É possível uma pessoa ser naturalmente triste? E não ter mais o que fazer?

Coy,
A verdade é que voce está mordido pela racionalização, está iludido com os resultados que voce buscou.
A saude e a doença estão dentro de voce.
Quem é voce? De onde voce veio? O que está fazendo aqui? Qual seu objetivo de vida? Como voce se enxerga?
Acumulou tanta coisa que o sistema te deu, que hoje é apenas um adestrado social, o resultado do sistema de ensino, de crenças e nada do que voce essencialmente é. O contrário do que voce acredita, o corpo é muito mais sábio do que a sua mente racional.
A mente racional foi treinada para acreditar no sistema, nos remédios do psiquiatra, nos psicólogos freudianos.
Precisa autenticar-se, Certificar-se segundo as coordenadas da vida e não do sistema. Precisa recuperar a si mesmo. O sistema precisa ser compreendido e sabiamente usado, sem nunca esquecer de quem voce realmente é.
Não, não é possível ser naturalmente triste!
A vida te deu a liberdade e o livre arbítrio, mas voce vive como escravo, do sistema de crenças;
A vida sempre se manifesta onde existe alegria, prazer e facilidade.
O sistema sim te dá o limite, a proibição, o medo; te ameaça, te julga.
O que voce escolhe? É dono da sua vida, pode fazer dela o que bem quiser.
Abraços e se se sentir desafiado, talvez a saída seja exatamente aí.

Ola Coy,
A terapia faz parte de um processo de autoconhecimento e aceitação. Para tal o paciente deve antes de tudo estar disposto e para tal se faz necessário também buscar uma abordagem que melhor se idenifique. Nessa relação, paciente e terapeuta, deve haver empatia e uma confiança construída ao longo desse percusso. E como no seu próprio relato, você demonstra dificuldade em se colocar, falar de si e de seus sentimentos. Por isso, considere a possibilidade de se permitir um pouco mais. Não desista de tentar entender a origem de sua tristeza, pois em algumas situações a raiz pode estar na possibilidade de não ser sentir aceito, entendido ou amado.
Lisandra Matos de Pinho - Psicóloga

Olá Coy! Obrigado por escrever. Observação inicial: procuro responder, conforme minhas limitadas possibilidades, a todos. Primeiro: parabéns pela clareza sobre parte das implicações do ato de passar por processo de psicoterapia. Você pediu honestidade. Pelo jeito que escreveu, sabe muito bem que não existe verdade absoluta, que as verdades apresentem tempo e contexto de validade. Enrolar para querer seu dinheiro é postura de pessoas sem princípio. Certamente isso não se aplica a maior parte dos psicólogos. O ser humano não é isolado, é ser social, cultural. Projetar nos outros certos traços, dá sensação de identificação e pertença, introjetar dos outros, certos gestos, leituras ou posições, permite não precisar inventar a roda todo dia. Essas formas de lidar com o entendimento da vida é comum e esperada. Psicólogo profundo não segue Freud, Beck, Jung, Bleger, Klein,...Skinner, Adler, Horney, Perls, Winnicott, Ericson, Rogers,... Festinger, Piaget, Vygotsky,...etc. Estuda, aprofunda, reflete, pratica o máximo que o tempo de vida, estudo e trabalho lhe permite, construindo, assim como os autores citados, jeito próprio de posicionar-se como psicólogo. Em que medida, sem se dar conta, você não experimenta o que você chama de raciocínio superficial? Será você é uma pessoa especial, com saberes e possibilidades que estão muito acima desses profissionais com os quais lidou? Saberes plenos envolve, adaptação, negociação de convivência razoavelmente harmônica colocando a pessoa em situação de inevitável troca cultural ponderada. Quando sei muito, sei lidar com as limitações dos que sabem pouco (se é que isso é, na essência, possível de ser afirmado).
Pondere! Desafie (no bom sentido), mas mantenha troca.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde)
Vacine-se!
Observação final: não há instituição neutra, não há instituição perfeita.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.