O meu namorado tem um fetiche que me incomoda e me assusta até um pouco.
Não sou pessoa de ter muitos fetiches, tenho alguns mas nunca tive fetiches assim muito diferentes dos habituais.
O meu namorado tem prazer em que eu relate as minhas experiências sexuais com outros parceiros anteriores enquanto ele se masturba. Ele diz que isso o excita bastante, imaginar-me a fazer tudo o que eu conto.
Já expliquei várias vezes que isso não me agrada, mas mesmo assim tentámos e ele gostou bastante e quer continuar.
Eu não me sinto bem em fazer mais vezes. Pois sinto ser uma invasão da minha privacidade com outras pessoas do meu passado e que não quero trazer isso para a minha relação presente.
Ele diz compreender o meu lado mas continua a insistir de vez em quando, diz que é muito importante para ele que tente fazer e que fica muito triste por eu não querer explorar mais esse fetiche dele.
Tenho receio que por termos pontos de vista diferentes e não estarmos de acordo com este fetiche dele, a relação se danifique. Pois assim fico a sentir-me culpada porque fico com o papel de não estar a querer agradar.
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23 FEV 2022
· Esta resposta foi útil a 5 pessoas
Bom dia, Joana,
Pelo que descreve, a relação JÁ ESTÀ danificada.
Um relacionamento envolve troca, cumplicidade e respeito acima de tudo. E seu namorado parece só se importar com o próprio prazer.
É muito importante nesta etapa da relação você se perguntar o que VOCÊ deseja? Já que como as coisas estão ele tem o próprio prazer garantido, mas você segue sendo desrespeitada. E conversar parece não estar adiantando.
Algo que talvez ajude é você mudar a narrativa. Traga-a para a sua relação atual, não se narrando com outras pessoas, mas com seu próprio namorado. Envolva-o nos seus "contos", e tente reduzir o peso que isto parece ter pra você, vivendo não como uma memória, mas como uma fantasia, devaneios propriamente.
Assim, você pode ter mais momentos com ele, sem ficar lembrando de relações assadas, e quem sabe alimentando uma nova fantasia e uma nova intimidade entre os dois.
Experimente.
E se não der certo, conversem bastante sobre isso.
Se este for o único entrave entre vocês, devem procurar se entender.
Se quiser conversar melhor, estou à disposição.
Joana, que situação hein?
Nós enquanto mulheres fomos ensinadas pela sociedade que para sermos aceitas devemos agradar sempre, e foi sempre assim, mas não precisa ser mais assim, não fomos ensinadas a termos amor próprio, pois é ele que nos faz não tolerar falta de respeito.
Será importante você refletir sobre algumas questões:
- Como se sente com os pedidos dele?
- O que ele tem feito por você?
- Você acredita mesmo que ele te compreende? *Quem compreende se coloca no lugar do outro isso se chama empatia. Quem compreende o outro neste caso não tocaria mais no assunto.
- Você se sente constrangida?
* Imagino que você o ama/gosta, pense se todo esse mal estar tem valido a pena? a gente se engana com as pessoas e/ou melhor eles podem também nos enganar e somente ao longo do relacionamento percebermos quem são? e a quê vieram? *não é fácil perceber estando na relação.
Quando ele insiste e ainda te deixa culpada é porque sabe como te atingir, "traços totais de manipulação por ele sendo um narcisista".
Procure um profissional da psicologia que possa nesta caminhada.
Boa tarde!!
Fazer algo que não é de seu agrado não é bom. Se esse fetiche ou fantasia não é bom pra vc, então não pode aceitar, pois ao contrário seria uma situação abusiva. O mais certo, é investir em fantasias e fetiches de comum acordo entre os dois. Sexo tem que haver consentimento de ambos. Se não gosta, não faça!!!
Precisa firmar acordos entre os dois e que sejam cumpridos. Boa sorte!!!
Olá Joana.
Se você faz só para agradá-lo não está certo.
Fetiches costumam evoluir, já trabalhei com casais que os companheiros pagavam para ver o cônjuge fazendo sexo.
Reflita.
Célia Jovanka.
Oi Joana, Bom Dia!
Perfeito o teu ponto de vista.
Fetiche pode ser inspiração para o relacionamento, mas neste seu caso se tornar um hábito em que se sente usada, manipulada.
Certifique-se do nível de relacionamento que voces tem, pois ele, pelo descrito, parece apenas se importar em se satisfazer mecanicamente; tuas experiências são tuas, tu podes usá-las com ele, se te agradar; por que ele precisa se masturbar, se ele tem você? Aprimore o diálogo com ele e amplie o significado do relacionamento, para este não desmoronar!
Abraços e se precisar de mais suporte, retorne.
Olá Joana.
O seu relato toca num ponto crucial: a imaginação. "Ele diz que isso o excita bastante, imaginar-me a fazer tudo o que eu conto." O desejo sexual tem relação muito estreita com as fantasias, com as imaginações e o registro imaginário cria cenários excitantes para o sujeito ou o casal. Mas repare que estamos a tratar de imaginações, fantasias e isto é prudentemente distante dos registros real ou simbólico. Para criar este cenário não é preciso relatórios detalhados de experiências que realmente ocorreram; pode ser imaginado. Se você 'conta o que de fato foi feito', então é real e não imaginação. E esta volta do passado pode realmente distorcer a 'relação presente' ou pode transformar a fantasia em fantasma, assombrações, personagens que podem tornar-se estranhos na relação afetiva. A relação amorosa depende de acordos e o casal é continuamente desafiado a conseguir fazer esse movimento do estranhamento para o acordo por meio das conversas, do compartilhamento de impressões, percepções, afetos, e visões. Psicologo online Custodio Cruz
Olá Joana! Grato por escrever. Esse tipo de desejo, que vocês qualificaram como fetiche, é um desejo que não pode ser fixado, nem levado a muitas repetições: exporá questões que nem você, nem ele elaborarão adequadamente, assim como chegará uma hora que não haverá mais histórias a contar.
Também pode-se argumentar que há uma espécie de fixação nesse modelo de interação, que acomoda repetições, sem colocá-los (vocês dois) inteiramente no presente.
Será prudente conhecer melhor a história de seu namorado, assim como direcionar as vivências sexuais para formas mais plenas e realizadoras para você.
Estarei a disposição para outros aprofundamentos que se fizerem adequados.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.
