Sou lésbica assumida. Optei por sair de casa, trabalho, sou formada, atuo em minha área, vivo em outra cidade, tenho minhas próprias responsabilidades, e ha 4 anos tenho um relacionamento. Minha mãe, porém, não aceita esta parte da minha vida. Me trata como se minha vida amorosa não existisse, nem sequer dialoga sobre, nem faz questão de participar de nada. Me sinto muito mal, sempre! Não me sinto culpada, mas triste, por não ser amada por alguém que tanto amo. Gostaria que minha namorada fosse inserida nos assuntos familiares, como sou na dela. Sai de casa porque minha mãe não me aceitava, queria que eu ficasse trancada em casa, sem contato com meus amigos.
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21 MAI 2024
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Olá, Vanessa.
Esse infelizmente ainda é um dos principais obstáculos de quem quer ser feliz independente da dita "moralidade e bons costumes". E não falo somente sobre a sexualidade, mas para qualquer escolha que frustre uma visão engessada e arcaica de ser humano baseada em certo e errado. Bom, esse ainda é o desafio e cabe a cada um de nós garantirmos que não prejudicará a nossa felicidade.
Lendo novamente o que escreveste, vejo como é claro, direto e franco o que tens a dizer para a tua mãe. Posso estar errado, mas é um roteiro bastante claro e justo do desabafo que tens dentro de ti. Basta somente o processo de compreender como esse roteiro pode se tornar realidade. E essa é a jornada terapêutica que me coloca à disposição para te acompanhar. Tenha certeza de que onde há amor sempre haverá esperança.
17 MAI 2024
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Oi Vanessa,
Fez muito bem em sair de casa e não se preocupe com a validação da mãe.
Voce não precisa dela. Você apenas usou ela para estar aqui, para nascer, mas você não é dela.
Precisa curar a dependencia emocional que tem da mãe. A partir daí, melhorará a convivência com ela.
Não se importe por ela não te aceitar como é. Você é como deveria ser. É lésbica como ela é hetero ou pode ser que o fato de você assumir isso tenha despertado o ciúmes dela, talvez ela também seja, mas por preconceito jamais vai admitir isso nela.
Respeita ela assim como ela é. Mantenha-se feliz e viva a tua forma de viver com alegria e satisfação.
A voda dá a liberdade para cada um fazer todas as experiências que quiser e pelo livre arbítrio, mudar, fazer novas escolhas quando os resultados não forem satisfatórios. Inconcebível é viver uma forma de vida que não satisfaz seus desejos, sua paz.
Abraços
15 MAI 2024
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Olá Vanessa,
Sinto muito pela situação difícil que você está enfrentando. É compreensível sentir-se triste e magoada por não ser reconhecida e aceita por alguém tão importante em sua vida como sua mãe. Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar:
1. **Converse com sua mãe:** Tente ter uma conversa sincera com sua mãe sobre seus sentimentos e desejos. Explique como é importante para você que sua namorada seja incluída nos assuntos familiares e que você gostaria de ser aceita por quem você é.
2. **Estabeleça limites saudáveis:** Se sua mãe não está disposta a dialogar ou aceitar sua vida amorosa, é importante definir limites claros para proteger sua própria saúde emocional. Isso pode incluir limitar o tempo de interação com sua mãe ou evitar tópicos sensíveis durante as conversas.
3. **Envolva sua namorada em seu círculo social:** Mesmo que sua mãe não esteja participando dos assuntos familiares, você pode garantir que sua namorada se sinta incluída em seu círculo social e em atividades significativas para vocês dois.
4. **Busque apoio:** Procure o apoio de amigos, outros membros da família que te aceitam, ou grupos de apoio LGBTQ+ para compartilhar suas experiências e receber suporte emocional.
5. **Cuide de si mesma:** Priorize sua própria felicidade e bem-estar. Concentre-se em construir relacionamentos saudáveis e significativos em sua vida, mesmo que sua mãe não participe totalmente.
Lembre-se de que você tem o direito de viver sua vida autenticamente e ser amada e aceita por quem você é. O mais importante é encontrar apoio emocional e construir relacionamentos positivos que te fortaleçam.
15 MAI 2024
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Bom dia, Vanessa! Obrigado por escrever. Essas situações são mais frequentes do que imaginamos. As famílias, a cultura predominante experimenta grande dificuldade para lidar e aceitar aquelas vivências, especialmente na área sexual, que não são (em suas aparências) conforme os "padrões" definidos. Acontece que na profundidade, na individualidade mais íntima, cada pessoa vivencia e sente uma sexualidade única, particular. É sofrido para você, mas é sofrido para a maior parte das pessoas que vivenciam - nas aparências - relação amorosa fora do que consideram "adequado". Repito nas aparências, porque há muita hipocrisia, muito disfarce, nas vidas sexuais das pessoas que parecem normais.
Com o tempo, com o amadurecimento mútuo, esperamos e desejamos que você e tua mãe possam reciprocamente ver que o amor, as construções de vida, são maiores, muito maiores do que as discordâncias. Tenha certeza que você quer o melhor para ele, e ela, ao jeito dela, quer também o melhor para você.
Pode ser contributivo que um de nós, psicólogos, encaminhe com você reflexões sobre o enriquecimento do entendimento da vida, da natureza humana, de formas de aprimorar trocas com tua mãe e com os demais.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.