Minha família tem uma lanchonete há 4 anos, no início eu gostava de ajudar a cuidar e tudo, hoje nem tanto. Sempre ajudei em tudo, amo cozinhar, então sempre fiz os lanches, almoço, tudo que envolvia alimentação, também atendo e limpo, mais com o tempo eu passei a odiar tudo que envolve a loja, só de pensar em ir para lá já sinto raiva, fico estressada sempre que estou lá, vou somente por obrigação e não mais por prazer. Minha mãe sempre reclamou da forma que eu faço tudo, da forma que cozinho, que limpo, que atendo, mais nunca dou ouvidos. Não consigo entender o motivo do ódio que eu sinto por aquele lugar, sinto que deveria amar a loja por ser o que sustenta a minha casa, mais não não consigo sentir nada além de ódio, tudo que eu fazia por aquele lugar com alegria, hoje eu faço como se fosse um peso, me sinto completamente esgotada só de estar lá, não sei mais o que fazer...
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14 AGO 2024
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Olá Lua,
Vc parece estar em conflito com duas polaridades: a que ama cozinhar e trabalha com alegria contraposto ao excesso de responsabilidades, ao peso do próprio sustento. Essa duplicidade sempre vai existir em tudo o que a gente faz. Penso que vc precisa amadurecer emocionalmente para não se deixar consumir, ter alegria apesar das dificuldades da rotina. Busque encontrar o seu espaço emocional para vc não se sentir consumida. Ter outro emprego pode ajudar bastante para se separar da família neste sentido, porem não necessariamente vai garantir melhora no seu estado de humor. Antes de mais nada, vc precisa encontrar esse equilíbrio em vc para que esse peso não se reproduza em outras experiências.
12 AGO 2024
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Olá Lua! Talvez a questão não seja seu trabalho e sim aspectos pessoais seus. Ódio é um sentimento, pode ser projeção de outras situações mal resolvidas. Sugiro que facas uma terapia para seu autoconhecimento, autocuidado e entender o real significado das suas emoções, sem prejudicar sua fonte de independência financeira.
12 AGO 2024
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Bom dia, Lua0715! Obrigado por escrever. A resposta para tua pergunta é sim. A questão importante é entender os mecanismos emocionais, lógicos, que estão por detrás disso. Quando eu amo, tenho expectativas, vivo intensa aproximação. A outra pessoa, de quem estou próximo, também ama, apresenta expectativas. Acontece que cada pessoa organiza a ideia de certo e errado dentro de si, organiza tempos de ações em momentos diferentes, com medidas diferentes. Ao conviver muito de perto, ficam evidentes as divergências. Com as constantes cobranças, avaliações percepções, aparece o desgaste. Com o desgaste a direção do afeto adquire seu sentido contrário. De certa forma, podemos dizer que somente que odeia, ama, somente quem ama odeia. As pessoas distantes são indiferentes.
É importante a advertência de que, em qualquer situação de trabalho ou convivência familiar intensa, esse tipo de oposições (amor-raiva/ódio), ira aparecer. É preciso sabedoria, bom senso e amadurecimento para dosar aproximação e afastamento, profundidade e leveza relacional.
Estarei a disposição para maiores aprofundamentos.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
12 AGO 2024
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Olá Lua, o primeiro passo para entender a os seus sentimentos é tentar entender o que eles querem te dizer.
Se você sente raiva, ódio... Então possa ser que os seus sentimentos estão te dizendo que esse lugar não lhe faz bem.
A gente pode ter sentimentos mistos, ao mesmo tempo que você "deveria" gostar de um lugar que traz o sustento da sua família, também pode ser um lugar que não seja aonde você quer estar ou que não te faça bem.
Pelo que você falou, aparentemente quando você fazia as coisas era bastante criticada, essas críticas querendo ou não ficam na gente.
Você também deve estar abrindo mão de muita coisa da sua vida pessoal para se manter presente na lanchonete.
É um fardo pesado para se carregar. Seja mais gentil com você mesma.
A terapia pode te ajudar e ser bastante útil para se entender e encontrar formas de lidar com essa situação.