Eu e meus irmãos não sabemos mais como lidar com nossa mãe. Temos nossas vidas, somos adultos e livres, mas na concepção dela nós não conseguimos fazer nada se ela não "ajudar". Ela diz que tudo que temos e somos é graças a ela, se ela faltar a gente não é nada. Ela fala mal de nós e de qualquer pessoa nas costas, manipula a todo mundo com qualquer coisa. Ela é obcecada por minha sobrinha, já brigou tanto com a mãe da menina e com meu irmão, falou tão mal dela na cidade inteira que hoje minha cunhada não cumprimenta mais minha mãe. Meu irmão leva minha sobrinha de vez em quando na casa dela, mas não as deixam juntas sozinhas, pois sabe que minha mãe a manipularia. Então, agora minha mãe está entrando na justiça para ter a guarda da neta 1x na semana. Minha mãe me envia dezenas de mensagens todos os áudios sobre este assunto, mesmo eu não respondendo nenhuma. Ela respira esse ódio e essa mágoa. Ela afasta todas as pessoas que mais ama. Ela está acabando da forma que mais teme, sozinha. E sofre, e perturba a todos nós. Eu não sei mais o que fazer. Ela não aceita ir a terapeuta ou neuro ou psiquiatra, nada.
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23 AGO 2020
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Olá Li
Procure dizer a sua mãe o quanto a ama sempre que puder, e se conseguir, faça um programa com ela, como assistir um filme que ela gosta, leva-la em locais que ela aprecia. Sabendo que ela é uma pessoa difícil, vá preparada para o que ela irá dizer ou fazer para não se decepcionar ou se frustar e evitar confrontos. Se conseguir dizer que a ama com frequência e dar mais atenção a ela, provavelmente perceberá alguma mudança.
O que sua mãe pensa a respeito dos filhos, parece não ser verdade, e vocês já entenderam que não é bem isso, então deixe-a falar o que pensa, mas não tome para vocês isso que ela diz, e continuem mostrando para ela que sim, são capazes de viver de forma independente, mas não precisam mostrar isso com palavras, apenas sejam vocês mesmos e com o tempo ela poderá ou não perceber isso, o importante é que vocês tenham esta consciência e não se deixem abater pelo que ela comenta.
Quanto as tantas mensagens que sua mãe enviar, procure não ignorar por completo, isto provavelmente a deixa com mais raiva, você pode encontrar uma forma carinhosa de dizer algo sem entrar no assunto, evitando ignorá-la.
Espero ter ajudado.
Jane Assunção.
23 AGO 2020
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá Li!
Grata por sua pergunta.
Você descreveu a sua visão sobre os acontecimentos. Mas que tal escrever em um papel tudo o que gostaria de falar para ela de forma não agressiva e sem culpá-la? E depois, também envolver os seus irmãos e familiares se eles quiserem , é claro, nesse mesmo exercício. Pode levar alguns dias até que tudo esteja pronto.
Poderia começar descrevendo todas as qualidades dela e diga que percebe que ela quer estar muito próxima da família com certeza porque sente muito amor. Mas que acaba se afastando pela forma intrusiva de agir e se impor antes de ser consultada. E que na sua opinião é basicamente isso que desgasta o relacionamento familiar. Diga à ela que você já cresceu e que agora é uma mulher portanto pode cuidar da sua vida e de seus filhos, que ela pode largar esse encargo e deixar por sua conta e que sabe que se ela fizer isso a vida dela vai ficar bem mais leve. Garanta-lhe que vai se cuidar e que se precisar dela vai lhe chamar e ela saberá tudo o que você precisa.
Em seguida cite as coisas que ela poderia fazer ou já faz para você e que a deixaria ou já deixa muito feliz. São as coisas boas que você quer manter. Comente também que gostaria que isso nunca deixasse de existir entre vocês.
Fale do seu amor por ela e do seu desejo que tudo fique cada vez melhor. Fale de como pensa que será a sua família daqui para frente estando o relacionamento baseado nesse amor incondicional onde cada um aceita o outro como é, sem querer mudá-lo.
Transfira tudo para um novo papel de cartas e coloque num envelope. No envelope escreva "Declaração de amor" De:... Para....
Mostre para seus irmãos e veja se no caso deles, eles concordam com tudo ou se acrescentariam algo de forma não agressiva mas que todos concordem... Depois que todos concordarem cada um pode assinar a mesma carta ou cada um escrever a sua própria carta da mesma forma, com objetivo de clarear as questões e nunca acusar ou exigir dela uma mudança imediata, o que poderia piorar a situação.
Um segundo exercício que cada um pode fazer depois de preparar a carta para sua mãe, é que cada um pense também se ela pede algo para vocês e que vocês nunca fizeram ou cada um faz muito pouco. E também se pode pensar em algo novo que poderia melhorar o relacionamento com a mãe. Esse é um exercício individual. Ao descobrir cada um deve começar a fazer imediatamente essa ação. Não precisam comentar com ninguém o que estão fazendo. Cada um vai agir individualmente.
Espero ter ajudado.
Fico à disposição.
Psicóloga Maria Nair de Castilho Ramlow
22 AGO 2020
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Olá Li! Grato por participar. Em menor grau, a maior parte dos pais e mães apresentam a tendência de controlar a vida dos filhos. Isso apresenta um lado bom e outro ruim. A vida e a idade, de fato ensinam bastante, de outro lado, as pessoas precisam experimentar caminhos razoáveis, com erros e acertos, para aprender.
Você já experimentou ter uma conversa qualificada com a sua mãe? escrever uma sequência de ideias com calma, correção e completude para a sua mãe? Você já gravou um vídeo, um áudio para a sua mãe? Essas comunicações, pensadas, repensadas, escritas, gravadas, corrigidas, completadas, sem a interrupção imediata, permitem compor um raciocínio mais completo, assim podem sensibilizar.
Uma outra forma de ponderar é vocês, próximos, intensificarem as estadas com ela, de tal forma que desorganize o panorama de carência dela. ( quando eu modifico meu comportamento, o outro, queira ou não, na troca comigo, é obrigado a se modificar).
Quais são os planos, metas, rotina de vida da sua mãe. Havendo muitas ocupações motivadoras, que tomem tempo, que direcionem pensamentos, que cansem o corpo, ela estará menos envolvida com esse comportamento considerado incômodo por vocês.
Espero ter ajudado. Estarei à disposição para esclarecimentos e aprofundamentos que se fizerem necessários. Cabe lembrar que, por enquanto, temos acesso a apenas uma pequena parte do contexto da convivência.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos razoáveis: solidariedade, ética, abertura mental, Ciência!)