Não sei se o que penso me oferece perigo

Feita por >Msn · 27 fev 2023 Abordagem psicológica

Sempre fui ansiosa, nervosa demais. Desde a infância tinha medo de rejeição, era exagerada nas reações, tanto sobre chorar, como em reagir a brigas, discussões. Meus pais foram algumas vezes até a escola por reações exageradas (uma menina colocou apelido e tentei machuca-la com uma tesoura). Sempre tive dificuldade pra dormir, fui muito irritadiça. Quando a adolescência chegou, segui muito isolada e insegura, até ter entre 16 e 18 anos, comecei a ter "dois lados", um extremamente animada (onde aos poucos superei inseguranças, sai com amigos, conheci pessoas, álcool participou disso, talvez justamente por aliviar o nervosismo), e depois de uns dias parecia que o universo estava me pondo a prova, eu surtava de raiva, quebrava coisas(inclusive ficava sem, não tínhamos dinheiro pra me dar luxo de quebrar e repor), gritava, saia de casa as pressas pra me controlar e não agredir alguém ou a mim mesma.
Tive algumas "âncoras". Por um tempo, quando me irritava muito, por alguns dias, eu bebia por 2/3 dias, transformava em farra, e melhorava. Queria curtir a vida, não ser tão irritada. Amava as pessoas. Minha família. Amigos. Ficava emotiva a ponto de chorar de felicidade muitas vezes. De hora pra outra algo acontecia e eu odiava tudo e todos. Odiava respiração das pessoas, cheiro, voz, arrumava desculpa pra cortar laços de um por um, porque "não vale a pena o estresse" ou "não são pessoas que eu devia estar junto", julgando todos como inconvenientes, chatos, irritantes. Até que um dia eu acordava bem, arrependida, procurando meus amigos. Chorava pensando no amor por cada um. Chorava porque amava minha mãe, família, e até meu pai(que sempre foi um ponto delicado por tanta briga e desentendimento). Por mais que eu melhore, parece que é fase. Estava ótima, ou péssima.
Nunca fui muito Constante, nunca tive muito objetivo, nunca consegui me imaginar no futuro, me sentia incapaz. Incapaz de manter o ritmo, rotina, ter paciência. Até terminar o segundo fundamental(na minha época 8° série), foi automático, boa aluna. No ensino médio, meus pais não cobraram muito vida acadêmica, e apesar de boas notas quase reprovei por falta algumas vezes. Não chegou a acontecer por ter mudado para uma escola que já não me cobrasse tanto já no último ano. Tive nota para fazer faculdade na federal algumas vezes, nunca tentei nem fazer matrícula, porque eu sabia que um mês depois eu desistiria. Quando passava a época de matrícula, eu me arrependia e dizia que faria no próximo ano. E foi assim por anos. Hoje tenho 25. Em 2021 minha mãe descobriu câncer. 2021 e foi o meu ano de mais responsabilidade (algo dependendo de mim), e talvez "de dar conta", no sentido de acompanhar em consultas, exames, cirurgia, cuidar de irmã mais nova, cuidar de casa, e como de se esperar não fiz da melhor forma. Fiz o que precisava fazer, mas com alguns dias em que simplesmente não fiz nada, larguei mão, deixei de lado, e depois me senti pessima. Durante os dias que "dei conta", também não devia considerar assim, já que acabou também sendo meu ano mais autodestrutivo, quase não bebi ou fumei, em compensação minha vida sexual foi mais irresponsável que nunca. Fiz coisas muito nocivas a mim de outras formas. Inicialmente pensei que "antes eu quis morrer e não tive coragem, agora não posso", depois comecei a torcer que algo ruim me acontecesse pra que eu não estivesse desistindo disso (minha mãe e família) também. Não queria dar as costas, mas esperava um acidente ou algo que resolvesse. 2022 comecei a tomar sertralina, 50mg. Alprazolam para dormir também. Acabamos subindo a dose (psiquiatra de postinho que via uma vez ao mês ou dois meses) Me senti melhor, sobre "segurar a onda", obviamente alguns dias foram péssimos, ainda tive atitudes nocivas principalmente pra mim. Também acabei sendo grossa com minha mãe, família, e até saindo pra evitar agredir alguns familiares (que gosto muito), mas no geral me senti mais no controle, tive momentos de acabar me surpreendendo em como lidei bem com as coisas, principalmente comparado a antes. Estamos terminando fevereiro de 2023, e me sinto como me sentia em 2017,2018,2019. Sinto que ou estou muito bem, ou perdendo controle a ponto de agredir alguém ou a mim mesma. Sinto que 2021 e parte de 2022 me senti mal (ou as vezes apático) de uma forma diferente, hoje me sinto voltando a instabilidade de estar extremamente bem, ou extremamente péssima e agressiva. Pensando que se numa coragem surpresa, eu teria coragem de pular da janela antes de poder desistir ou algo do tipo. Penso isso quando sinto raiva, irritação e quero gritar/agredir/quebrar coisas, parece que pra evitar essa ação, só se eu pular da janela, ou bater a cabeça contra a parede. Assim que a raiva passa, agradeço não ter feito nada contra mim e nem ninguém. Nunca me machuquei (apesar de comportamentos autodestrutivos, nunca me mutilei ou tentei contra minha vida). Não sei se deveria ter medo desses pensamentos sobre pular de janelas, ou se é algo sem sentido e risco que me passa pela cabeça. Sei que sempre fui ansiosa e muito angustiada, e não sei se só agora surgiria algum risco assim. Já pensei em morrer antes. Mas só agora tive medo. Medo seria melhora, ou por reconhecer que alguma parte de mim seria capaz?

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