Tenho certa dificuldade para me aceitar do jeito que sou. Por exemplo, sou mais ouvinte do que falante, que observa e fala pouco. Ao mesmo tempo, sou muito alegre, gosto de estar rodeada de pessoas!
Porém nem sempre consigo me expressar/expôr minhas ideias por vergonha e medo... com medo de acharem minha personalidade ruim, mesmo eu sabendo que esse medo não é real.
Como que posso realmente vencer a vergonha mas aceitando o jeito que sou?
Resposta enviada
Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente
Algo falhou
Por favor, tente outra vez mais tarde.
A melhor resposta
22 MAR 2023
· Esta resposta foi útil a 2 pessoas
Olá, Taína
Tudo bem?
Essa vergonha pode se dar quando existe um parâmetro externo de quem eu deveria ser, e não uma aceitação de quem eu sou nesse momento. Pensar nas métricas externas que internalizamos nos ajuda a nos dar conta de algo que não vem fazendo tanto sentido para nós.
Além disso, o processo de autoconhecimento não é simples. Podemos nos dar conta de características desagradáveis em nos mesmos, o que demanda um cuidado para que isso não se transforme numa tortura, mas num acolhimento.
Se isso foi difícil para ti de perceber sozinha, te sugiro pensar sobre isso num processo de terapia que pode te ajudar a fazer isso com mais calma e sensibilidade, evitando conclusões injustas, mas buscando um posicionamento mais assertivo.
Boa sorte no seu caminho
Qualquer coisa fico a disposição
Oi Taina
Voce está sentindo e sendo isso porque está funcionando na adaptação aos outros, ao que o ambiente familiar queria, ao que o ambiente educacional orientou, ao que o social aceita, ao que as crenças impõe....
Voce se esforça para ser boa e adequada ao que os outros exigem e sempre se cobra para ser cada vez melhor, para que os outros gostem e não para o que voce gosta e prefere.
Enquanto age assim, não é voce que está vivendo... são os outros que estão vivendo em voce.
Voce não nasceu para ser boa aos outros, embora possa ser boa aos outros.
Nasceu para se realizar, para ser boa para voce mesma.
Cada um tem o corpo que precisa para vencer na vida. Cada um tem uma história e o teu corpo começo a ser delineado desde o primeiro dia da tua gestação, de acordo com ps desafios que a tua mente enfrentou para sobreviver. A personalidade está formada até os 4/5 anos... fou a forma como a tua mente se organizou para sobreviver aos desafios que ela encontrou.
Precisa conhecer os recursos que a mente disponibilizou para serem usados e talvez não estejas fazendo uso.
Portanto, conheça-se, seja o que voê é. Honre a tua forma de ser. Voce não é como os outros.
Peça ajuda se for necessário, da psicoterapia, mas ouse ser voce mesma.
O medo é real, Taína - partamos daqui: e se sua personalidade for ruim, qual é o problema? Ruim pra quem? Questione quem você, lá no seu íntimo, inconscientemente, receia afastar. Fundamental termos pessoas ao nosso redor, somos seres sociais, contudo qualidade e quantidade nem sempre coincidem, então, quem são essas pessoas que você teme afastar? Quem sabe a vida não seja a aventura de encontrar nossos iguais!, termos conexão com quem no silêncio nos entende, nos acompanha tranquilamente...
Sugestão: escolha uma pessoa especial, com quem você se sente mais confortável, tenha mais sintonia, e fale sobre essa questão - expressar, desabafar, trazer para fora da cabeça preocupada é um ótimo remédio, um alívio.
A personalidade humana é uma questão fascinante, Taína, então querendo aprofundar seu dilema, estou à disposição.
Um cordial abraço,
Bruno.
É comum sentir dificuldade em se aceitar completamente do jeito que é, especialmente quando temos medo de ser julgados ou rejeitados pelos outros. No entanto, aceitar a si mesmo é uma parte fundamental do crescimento pessoal e da felicidade.
Uma coisa que pode ajudar é começar a praticar a autocompaixão. Isso envolve tratar a si mesmo com gentileza e compaixão, como você faria com um amigo querido. Tente se lembrar de que ninguém é perfeito e que todo mundo tem qualidades e características únicas.
Outra coisa que pode ajudar é trabalhar em sua autoestima e confiança. Isso pode envolver desafiar pensamentos negativos sobre si mesmo e praticar habilidades sociais, como falar em público ou iniciar conversas com estranhos.
Também é importante lembrar que ninguém é obrigado a ser uma pessoa extrovertida e falante o tempo todo. É perfeitamente normal ser mais quieto e reservado, e isso não faz de você uma pessoa ruim. Tente se concentrar em suas qualidades e forças, em vez de se comparar com os outros.
Por fim, considere procurar ajuda profissional se estiver lutando para se aceitar ou superar a vergonha. Um psicólogo pode ajudá-lo a explorar seus pensamentos e sentimentos e encontrar maneiras saudáveis de lidar com eles.
Se precisar de ajuda, através da psicoterapia, estou a disposição.
Abraço.
Olá Tainá! Obrigado por escrever. Ótimas reflexões: pessoas que ouvem mais aprendem mais, pessoas que ouvem mais são mais queridas, pessoas alegres que gostam de pessoas, são gentis, passam energia boa.
Medo ou vergonha de expressar envolve desejo de acertar, cuidado com o que se fala. De certo modo, isso é positivo. Acontece que a expressão espontânea, verdadeira para quem expressa, que faça empatia com o ouvinte, é algo muito rico.
Será muito enriquecedor você amadurecer e desenvolver autoconfiança, esclarecendo os aspectos da natureza humana e suas necessidades, com a assessoria científica de um psicólogo.
Estaremos a disposição.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: seja cuidadoso. A maior parte dos políticos não são confiáveis, a imensa maioria dos líderes endinheirados das religiões, são desonestos, tendo o deus dinheiro e não a ajuda aos mais pobres como intenção. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
