Toda agressão é imperdoável? Quem agride a 1° vez consegue mudar e não repetir?

Feita por >xx · 31 mai 2023 Abordagem psicológica

Eu e meu namorado sempre fomos muito companheiros e amigos, confiávamos muito um no outro, nunca houve traições ou mentiras. Ele não era controlador, nem ciumento, nunca me afastei de ninguém e nunca deixei de fazer nada que eu tivesse vontade, e ele sempre me apoiava. Porém algumas vezes que discutíamos podíamos ficar muito agressivos. Nós dois viemos de famílias muito agressivas e de antigos relacionamentos tóxicos. Hoje em dia moramos juntos há quase 1 ano, e namoramos fazem uns 4 anos. Nesses anos, tivemos 4 episódios de brigas bem feias, mas no geral conseguíamos resolver mtos conflitos na conversa. As primeiras brigas nós 2 fomos abusivos e desrespeitosos, mas eu cheguei a ter medidas agressivas que eu me preocupei e fui buscar ajuda, porém não cheguei a bater nele ou causar nenhum dano físico. Mas de qualquer forma sinto que eu que quebrei esse limite, e por menor que fosse a agressão, isso mexeu com ele. Na época busquei ajuda e sinto que não tenho mais medo de mim e tenho auto controle para não agredir mais. Ele não procurou ajuda pois ele achava que sua reação agressiva era fruto da minha. Porém nas últimas brigas eu percebi que ele estava ficando muito mais reativo que o normal, mas nunca imaginei que ele me machucaria. Então na última briga por muito pouco ele surtou, perdeu a cabeça e me agrediu com diversos socos no rosto, sem eu ter nem tocado nele, nem desrespeitado a altura. Foi de repente e durou um tempo mas quando ele voltou ao normal ele ficou muito mal e se arrependeu na hora, falou que a culpa era dele e que a reação dele foi assustadora e desproporcional, que algo estava muito errado dentro dele e precisava de ajuda. Chorou muito, falava que não entendia porque fez isso com alguém que ele ama. Ele queria chamar a policia mas eu não quis denunciar pois não quero me expor e não sei se ele merece todas as consequências. Ele disse que enxerga no seu comportamento um pouco do seu pai que é um homem bruto, e que estava explodindo até no trabalho, a saúde mental dele não está boa. A briga foi por questão financeira que é um ponto fraco na vida e na auto estima dele. Ele já teve depressão e sempre teve dificuldade em manter o tratamento por condição financeira. Porém agora ele está buscando terapeuta, e quer fazer também terapia de casal.
Eu não sei o que fazer, eu amo ele e as vezes sinto vontade de dar mais uma chance já que ele está se mostrando comprometido a melhorar, moramos juntos e temos planos, e sei que ele não é uma pessoa ruim, sinto que foi um surto de raiva, uma questão de saúde mental, mas estou confusa se isso não é forte demais pra perdoar, mesmo eu amando ele, e que talvez perdoa-lo possa ser um ato de desamor comigo mesma por estar aceitando passar por um risco de ser agredida de novo. Sem contar que é difícil de esquuecer uma humilhação dessas. É muito confuso pois quando pesquiso sobre relacionamento abusivo, as características não se enquandram com o meu, apenas essa questão da agressividade que sempre foi pontual, nunca algo recorrente, muito pelo contrário, sempre fui muito bem tratada. Gostaria de saber a opinião de um profissional, se é possível um relacionamento assim poder ser salvo e seguro novamente. Se alguém que já agrediu uma vez, é capaz de se curar e não fazer isso novamente. E se perdoar uma agressão e seguir no relacionamento é falta de amor próprio

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A melhor resposta 1 JUN 2023

Sinto muito por você ter passado por essa experiência traumática em seu relacionamento. Lidar com agressões físicas e emocionais é extremamente desafiador, e é compreensível que você esteja confusa e incerta sobre como proceder.

É positivo que seu namorado esteja reconhecendo a gravidade de suas ações, mostrando arrependimento e buscando ajuda profissional através da terapia. A terapia individual e a terapia de casal podem ser recursos valiosos para trabalhar questões emocionais e comportamentais, incluindo a agressividade. No entanto, é importante ressaltar que a mudança de comportamento leva tempo e requer um compromisso contínuo com o processo terapêutico.

Ao considerar se deve ou não perdoar e continuar o relacionamento, é crucial priorizar sua própria segurança e bem-estar. Você mencionou que teme correr o risco de ser agredida novamente, e essa é uma preocupação válida. Embora uma pessoa que tenha agredido uma vez possa ser capaz de se curar e mudar seu comportamento, não há garantias de que isso acontecerá.

É importante que você avalie se perdoar uma agressão e continuar o relacionamento é compatível com seu senso de amor-próprio e autocuidado. Perdoar não significa necessariamente esquecer ou aceitar a agressão. Você tem o direito de estabelecer limites claros em seu relacionamento e insistir em um ambiente seguro e respeitoso.

Se você decidir continuar o relacionamento, é fundamental que ambos estejam comprometidos em trabalhar em suas questões individuais e no relacionamento como um todo. Isso inclui a participação ativa na terapia, abertura para comunicação honesta e a criação de um plano para evitar situações que possam desencadear conflitos agressivos.

No entanto, se você não se sentir confortável em prosseguir com o relacionamento ou acreditar que é melhor se afastar, é importante respeitar seus sentimentos e necessidades. Sua segurança e bem-estar devem sempre ser prioridade.

Reforço a importância de buscar o apoio de um profissional de saúde mental, como um psicólogo, que possa fornecer orientação personalizada e ajudá-la a navegar por esse processo de tomada de decisão.

Naiara Nadir Trichez Psicólogo em Joinville

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1 JUN 2023

OI xx! Obrigado por escrever. Não se trata de questão de cura. A agressividade é própria do ser humano, até necessária. O que precisa haver e domínio sobre ela, para que não ultrapasse limites e se torne violência. Não temos a idade de vocês, mas o texto sugere razoável imaturidade. Morar juntos, ao mesmo tempo relatar dúvidas como essa, implica ação precipitada de morar juntos. De outro lado, pelo relatado, a ocorrência uma única vez, com o devido sofrimento de arrependimento, pode indicar experiência sofrida de maturação. Pelo relatado, mencionando explicações a partir da semelhança com o pai, considerando as especificidades da psicoterapia de casal, poderá ser mais enriquecedora, a psicoterapia individual para ele, desde que venha com mente aberta, persistência, disciplina e regularidade.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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