Estou namorando há poucos meses (4 meses). Ela tem 34 anos, tem autismo leve, não trabalha, e ainda mora com os pais. No início achei que daria conta, mas tem sido bem difícil namorar uma mulher com autismo. Ela sempre reclama que está indisposta, não ajuda a mãe em casa, passa a maior parte do tempo no quarto, me parece ser preguiçosa (não podemos culpar autismo por tudo isso). Quando estamos juntos, sempre que eu começo com as preliminares pra gente transar, (diz ser virgem) ela fica praticamente me evitando sabe, não faz questão nenhuma. Não me beija se eu não beijar primeiro, não me abraça se eu não abraçar e por aí vai, sem falar que quando vou a casa dela tenho que viajar 80 km e quando chego lá ela só quer me dar selinho, na maioria das vezes reclamar da minha barba que a incomoda mesmo eu passando a gillete de leve. Mando mensagem de bom dia, a chamo de amor, de linda, trato com carinho, pergunto como foi o dia etc, mas não sou retribuído na mesma proporção. com esse namoro percebo que tenho esquecido de mim pra cuidar dela. Estou ansioso, frustrado, solitário na relação. Já tentei incentivar ela a ir no psicólogo, mas sempre diz que está bem. Não me sinto correspondido afetivamente, sexualmente e não recebo empatia em momentos difíceis da vida. Estou pensando em fazer terapia tcc ou terminar esse relacionamento.
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20 OUT 2022
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Olá Jonathan.
Que bom que você está decidido a fazer a terapia. Será de grande valia para você. Entendo a sua preocupação e frustração neste caso. Você esta certo em indicar a terapia para a sua namorada. Quem sabe seria interessante você conversar com os pais dela também. Existem clínicas especializadas que oferecem terapia familiar e psicoeducação. Se possível sugiro que a sua namorada procure uma Clínica especializada em Autismo. Se ela mora numa cidade grande ficará mais fácil. Um profissional especialista em autismo fará as avaliações e o diagnóstico preciso. Na terapia ela poderá desenvolver habilidades assertivas e de autoconhecimento. No caso do seu relacionamento amoroso a profissional poderá avaliar a necessidade de você participar em algum momento da terapia dela para tratar algum assunto específico. Fico a disposição para trabalhar esses temas com mais profundidade em Terapia.
Maria Nair
Psicóloga
Especialista em Psicologia Clínica
Terapia Cognitiva Comportamental
Oi Jonathan,
Me parece que as expectativas depositadas no relacionamento, não foram correspondidas e agora encontra-se frustrado.
Você está certo, precisa cuidar do seu emocional, para não desencadear a ansiedade, tristeza e baixa autoestima.
A psicoterapia é um processo de autoconhecimento e fortalecimento emocional, é importante nesse momento para ajudar a organizar seus sentimentos.
Fico a disposição caso queira se aprofundar.
Rute Martins - Psicóloga Clinica
Olá Jonathan! Obrigado por escrever. Diagnósticos dessa natureza sempre precisam de maior cuidado, maior especificidade. De outro lado, namoro é experimentação que, vivido de perto, mostra aspectos que não gostamos. É preciso verificar se predominam aspectos positivos sobre aspectos negativos. Namoro exige diálogo, tolerância, esforço, empatia. Fazer psicoterapia com psicólogo e terminar relacionamento não precisam apresentar conexão. O que precisa ocorrer é você reorganizar tua identidade, ponderar tuas prioridades, entender tua personalidade, viver autoconhecimento.
Para isso estaremos a disposição.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. As mentiras ainda perduram nos falsos religiosos e políticos com intenções egoístas. É impressionante como falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador vocacional.
