Isso é um caso de abuso ou assédio?
Eu tenho uma situação na minha vida, fui abusada e assediada a vida inteira, mas tenho dúvidas sobre o que de fato aconteceu e como devo proceder agora. - Quando tinha talvez, 5 anos, meu irmão de um ano mais velho e eu, brincávamos de casinha, aonde fazíamos simulações de sexo. Eu não sei como isso começou e da onde isso veio, mas claramente veio do meu irmão. Minha mãe viu um dia, bateu nele, mas não em mim, e disse que contaria ao nosso pai, nesse mesmo dia, meu pai sofreu um acidente e ela nunca contou. - Uma prima nossa, talvez com 13 ou 14 anos e nós primos e irmãos com entre 7 e 8 anos, ela brincava de mãe e filhos, e cobria a gente com lençol, e nós ficavam tocando nas partes intimas uns dos outros, como se tivéssemos explorando o corpo um do outro - Quando eu tinha entre 9 a 11 ou mais, meu irmão se masturbava todos os dias de noite, ele ficava balançando a cama e batia até no meu pé, eu sempre pensei que ele fazia isso de proposito e eu ouvia os gemidos das mulheres do filme, em um desses dias ele foi além, começou a subir a minha saia, a minha blusa, com intuito de ver minhas partes intimas, ele dobrava e um desses dias eu acordei, e vi minha roupa toda dobrada, e abaixei e perguntei o que ele tava fazendo, meus pais ouviram, e ele disse que eu estava falando sozinha sonambula, meus pais me chamavam de louca todos os dias (porque depois dos abusos psicologicos feito a mim, eu chorava muito e me cobria com lençol), meu irmão me abusava piscologamente, todo mundo ali, tinha uma mãe narcisista também, ninguém acreditava em mim. - Quando mais velha entre 12 e 13, meu irmão estava brincando comigo em cima da minha saia, mas ele ficava passando o dedo na minha parte intima disfarçadamente. - E em algum momento na infância, talvez com 10 ou 11 anos, meu irmão e eu brincávamos, e ele abaixava as calças, mandava eu fechar os olhos e colocar algo na boca e você sabe o que aconteceu, eu sabia o que ele tava fazendo naquela idade, mas eu entrava na brincadeira pela segunda vez. Fizemos isso por um tempo, todos os dias acho, mas em algum momento, isso parou. Provavelmente da minha parte, quando eu entendia o que estava acontecendo com um olhar mais adulto e adolescente, e ele fazia isso de forma discreta, como o dia da saia em que ele ficava me cutucando, mas eu nunca o denunciei aos meus pais, havia contado a minha mãe sobre ele subir minha saia, mas ela não fez nada, nem falou ao meu pai e hoje ela diz que esqueceu, com o tempo, fui deixando de brincar com ele, ou estar perto dele. Anos depois, com 15 por exemplo, eu já me distanciei dele completamente. Eu contei isso a minha mãe de novo, e ela simplesmente disse que pessoas mudam, e que esqueceu disso e nem lembra, ele vem aqui em casa e ela super incentiva e vinda dele, dizendo que quer que os filhos se sintam a vontade, eu não me sinto segura na minha própria casa. Eu fico olhando essas situações, e quase nenhuma delas parecem tão ruins ao ponto deu punir alguém por todas elas eu sinto que eu causei aquilo, ao mesmo tempo eu fico pensando, isso foi abuso, assédio? alguém explorando? O que isso tudo foi? O que fazer agora? É possível alguém faça isso e não seja uma pessoa ruim? Eu devo ver isso como duas crianças explorando por ser um ano mais velho? Como lidar com essas coisas? Nada do que aconteceu me fez perder a virgindade e nem finalizava em orgasmos. Eu protegi minha irmã mas nova dele, pra que ele não fizesse o mesmo. Eu não consigo culpar ele totalmente, porque sinto que eu queria e gostava, é estranho, mas como eu gostava se isso me traumatizou no momento que entendi tudo, talvez aos 13 anos? quando cheguei na adolescência, tinha nojo dele. Quando me relaciono sexualmente, mesmo depois de adulta eu sinto como se fosse imunda, suja, errada, descartavel e tenho dificuldade em sentir prazer, eu não valoizava meu corpo quando estava namorado, era como se não pudesse recusar sexo a um namorado, eu não conseguia dizer não. É como se essa parte de mim estivesse morta. Se alguém me assediasse eu não conseguia me defender e nem me tirar da situação. Isso se extendeu em outros cenários que não tinham pouco a ver.