Oi pessoal, espero que estejam bem…
Bom, estou num relacionamento a quase um ano e nunca foi incrível o sexo mas como isso é só um dos fatores importantes eu entendo que não se pode ter tudo 10/10. Mas de um tempo pra cá meu namorado não quer mais sexo e peguei ele de conversa suja com outra pessoa no celular, ele chorou desesperadamente e foi enfim sincero comigo em tudo e disse que quanto mais ele me ama, mais vontade de carinho e aconchego ao invés de sexo ele quer, quer dizer que estamos nos tornando mais amigos que amantes… o fato é que meu amor e desejo crescem na mesma proporção e agora não sei se aceito isso e vamos tentar entender e corrigir isso juntos ou somente aceito se desisto que as coisas são como são.
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18 AGO 2023
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Olá Caca, como você mesma falou, quando só existe carinho entre duas pessoas isso se torna amizade. Todos nós temos necessidades a serem satisfeitas, seu namorado talvez tenha alguma carência afetiva que consegue suprir em você, e você deixou evidente que ele não se sente atraído por você sexualmente, mas sim por outra pessoa. Então é o caso de vocês avaliarem essa relação, sentarem e conversarem sobre o que cada um quer, o que cada um espera do outro, o que cada um sente e deseja de fato pelo outro, porque ambos parecem ter necessidades diferentes que não estão convergindo.
Olá Caca799, a pergunta não é se você deve ou não acreditar, pois você conhece a verdade. A questão é, o que você e está disposta a relevar? Buscar o autoconhecimento para compreender o que você da conta ou não pra ficar na sua qualidade de vida. Abrir mão do seu bem estar, da sua felicidade e autorrealização, não deve ser algo que questionar, pois são essas coisas que irão contribuir para o
Uma melhor qualidade de vida. Se essas decisões frustrar outras pessoas, é algo que ele deve lidar. Fico a disposição para falar mais do processo terapêutico, abraços
Voce tem que viver a tua vida não importa se junto com ele ou não.
Amor não se limita em sexo. Um amor pode conter o sexo, mas não necessariamente.
Se para ele, sexo não é importante, para você é... então, combinem como podem conviver juntos e cada um se realizar, ter seus desejos satisfeitos sem que um tenha que se frustrar pelo outro.
Talvez possa ser uma questão de escolha... cada escolha gera seus resultados.
Abraços
Oi Caca799! Para uma resposta mais coerente com o que de fato está se passando, precisaríamos conhecer mais de perto a sua história, a história dele e a dinâmica entre vocês. Entendo que existe aí uma questão de acordos e de quebra de confiança, que seria importante ter ajuda para endereçar.
Entendo também que vocês estão se conhecendo e navegando por dilemas universais das relações humanas, e que este processo esteja sendo confuso e doloroso. O que desperta e sustenta o desejo, amor e desejo vem sempre juntos, e amor basta?
Gosto muito da visão de uma terapeuta especialista em relacionamentos chamada Esther Perel, que fala do conflito que enfrentamos entre a nossa necessidade por proximidade, por segurança, pelo "carinho e aconchego" no amor, como colocou seu namorado, versus a necessidade por aventura, pelo desconhecido (onde reside o desejo). Talvez ajude darem uma olhada numa palestra em que ela fala sobre o desejo em relacionamentos duradouros.
Mas recomendo com muito carinho um processo terapêutico para investigar as suas próprias respostas para todas essas perguntas. Como você quer se posicionar diante desse cenário, onde como você falou "as coisas são como são", e do que você precisa para se fortalecer na sua decisão, independente de qual for?
Olá Caca799! Obrigado por se colocar. Para construir resposta profunda e específica, precisaremos de dados mais aprofundados, detalhados. Em termos gerais, namoro é experiência para se conhecer, amadurecer, ver mais de perto. Não é, não deve ser, especialmente antes dos vinte e cinco anos, algo para evoluir. Provavelmente seu namorado precise amadurecer a separação e dimensão de cada tipo de vínculo.
Será enriquecedor e esclarecedor ele poder refletir sobre essa questão, com a assessoria científica de um de nós, psicólogos. Deve estar havendo confusões de papéis, implicando em culpas e direcionamentos indevidos das coisas.
Abraços!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
