Não gosto de beijar na boca e sexo nem sempre me agrada

Feita por >Isadora · 31 jan 2021 Traumas

Desde que dei meu primeiro beijo nunca gostei de beijar, nunca sentia vontade mesmo em meus relacionamentos, mas beijava para não parecer estranha, um namorado inclusive reclamava muito de eu não gostar de beijar de língua e só dar “selinho”. Me sinto muito angustiada quando beijo de língua, uma sensação de falta de ar e desejo de que acabe logo. Achava que o problema era com homens, mas não, também não sinto vontade com mulheres.
Já namorei homens e mulheres e em relação a sexo também tenho problemas, as vezes sinto vontade e as vezes sinto repulsa pela pessoa que está comigo, consigo ficar meses sem fazer sexo com alguém e por vezes sinto mais prazer sozinha do que com outras pessoas, me pergunto se isso é normal, porque sei que o problema não são as outras pessoas e sim eu, sei que as pessoas sabem me agradar porque as vezes é prazeroso pra mim e por vezes eu só quero que acabe logo.
Isso é normal? Obs: Fui estuprada aos 17 anos, mas nunca gostei de beijo de língua e meus sentimentos em relação a sexo pioraram um pouco após o estupro. Perdi minha virgindade aos 16 e hoje possuo 21 anos de idade.

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A melhor resposta 1 FEV 2021

Olá Isadora! Grato por escrever. O seu título " Não gosto de beijar na boca e sexo nem sempre me agrada" representa algo que não é tão raro. De outro lado, você escreve aqui porque está incomodada com o contexto da tua realidade atual.
Seu relato indica fatores repetidos em direções comuns:
- beija porque o outro quer;
- foi violentada porque o outro quis.
Muito provavelmente você precise de organizar, dar sentido, profundidade a teu tempo, em amadurecimento, de querer.
Não faça as coisas para a vontade do outro, do tempo do outro, mas também não se acomode ao ter dúvida sobre tua normalidade ou anormalidade.
Será crucial você passar por caminhada científica com psicólogo, falar com calma, sensibilidade, empatia, confiança, sobre tua caminhada, teus sentimentos.
Estaremos à disposição. Veja nossos perfis, escolha com confiança, depois disso, frequente as sessões com persistência, regularidade, disciplina e abertura mental. Você está em busca de compreender tua história, construir a melhor completude de si mesma. Isso será muito gratificante.
Estaremos à disposição.
Abraços virtuais (em tempos de aumento da pandemia, evitemos mortes: máscara, higiene, distanciamento físico, senso de comunidade, empatia, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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1 FEV 2021

Olá Isadora, lendo seu relato pensei em algumas coisas, mas ao final quando relatou o abuso que sofreu podemos relacionar sim esse episódio a sua dificuldade de beijar e fazer sexo, você disse que piorou depois disso, não entendi direito se já se sentia assim antes, mas seria muito muito importante você começar uma terapia, traumas trazem marcas que podem prejudicar é muito nosso futuro.

Estou a sua disposição
Carolina Ovalle - Psicóloga Clínica
Especializada em mulheres e casais

Carolina Ovalle Psicóloga Psicólogo em São Paulo

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1 FEV 2021

Bom dia Isadora.
Há uma complexidade no seu histórico de vida, vc relata experiências sexuais com prazeres e sem. O contato íntimo tem suas nuâncias, memórias físicas e psíquicas estão envolvidas. Sugiro que procure um profissional com especialização em sexualidade. Vai te ajudar a ilucidar causas das reações corporais, por exemplo nojo e indiferença.
Estou à disposição.
Célia Jovanka, psicóloga e sexóloga.

Célia Jovanka Psicólogo em Rio de Janeiro

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1 FEV 2021

Oi Isadora!

Qualquer troca afetiva tem a ver com a forma como você oferece e recebe os afetos em si mesma. Ou seja: tem a ver com a forma que você experiencia o contato com o outro no seu próprio corpo. Talvez o estupro tenha transformado a questão do toque em algo ainda mais invasivo e difícil de ser encarado.

Beijo, assim como o ato sexual, é uma forma do
outro adentrar em você. E parece que a figura desse outro que te toca é invasiva.

É recomendável que você faça terapia para entender melhor como funcionam esses limites do seu corpo, porque você desenvolveu esses bloqueios e como você pode vir a se relacionar de forma saudável consigo mesma e com os outros.

Invista nisso!

Nathália Guerardt Psicólogo em Rio das Ostras

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