Vamos falar sobre bullying e sua relação com a agressividade e intimidação

Chamamos de bullying uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva. Veja qual a sua relação com as situações de intimidação.

20 NOV 2016 · Última alteração: 1 NOV 2016 · Leitura: min.
Vamos falar sobre bullying e sua relação com a agressividade e intimidação

Intimidação, humilhação, insultos, apelidos, ataques físicos, ameaças e tantas outras práticas negativas são consideradas bullying. Este termo tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.

Segundo Diane E. Papalia (2013), "a agressividade diminui e muda de forma durante os primeiros anos de escola. Após os 6 ou 7 anos, a maioria das crianças torna-se menos agressiva à medida que se torna menos egocêntrica, mais empática, mais cooperativa e mais capaz de se comunicar. Elas podem agora colocar-se no lugar das outras pessoas, podem entender os motivos das outras pessoas e podem encontrar formas positivas de afirmar-se."

O que faz as crianças agirem agressivamente?

Segundo reflexão da autora, o modo como elas processam informações sociais, aspectos do ambiente social e como interpretam o que percebem. A força e a coerção são um dos meios eficazes para conseguirem o que desejam, agindo deliberadamente.

Chamamos de valentões aqueles que dirigem a agressão deliberada e persistente a um alvo específico (vítimas), que normalmente é fraco, vulnerável e indefeso, desta maneira a agressão torna-se intimidação.

A intimidação (bullying) pode ser física (bater, socar, chutar ou danificar ou apossar- se de pertences pessoais), verbal (xingar ou ameaçar), relacional ou emocional (isolar e fazer intrigas, frequentemente pelas costas da vítima). A intimidação pode ser proativa - feita para mostrar dominância, sustentar poder ou ganhar admiração - ou reativa, em resposta a um ataque real ou imaginado (Papalia, 2013).

Muito embora não consista em agressão física, a intimidação que tem se tornado cada vez mais comum é o bullying pela internet (cyberbullying). Geralmente são direcionados a características pessoais da vítima e são feitas em meio público, o abuso é constante e pode tomar grandes proporções de maneira quase que incontrolável.

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Com postagens, comentários negativos, boatos em redes sociais que denigrem a imagem da vítima, o bullying virtualé, em sua maioria, de cunho psicológico, no entanto pode chegar a se tornar agressão física (ameaças de morte) em casos extremos. Suas consequências são graves e um dos riscos é o suicídio.

Independente da forma de agressão e intimidação há vários fatores de riscos emocionais, psicológicos e sociais que implicam tanto para o agressor quanto a vítima. O agressor futuramente tem um risco aumentado de delinquência, crimes ou abuso de álcool e substancias. As vítimas não se ajustam, tendem a ter baixa autoestima, ser ansiosas, deprimidas, desconfiadas, quietas, submissas e a chorar com facilidade, ou a ser encrenqueiras e provocadoras.

Tendem a ter poucos amigos enfraquecer seus recursos psíquicos para se defender do agressor, isolar-se, desenvolver medos, podem viver em ambientes familiares severos e punitivos, baixo rendimento escolar, relutância em ir a escola, entrar em depressão ou até cometer suicídio.

Há várias maneiras de prevenir e combater o bullying, e todo ambiente escolar pode apresentar esse problema. O primeiro passo é admitir que a escola é um local passível de bullying. É necessário também informar professores e alunos sobre o que é o problema e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.

Os pais têm entre os seus grandes desafios ensinar os filhos, a respeitar as diferenças e sentir que existe um espaço para a livre convivência entre todos. A educação, em casa e na escola, deve dar conta de colocá-las em contato com essa realidade. Existe uma relação direta entre respeito ao outro e bullying, entre compreensão da diferença do outro e assédio moral.

É nesse aspecto que a orientação familiar sobre o tema diversidade é fundamental. Olhar o outro como se a si mesmo, respeitando suas diferenças e necessidades.

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Escrito por

Jessica Moreira Carvalho

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