Quando tinha 13 anos, sofri por parte do meu padrasto abusos sexuais. Nunca contei para ninguém e sempre vivi com essa angústia. Hoje tenho 24 anos e sofro imenso com isso. O que mais me preocupa é o facto de estar num relacionamento, em que por vezes não tenho vontade nenhuma de fazer nada e ainda por cima sentir repulsa. Há dias ( muito raramente) em que todo o meu corpo pensa em sexo e outros dias nunca penso. Como resolver esta situação?
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A melhor resposta
8 MAR 2018
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Oi Carol, passar por uma situação de abuso é algo muito traumático que deixa vários comportamentos mal adaptados instalados no inconsciente, e por isso há, muitas vezes, o conflito entre a vontade de ter uma relação sexual e a repulsa/medo associado a isso. Se você nunca contou para ninguém o que aconteceu, você nunca trabalhou os sentimentos e questões relacionados a isso, logo talvez seja o momento de você buscar ajuda. Sugiro que procure um psicólogo pra iniciar a terapia. Boa sorte.
Sugiro que procure um profissional da área da psicologia habilitado em EMDR, um trabalho direcionado para traumas, reprocessando e dessensibilizando a fim de que propicie um retorno a uma qualidade de vida desejável.
Olá Carol!
Descreveu uma situação bem delicada que vivenciou. Um acontecimento que pode influenciar bastante em você, adulta. Hoje vive com muito sofrimento e não pode, de alguma forma, expressar o que lhe ocorreu. Há preocupação além do próprio sentir as consequências do abuso, que é não ter vontade de fazer nada estando em um relacionamento. O que você pode fazer é continuar dando vazão para lidar com este incômodo, e a realização de psicoterapia favorecerá este ambiente para você. Na medida do possível, acesse um (a) profissional.
Saudações!
Boa noite Carol.
É bem provável que a questão da repulsa e de seus desejos estejam sendo diretamente afetadas pela situação relatada. Neste sentido, você se beneficiaria bastante ao iniciar uma psicoterapia, espaço no qual você poderia falar abertamente sobre as situações que lhe incomodam e onde haveria garantia de sigilo. Além disto, o fato de não haver um vínculo afetivo com o/a profissional, como existe em relação a familiares, facilitaria sua fala.
Portanto é importante procurar ajuda, e neste processo também é interessante que avalie com que tipo de profissional (sexo masculino ou feminino por exemplo) você se sentira mais a vontade para abordar determinadas temáticas.
Espero ter ajudado.
