Olá, me chamo Marcos estou em processo de terapia há quase um ano. Desde que comecei a fazer terapia discuti muitas questões, mas cheguei no momento de investigar as minhas relações afetivas, e isso está me incomodando muito.
Tenho 37 anos e nunca tive uma namorada e esse fato me causava a sensação de não ser normal. Com a terapia aprendi a conversar com as mulheres e ver que eu sou sim capaz de conquistar, trazer pessoas interessantes pra minha vida.
Eu tinha a sensação de não ser capaz, mas na medida em que fui conseguindo conversar e descobrindo que não é nenhum bicho de 7 cabeças meu interesse foi diminuindo; percebi que me achava menos que os outros por uma bobagem. Porém depois de tantos anos sem relacionamento amoros passei a considerar desnecessário me envolver com alguém restando apenas a dúvida de se um dia eu quisesse eu seria capaz de conseguir um relacionamento; duvida que de certa forma já foi resolvida.
Minha terapeuta insiste que devo seguir e dar mais passos adiante e realmente me permitir "entrar nessa onda" de relacionamento para que ao menos eu saiba como isso funciona para só depois decidir se quero permanecer buscando relacionamentos amoroso íntimos ou não.
Eu me sinto pressionado a fazer algo que eu não quero, e eu gostaria de saber se isso é normal? Minha questão estava mais relacionada à sensação de não conseguir ser como os outros e menos com um desejo de ter namorada. Agora estou me sentindo empurrado em direção a esse caminho de "tentar pra ver como é", só que eu não quero. Isso tá me deixando profundamente estressado, e por mais que eu repita o tempo inteiro pra mim mesmo que ninguém pode me obrigar a nada, sinto que espera-se que eu dê esse passo. Minha vontade é de abandonar a terapia. =/
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16 MAI 2023
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Olá, Marcos, tudo bem?
Eu sinto muito que você esteja se sentindo dessa forma em seu processo. Acredito que temos dois caminhos possíveis a respeito do trabalho que vocês vem realizando juntos. Como se trata de uma relação como qualquer outra, sua terapeuta consegue ouvir que você não está satisfeito com o caminho que vocês vem tomando, inclusive que você vem se sentindo pressionado. Esse sentimento pode também ser pauta das sessões de vocês.
É claro que você também é livre para seguir o caminho que preferir a partir daqui e buscar um espaço que seja confortável a ti, mas acredito que enfrentar essa pressão pode ser muito benéfica, uma vez que também conta sobre a maneira como você se coloca nas relações.
Boa sorte no seu processo
Qualquer coisa fico a disposição
19 MAI 2023
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá, Marcos.
É positivo que você tenha feito progressos em sua terapia, superando a sensação de incapacidade e percebendo que é capaz de se conectar com outras pessoas. No entanto, é importante lembrar que o processo de terapia visa promover o autoconhecimento, o crescimento pessoal e a exploração de diferentes aspectos da vida, incluindo as relações afetivas.
Como um colega mencionou, uma coisa é saber que pode conquistar um relacionamento, outra coisa, completamente diferente, é conseguir manter um relacionamento. São processos completamente distintos, ainda que interligados no começo.
A pressão que você sente para entrar em um relacionamento pode ser resultado de várias influências sociais e expectativas que a sociedade impõe. É comum que as pessoas se sintam pressionadas a se enquadrar em determinados padrões ou a se comparar com os outros. No entanto, é fundamental reconhecer que cada pessoa tem suas próprias necessidades, desejos e ritmos individuais quando se trata de relacionamentos.
A terapeuta está sugerindo que você se abra para a possibilidade de um relacionamento para que possa experimentar e compreender melhor suas próprias preferências e desejos. É importante considerar que essa sugestão pode ter o objetivo de ajudá-lo a se desenvolver emocionalmente e ganhar mais clareza sobre suas próprias vontades.
No entanto, é crucial que você se sinta respeitado e confortável com o ritmo do processo terapêutico. Comunique-se abertamente com sua terapeuta sobre suas preocupações e sentimentos em relação a essa pressão que está experimentando. A terapia é um espaço seguro para compartilhar suas emoções e dúvidas, e sua terapeuta deve estar aberta a ouvir suas necessidades e trabalhar em conjunto com você.
Lembre-se de que a decisão de se envolver em um relacionamento amoroso é sua e somente sua. Ninguém pode forçá-lo a fazer algo que você não queira. Respeite seus próprios desejos e necessidades, e não se sinta obrigado a seguir um caminho que não seja genuinamente alinhado com suas vontades, mas também lembre que o amadurecimento passa por experiências e, principalmente, pela sabedoria que tira dessas experiências.
Se você está considerando abandonar a terapia devido a essas questões, sugiro que converse com sua terapeuta sobre isso antes de tomar uma decisão definitiva, pois essa atitude pode ser uma fuga de algo que está subjacente. Ela pode ser capaz de oferecer uma perspectiva diferente, ajudá-lo a lidar com o estresse e encontrar alternativas que atendam às suas necessidades.
Um abraço!
18 MAI 2023
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Marcos
Problema todo é que voce não se conhece, não sabe quem é, não identificou o objetivo da sua vida.
Voce não nasceu para ser marido, pra namorar, transar, ser pai ou ficar solteiro...
Embora possa ser tudo isso, primariamente voce nasceu para se realizar, ALCANÇAR o teu propósito de vida, ser feliz.
Paralelamente a isso, pode escolher viver como voce quiser, pode ter uma ou muitas mulheres ou nenhuma...
A vida te deu esta liberdade e o poder de escolha e decisão.
Reveja teus conceitos e escolha o que for mais confortável para voce.
Vova a vida e saiba lidar com o sistema em teu benefício.
Se precisar, faça Psicoterapia para se compreender, se conhecer e focar o teu caminho.
Abraços
17 MAI 2023
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Olá Marcos, espero que esteja tudo bem com você.
Existe uma frase que considero importante para nosso desenvolvimento pessoal, e que deve ser usada em algum momento, não todos, pois não quero generalizar. A frase é: "Jamais interprete: experimente". Acredito que pode ser interessante pensar essa frase dentro de seu contexto pessoal atual. Podemos considerar que a interpretação sobre algum fenômeno é sempre menos rica do que a vivência do fenômeno em si. A vivência de algo, pode ser muito interessante, e pode nos proporcionar insights valiosos que podem serem muito úteis em nosso desenvolvimento pessoal e processo de evolução. Com as vivências, é possível você entrar em contato com sentimentos e sensações que você nem sequer sabia que poderiam existir dentro de você, e esses sentimentos e sensações podem ser fundamentais para você experimentar um melhor posicionamento futuro sobre esse tema. Essa mesma lógica pode ser aplicada a outros setores da vida também. O fato de você se sentir pressionado sobre essa questão, deve ser melhor compreendido de sua parte, porque esse sentimento parte de você, e com certeza ele quer te dizer algo. A pressão não está vindo da sua Psicóloga. Na verdade, essa questão que ela coloca para você, diz respeito a uma posição dela enquanto profissional, da mesma maneira que um educador físico sugere que o aluno coloque mais peso nos halteres para a realização do exercício e, talvez, mesmo você mudando de profissional e de abordagem, essa sugestão possa surgir novamente. Para romper padrões comportamentais, emocionais e mentais, é preciso de alguma força. Surge então a questão de pensar se não seria a hora de você usar um pouco de sua força. Você não deve se sentir obrigado a fazer nada, realmente, mas é interessante refletir sobre esses pontos que eu trouxe, e como você pode usá-los para avançar em seu crescimento pessoal, fortalecendo seu lado emocional e sua autoconfiança.
Espero ter te ajudado, e desejo que tudo fique bem.
16 MAI 2023
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Olá Marcos! Obrigado por escrever. De certo modo, tua terapeuta tem razão: não se pode viver sozinho. Também é suspeito, passar trinta e seis anos, inseguro para conquistar, e em um ano, isso ficar adequadamente resolvido. Parece que a questão se assemelha a ideia de que uma coisa é conquistar o "poder" (namorar), outra coisa é manter o "poder" de namorar, vivendo reciprocamente construtivo com respeito para com a essência pessoal e para com a essência pessoa de outra pessoa. Trinta e seis anos é muito tempo. Ainda não aconteceu exercício suficiente para você viver serenidade de reciprocidade em relacionamento com outra pessoa. É preciso quatro posições para namorar: você estar harmônico consigo mesmo e com sua essência, estar harmônico com ela; ela por sua vez, precisa estar harmônica com ela mesma, assim como precisa viver em complementação harmônica com você.
Pode ser que daqui a quatro ou cinco anos você, como acontece com raros casos, priorizar viver relações com vínculos sólidos com colegas, conhecidos e amigos, sem ter obrigação de viver a relação homem mulher seja amadurecido como forma de vida em você.. Por enquanto, você está longa da maturação dessa escolha.
Sozinho jamais. Vida harmônica e plena, para sozinhos, é inviável.
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.