O correto é dialogar com a criança, a partir dos conteúdos e entendimentos que a criança apresenta.
Permanecendo pensativa, com dúvidas, será enriquecedor você ver nossos perfis, escolher um de nós, psicólogos, conversar para se situar melhor quanto as formas de agir.
Há direcionamentos, observações, atitudes que podem contribuir para formas mais leves e adequadas de conduzir a criança a seu desenvolvimento harmônico.
Estarei a disposição.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
