O que fazer com os maus hábitos alimentares?
Comer demais ou de menos pode ser sinal de que algo anda errado, e as consequências podem ser graves. Então, o primeiro passo é identificar maus hábitos alimentares e tentar mudá-los.
A gula é um dos sete pecados capitais. Às vezes é difícil mesmo resistir à tentação de comer mais um pedacinho daquele bolo delicioso, que está ali, pertinho, na geladeira. No entanto, quando esse "às vezes" passa a ser uma ação rotineira e fora de controle, as consequências podem ser graves e estar associadas a um distúrbio chamado compulsão alimentar.
O problema afeta entre 2 e 4% da população mundial, segundo estudo da Associação Americana de Psiquiatria, número que aumenta para 6% entre obesos. Além disso, pessoas que vivem o problema correm mais riscos de desenvolver diabete tipo 2, hipertensão, obesidade, colesterol alto e depressão.
Os maus hábitos alimentares, porém, não se resumem a comer em demasia. Deixar de se alimentar, comer depois de grandes intervalos de tempo ou ainda forçar vômito também são considerados transtornos alimentares e é preciso ficar de olhos abertos.
Quais os sinais de maus hábitos alimentares?
Nosso corpo precisa de equilíbrio para que funcione corretamente, e isso inclui comer de forma adequada. A fórmula standard fala de cinco refeições ao dia, sendo três completas e duas mais leves. Manter uma rotina assim, com reuniones de trabalho, aulas, trabalhos da faculdade, cursos de idioma e outras atividades que preenchem a nossa rotina, pode ser um pouco complicado.
Mas o que pode ser considerado um mau hábito alimentar? Como identificar os sinais? Retratamos neste artigo as situações mais habituais. Veja se você se encaixa em alguma e descubra como evitar que um comportamento assim se transforme em um problema mais sério.
1) Usar a comida como refúgio para sofrimento
Quais são os momentos em que é mais comum comer de maneira incontrolada? Quando a pessoa está triste, estressada, sozinha em casa? Um dos principais sinais de que há um mau hábito alimentar é buscar na comida refúgio para dores sentimentais. Ou seja, aliviar a angústia, solidão, ansiedade, dentre outros, em um prato de comida.
Comer um pedaço de chocolate pode ser reconfortante, por exemplo. Mas achar que é a solução para todo e qualquer momento de tristeza é um equívoco. O grande problema de usar a comida como refúgio para o sofrimento é o risco de torná-lo uma rotina e uma disculpa para não enfrentar e tratar os problemas emocionais.
Vale lembrar que as pessoas com compulsão alimentar passam a comer de forma cada vez mais rápida e em excesso. Muitas vezes, fazem isso mesmo sem estar com fome.
2) Deixar de comer ou comer muito espaçado
Seguindo a lógica de que o corpo precisa de equilíbrio, tampouco é saudável deixar de comer ou ficar horas sem fazê-lo,por medo de engordar, de ficar fora de forma, de não entrar mais naquele jeans que vocè tanto gosta, de entrar no sobrepeso.
Não há como se esquecer que esse tipo de comportamento é um dos desencadeadores da anorexia, um problema associado a um transtorno de imagem, no qual a pessoa rejeita a comida para manter um "corpo magro".
Quem sofre de anorexia, mesmo estando magra, sempre tem a percepção de sobrepeso. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se do transtorno psíquico que mais mata no mundo, juntamente com a depressão.
3) Comer, sentir culpa e provocar o vômito
Essa tipo de comportamento também tem nome: bulimia. Consiste em comer de maneira compulsiva, se sentir culpado e induzir o vômito ou mesmo fazer uso de laxantes para ficar livre das calorias ingeridas. Este transtorno é tão recorrente como a anorexia, apesar de, num primeiro momento, ter menor impacto em termos nutricionais.
Como mudar maus hábitos alimentares?
Identificar seu ciclo de alimentação e quando as coisas fogem do controle é o primeiro passo. Depois disso, é preciso refletir. Comer demais ou de menos não deixa de ser um sinal de que os hábitos alimentares estão fora do padrão.
E, se o seu corpo sofre, é muito difícil evitar um impacto negativo na sua psique. Estamos falando de pontos chaves para que você viva plenamente sua rotina, seja no trabalho, na família, com os amigos ou na vida amorosa: energia, disposição, velocidade de raciocínio, reflexos, motivação...
Como recomendado pelos profissionais especializados em nutrição, coma mais vezes ao dia, porém, em menores quantidades. Valorize alimentos saudáveis e tente mantê-los por perto.
No entanto, se perceber que algo está errado com você ou pessoas próximas, porque não consegue concretizar uma mudança real apesar de tentar, procure ajuda profissional. Quanto mais cedo o transtorno alimentar for diagnosticado, mais fácil será conseguir uma resposta ao tratamento, através da mudança de hábitos.
Fotos: por Daniela Brown e evelina zachariou (Flickr)
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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