Tenho uma péssima relação com a minha mãe. Ela sempre fez distinção entre as filhas, no caso, minha irmã e eu. O lado bom é pra ela e o ruim pra mim. Antes eu me sentia rejeitada e fazia de tudo pra ela "cuidar" de mim, ter carinho por mim. Fazia de tudo por ela, mas no final a filha boa era a minha irmã. Ela me culpava por tudo. Sempre me senti sozinha. Não me recordo se na minha infância foi diferente, pois não lembro de nada.
Isso tudo me doeu tanto que nenhuma situação ruim que eu tenha passado conseguiu me abalar como a falta de sentimento dela por mim. É como se nada pudesse ser pior. A dor, a sensação de despertencimento, o vazio que sinto... é muito perturbador.
Hoje, eu só sinto raiva dela e quero ela bem longe de mim.
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29 NOV 2019
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Oi Ana Sílvia
Saiba que a tua maior dor, vai ser a tua maior força. Hoje está vendo como ser preterida, amanhã vais perceber que é o teu maior ganho.
Tu já obtiveste da tua mãe o que precisavas... a viada que ela te deu, te cuidou enquanto pequena... Hoje, tu mesma terás que ser mãe para ti mesma, Pai de ti mesma, Tu ser a tua melhor amiga.
Tens a tua vida para construir, a tua profissão para realizar... o teu projeto de vida.
O que queres ser? Nasceste para que? Quais teus talentos? Tuas habilidades? Isto é mais importante do que choramingar afetos, aprovações, valorizações que não te acrescentam em nada.
Tu veio através da tua mãe e pai, mas tu não é deles. Deves ter o maior carinho por eles, sim, por eles ter proporcionado a existência tua. Por eles agirem assim contigo, estão na verdade dando força para que consigas a tua liberdade, a tua independência afetiva e financeira... tu nem está vendo isto ainda porque está cega por um afago.
Tão logo consigas colocar a mão no teu projeto de vida, vais compreender isto mais claramente... Tu não precisa mais deles, tu não precisa da aprovação deles. Precisas de tua própria responsabilidade... não há castigos e nem recompensas... só há consequências pelas escolhas e decisões tomadas... é dona de ti mesma. Nisto demonstrarás a tua força, a tua garra e coragem.
Vais ter muito orgulho de ti mesma... se não te deixares envolver pela trama familiar.
28 NOV 2019
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Boa tarde Ana,
Entendo sua dor e sei como você se sente, se as mães soubessem o mal que fazem aos seus filhos não sabendo compartilhar esse amor entre os filhos, isso é uma dificuldade dela. Se você sente que gerando tantos conflitos para você procure um psicologo para a prender a trabalhar essas questões. Não podemos mudar os outros mas podemos mudar o modo como percebemos e também o que fazer com isso...
Procure um psicólogo ele irá ajudá-la a mudar de foco.
Boa sorte,
Maria da Conceição V. Gioia
28 NOV 2019
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Olá! Grato por participar. O que será que sua mãe diria se lesse esse texto? Intencionalmente não é comum mães preferirem deliberadamente um filho sobre o outro, por outro lado, o encontro das histórias e personalidades faz com que haja proximidades diferentes. Considerando esse fato, podemos perguntar: Qual a participação da história e da personalidade nisso? Em que medida seu mundo de emoções te faz ver as coisas com intensidade diferente daquela que é real? Em que medida as forças emocionais da sua mãe, limitam para que ela possa trabalhar para que vocês tenham maior aproximação. Não podemos esquecer que tanto você quanto sua mãe são seres humanos com qualidades e defeitos, limitações e superações, qualidades e defeitos. É extremamente habitual mães querem o bem de seus filhos. Acredito fortemente que a sua mãe quer o seu bem, assim como tenho certeza de que você quer o bem da sua mãe. Quando você diz: "hoje seu sinto raiva dela", é uma descrição muito interessante. Amanhã será de outro jeito. Raiva não é dela é da interpretação de que você foi frustrada nas suas expectativas. Será, certamente, muito enriquecedor você conversar com sua mãe sobre esses sentimentos. Para tanto é preciso reorganizar as forças emocionais que surgem da história de vocês. Antes desse ponto é será bom entrar o psicólogo para te ajudar a abrir a mente e o coração para falar inteira, e para ouvir por inteiro. Um abraço: Ary Donizete Machado.