A misofonia é uma síndrome neuro-comportamental caracterizada pela maior excitação emocional do sistema nervoso autônomo e reatividade emocional negativa (por exemplo, irritação, raiva, ansiedade) em resposta a uma diminuição da tolerância para sons específicos.
Sons específicos de baixa intensidade comumente relatados: sons de mastigação, chupar dentes, arrastar de objetos, assobios.
Os pacientes de Misofonia tendem a utilizar fones de ouvido com volume demasiado que pode causar perdas auditivas e Zumbido ou ainda, utilizar Abafadores sem prescrição de Fonoaudiólogos, que tendem a causar mais hipersensibilidade como Hiperacusia, pois os sons que se quer abafar não tem potencial de causar traumas auditivos, pois repito, são sons de baixa intensidade. O isolamento social e sentimento de ódio contra pessoas ou animais que produzem os sons que os afetam são frequentemente relatados nos grupos de apoio, como no Misofonia.
Atualmente a TCC - Terapia cognitivo Comportamental com Neurofeedback são bastante utilizados como tratamento.
O paciente com Misofonia pode estar com várias distorções cognitivas e envolto a muitos sentimentos negativos contra o mundo que ele percebe como muito agressivo, dado o sofrimento com os sons mais inofensivos e corriqueiros. Ressignificar esses sentimentos é necessário.
Mas,
Psicólogos estão preparados para atender pacientes com Misofonia?
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9 DEZ 2019
· Esta resposta foi útil a 9 pessoas
Olá Alexandre.
A origem da misofonia é desconhecida e há uma certa discussão se a misofonia é uma patologia isolada ou um sintoma associado à outras patologias, como síndrome de Tourette, TOC, transtorno de ansiedade, TDAH, dentre outros. Há uma certa frequência de misofonia associada a outros tipos de transtornos, ela coincide com sintomas obsessivos, por exemplo, mas com pequenas variações. Da mesma forma que a psicologia está preparada para lidar com o TOC, o transtorno de ansiedade e o TDAH ela certamente está pronta para receber e investigar a respeito da misofonia, a neurologia e a psiquiatria não chegaram à muitas conclusões a respeito disso, estamos todos em fase de investigação. Há conjecturas que a misofonia está associado ao sistema límbico, justamente a parte responsável pelos afetos e pelo desenvolvimento de aspectos fundamentais para o estabelecimento das relações interpessoais. Trabalhar a parte emocional e os transtornos associados (presente em quase todos os casos constatados até hoje), pode ser uma ótima direção para o tratamento. Todas as abordagens terão sua forma de investigar essa problemática, desde que o profissional esteja disponível para estudar novas condições clínicas manifestadas na atualidade. Grande abraço.
Ola Alexandre Mota
A tua pergunta está impregnada de dúvidas.
Da mesma forma posso perguntar, o médico está preparado para retirar um órgão doente?
Eu não posso responder pelos psicólogos, mas posso responder por mim...
Psicólogos (Psicoterapeutas) trabalham as questões metafísicas das pessoas. As físicas são os médicos que cuidam.
As metafísicas (emocional, mental superior e espirituais) os Psicólogos atendem... eu ATENDO!
Um paciente com Misofonia pode ter causas físicas (onde o médico atende) e pode ter causas emocionais e até espirituais onde eu atendo.
Espero ter respondido as tuas dúvidas.
Olá Alexandre Mota! Obrigado por se colocar. Você é profissional da área? Pela sua redação parece que sim. Em psicologia, muito profundamente mais importante do que a "anomalia" a tratar, é ferramente humana (inteligente, sensível, aberta a aprendizados e adaptações, empática, capaz de memória e conexões mentais adaptativas) que este profissional deve ter em constante aperfeiçoamento. Quanto a teorias psicológicas, basta observar o quanto os próprios construtores de teorias clássicas, foram modificando suas formas de ver as coisas, para entender que cada profissional vai construindo seu jeito de trabalhar. Misofonia, assim como todas as coisas, adquire uma identidade para cada pessoa que a vivência, carecendo da revelação, em psicoterapia de suas particularidades. Um abraço: Ary Donizete Machado.
