Eu estou com uma dúvida em relação ao embotamento afetivo ou a incapacidade das pessoas sentirem as emoções.
Há cerca de um ano eu venho conversado com um amigo pelo qual desenvolvi um afeto. Porém fui pega de surpresa quando ele me disse que não conseguia sentir emoções.
No início ele tentou muito ser meu amigo, persistiu mesmo eu não sabendo falar a segunda língua dele (no caso o inglês), ele manteve contato por semanas, se não meses, até conseguirmos nos comunicar bem (tanto escrevendo quanto falando). Até o momento em que fui pega de surpresa por ele ter me contado que sentia nada, nenhuma emoção, nenhum sentimento. Ele disse que apenas se sentia depressivo ou neutro. O tempo foi passando e eu continuei conversando com ele (ele me busca todos os dias para conversar e conversamos por horas). Após um tempo essa conversa sobre sentimentos voltou e ele disse que se sentia confortável conversando comigo e não se sentia mais neutro (talvez feliz? Mas ele não soube dar certeza, porque provavelmente ele sinta nada de fato).
Até um momento em que eu me peguei bem triste com essa situação, por ele ser incapaz de saber se gosta de mim ou não (talvez tenha afetado o meu ego também, mas enfim). Então eu perguntei a ele o que o motivou a conversar comigo, e ele disse que queria que eu gostasse dele, e que se sentia menos solitário conversando comigo.
Eu entendo que de fato ele sinta nada. Porém o que motivaria uma pessoa incapaz de sentir os próprios sentimentos a me procurar todos os dias para conversar?
Eu já perguntei a ele, porém não consigo confiar nas coisas que ele diz. Ele disse que sentiria falta de conversar com alguém. Eu disse que ele poderia me substituir (porque na minha cabeça só conversamos com quem gostamos, com quem nos acrescenta algo na vida e tendemos a rejeitar pessoas das quais não gostamos), e ele disse que não seria a mesma coisa, pois temos muitos assuntos em comum.
Então a grande dúvida, para quem pode me ajudar. O que motiva uma pessoa a conversar com a outra quando há o embotamento afetivo?
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10 AGO 2021
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Oi Catarina,
A maioria das pessoas buscam um relacionamento por carencia ou de afeto, segurança, aceitação, dominação...
Cada um dá o que tem dentro... não pode dar nada se não tem nada, se tem vazio, dá vazio e procura as outras pessoas para sugar a energia delas. Só que quem está com este tipo de pessoa sai frustrado, esgotado, desanimado, sem forças...
Nada podemos fazer para estas pessoas, não temos nenhum poder sobre elas.
Pelo descrito, ele pode ser uma pessoa muito carente, marcado por experiências pesadas, frustrantes, traumas... estpa com o emocional bloqueado, tem medo de falar a verdade, tem medo de se machucar novamente.
O máximo que podes fazer é pedir e questionar porque ele não procura ajuda? Porque não faz Psicoterapia para se curar dos traumas e harmonizar seu emocional?
Este estado dele não te faz bem, voce diminui energeticamente.
O que voce ganha por ter ele por perto? Como voce está investindo a tua vida?
Seja uma pessoa que valha a pena. Sempre pode fazer novas escolhas.
Cada um é responsável por si mesmo e apenas por si mesmo.
Uma vela acesa não quer iluminar nada e ninguém, quer apenas estar acesa e estando acesa, ilumina os outros.
Voce precisa cuidar de si e estar bem feliz e realizada. Assim pode iluminar os outros.
Conheça o embotamento afetivo e como lidar com esses transtorno psicológico
O embotamento afetivo é a dificuldade de expressar emoções e sentimentos. A pessoa que sofre com esse transtorno também é chamada de individuo esquizóide.
A perda global de emoções pode ocorrer após eventos que causam muita dor ao individuo, fazendo com que ele simplesmente não reaja a emoções e sentimentos.
O embotamento afetivo deve ser tratado com a psicoterapia tão logo percebido, ajudando o indivíduo a desenvolver e internalizar a importância das relações afetivas, Ela favorecerá a interação social e a expressão de sentimentos.
O diagnóstico precisa ser realizado por um profissional da área, que irá conduzir o paciente ao tratamento. Cabe lembrar que o embotamento afetivo tem sintomas próprios e raramente isolados.
Não está diretamente relacionado com comportamentos reservados ou até antissociais, sendo o isolamento uma consequência do desejo de “não-relacionar-se” ou interagir com outras pessoas.
O mais importante é identificar esse problema, auxiliando a lidar com as causas do embotamento, que é muito penoso para o paciente e a família. Ao perceber que apresenta mais de um dos comportamentos indicados, procure ajuda de um psicólogo.
Pense comigo, pode ser que ele se identifique mais com alguma matéria na escola/faculdade do que com outra, talvez pela facilidade que encontrou nela, por exemplo, isso não significa que ele precisa ter sentimentos e emoções em relação a ela. Pode ser que você seja uma pessoa agradável, compreensiva, amigável e isso faz com que ele deseje manter contato, não podemos afirmar o que ele sente quando fala com você.
Se de fato ele possui algum tipo de embotamento afetivo, isso pode ter se dado por meio de falta de representações de afeto, por exemplo. E em você ele encontra algo parecido daquilo que lhe faltou quando mais precisava, desencadeando essa "neutralidade" de sentimentos.
Outra possibilidade seja o fato dele ter em algum grau sintomas depressivos (que pode desencadear o embotamento emocional) ou até mesmo um acentuado prejuízo de inteligência emocional, quem sabe...
Em todo caso, pense sobre como o fato dele, supostamente, não conseguir sentir que gosta de você mesmo esta te impactando, será necessário que ele diga que está sentido para você se sentir querida, o fato dele demonstrar que sua presença é boa pra ele não basta para manterem a amizade, por exemplo?
Pense sobre isso e tente se aproximar mais desse você para entender melhor essa necessidade de se sentir amada. Recomendo psicoterapia para ambos, me coloco à disposição.
Bom dia, Catarina,
Primeiramente, é importante não confundir embotamento afetivo com dificuldade de sentir. Sentir e reconhecer sentimentos tem a ver com traumas e com nossa maturidade emocional. Nos dias de hoje, traços como fobias, ansiedades e estresse podem nos deixar "embotados" para um mundo de emoções, com o qual passamos a lidar de outra maneira, normalmente passando pelo nosso racional.
Mais importante do que o que ele sente é o apego que ele tem pela amizade entre vocês. Porém, pelo seu relato, parece que "só" esta amizade já não é o bastante pra você.
Será que você não entrou nesta relação de amizade com muitas expectativas, e o que verdadeiramente a está incomodando é justamente a frustração de não ser correspondida?
Vocês passam bastante tempo juntos. Aproveite este temo para conversar, e se conhecer melhor.
Entre em contato om seus sentimentos, e se for o caso ajude-o a lidar com este embotamento.
Como falei, pode estar relacionado a traumas, mais do que ser uma característica natural da pessoa.
A psicoterapia pode ajudar a estreitar este contato entre o mundo racional e o mundo dos sentimentos.
Se quiser conversar mais, estou à disposição.
Olá Catarina! Há indícios de que vocês dois são pessoas tímidas, que, sem querer, escolhem trocas que vão até certo ponto, mas não permitem plenitude. Primeiro: contato precisa conter predomínio da convivência real sobre a virtual, segundo: as línguas apresentam suas barreiras; terceiro: há, na vida de cada um de vocês, mais pelo menos uns três ou quatro colegas que desfrutem da mesma intensidade de trocas, com convivência real?
O chamando "embotamento afetivo" tempera-se com muito medo de interagir, muita necessidade de interagir, intenso, medroso e inadequado posicionamento na busca de aprofundamento da troca.
Será muito importante que você e ele, cada qual, considerando os próprios espaços externos e espaços internos, possam contar com a assessoria científica de um psicólogo, para aprimorar autoconfiança e formas mais harmônicas de viverem trocas sociais.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos de grande maioria de falsos religiosos, até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: TV Cultura, Instituto Butantan, Universidades Públicas, Organização Mundial da Saúde!)
Entenda que demonstração de afeto não é uma prova de amor ou afetividade. São coisas distintas. Afeto é uma coisa, demonstração de afeto é outra.
Algumas pessoas podem expressar aquilo que sentem por meio de outros comportamentos, como por exemplo, a busca pela proximidade, a relação de cuidado e preocupação, etc.
Ola Catarina.
Todos nós temos necessidade de conversar.
Talvez ele goste de você como amiga e não está sabendo expressar isso corretamente pelos problemas que enfrenta. Se os interesses estão divergentes melhor parar a conversa pois sem querer ele esta te magoando e você está ficando brava.
Estamos a disposição
