Há três meses, fui diagnosticado com depressão moderada e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG). Desde então, comecei a ter dúvidas sobre meus sentimentos em relação ao meu namorado, com quem estou há quatro anos e com quem moro junto. Sinto uma culpa enorme só de pensar que talvez eu não o ame mais, mas, ao mesmo tempo, penso que isso pode estar relacionado ao quadro depressivo que estou enfrentando. Às vezes, parece que essa culpa desaparece e sinto que continuo amando e querendo construir uma vida com ele. Embora às vezes tenhamos brigas, elas diminuíram bastante recentemente. No entanto, continuo me sentindo muito confuso.
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9 AGO 2024
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá Jack,
É compreensível que você esteja se sentindo confusa e dividida sobre seus sentimentos em relação ao seu namorado, especialmente considerando o impacto que a depressão e a ansiedade podem ter sobre as emoções e pensamentos. Sentir culpa e confusão é comum em situações como a sua. O medo de não amar mais pode ser amplificado pela depressão e pela ansiedade, que tendem a focar no negativo e intensificar as preocupações. Notar que seus sentimentos flutuam é importante.
Embora possa ser difícil, ter uma conversa aberta e honesta com seu namorado sobre o que você está enfrentando pode ser bom. Compartilhar suas dúvidas e sentimentos pode aliviar parte da culpa e permitir que vocês enfrentem isso juntos. Lembre-se, você não está sozinho nisso. Muitas pessoas enfrentam sentimentos similares durante períodos de depressão e ansiedade. Com o tempo e apoio adequado, é possível ganhar clareza sobre seus sentimentos e tomar decisões que sejam mais alinhadas com quem você realmente é, além dos sintomas.
Se precisar estou à disposição.
Marília - psicóloga de abordagem psicanalítica.
Bom dia, Jack, tudo bem com você? Primeiramente, acho necessário falar da tua culpa, você está conseguindo levar todos os fatores em consideração? Como, por exemplo: as psicopatologias e os comportamentos do seu namorado. Ou está se culpabilizando independente desses fatores? Se sim, esse pensamento é justo com você mesmo? TAG e a depressãoafetam seu modo como observa o mundo ''suas lentes'' causando uma maior distorção cognitiva sobre os fatos e, por consequencia, tem um impacto real na sua vida e relacionamento. Caso tenha interesse em começar um processo de psicoterapia para lidar com tal demanda ou somente conversar livremente sobre o tema, me encontro à disposição.
JACK
Você está colocando a carroça na frente dos bois...
Precisa entender o que é a depressão e a ansiedade... são apenas os sintomas cuja causa é outra.
Ansiedade, depressão, culpa, baixa autoestima, medo... são consequências e não causas.
Antes de você ser fiel aos outros, ao teu namorado... precisa ser fiel e verdadeira contigo mesma.
Primeiro, precisa se encontrar, realizar a ti mesma - o que quer, quem é, se responsabilizar por si mesma, governar a sua vida, se endereçar para alcansar os teus sonhos, o teu objetivo de vida.
Isso é tarefa individual, não pode delegar isso a ninguém.
De posse disso, pode também namorar, casar, ter filos... sem contudo se descuidar e se afastar dessa responsabilidade.
Faça Psicoterapia que tudo consegue resolver.
Abraços
Bom dia Jack, de inicio eu sugiro você fazer psicoterapia para tratar a TAG e a depressão, doenças graves que podem afetar seu relacionamento, levar a um termino e posterior arrependimento. Procure uma terapia seria e retome sua saúde mental, equilíbrio emocional e sua qualidade de vida. Estando bem mentalmente e psicologicamente fica mais fácil ate trabalhar seu relacionamento na terapia. Cordialmente, a disposicao,
Lisiane Hadlich Machado
Psicologa & Psicanalista & Terapia de casal .
Bom dia, Jack! Obrigado por escrever. Teu texto deixa claríssimo que você precisa organizar as coisas, formar melhor entendimento, de forma mais límpida, para caminhar com convicções temperadas.
Com a mente aberta, persistência, disciplina, regularidade e continuidade, procure pela assessoria científica de um de nós, psicólogos.
Sempre é importante lembrar, que diagnósticos podem estar contidos em pessoas; jamais pessoas podem estar contidas em diagnósticos. Você não é TAG, você é Jack, com milhares de aspectos; um deles é TAG.
Ouse conhecer melhor a si mesmo, tuas possibilidades e potencialidades.
Abraços,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
