Não consigo ser eu mesma!

Feita por >juliana · 23 ago 2021 Desenvolvimento pessoal

Desde a minha infância sempre me senti diferente das outras crianças, fui criada muito sozinha porque meus tinham que trabalhar e minha mãe não tinha ninguém que pudesse ficar comigo. Sou uma pessoa gorda e sempre ouvi muitos comentários sobre a minha aparência, que eu tinha que emagrecer ou que eu era bonita apenas de rosto e que precisaria emagrecer o resto, acho que isso foi criando muitos traumas dentro de mim e acabei criando uma barreira, e tenho muita dificuldade em me relacionar com as pessoas, por mais que eu queira ser simpática e engraçada com a pessoa eu acabo ficando na minha. Bom o tempo foi passando e quando cheguei na minha adolescência conheci meu namorado, tinha 15 anos na época, atualmente estou com 24 anos, e desde que comecei a namorar a gente passou por muita coisa, muita briga por causa de amizade, tanto que eu permiti ficar na situação em que tinha que escolher entre eles, e acabei escolhendo ele. E até hoje o fato de eu não ter escolhido ela me entristece muito, então a partir do momento da ruptura da minha amizade, eu comecei a sair só com ele e fazer praticamente tudo com ele, no fundo eu sabia que isso não estava certo, mas fingia que estava tudo bem e passei a agir de acordo como ele e as outras pessoas (minha mãe) quisessem. Quando passamos na faculdade achei que as coisas iriam melhorar, já namorávamos a algum tempo e achei que já tínhamos um pouco mais de maturidade, em 2018 eu passei para federal que era o meu sonho, ele já estudava nele, foi ai que as coisas começaram a piorar. Eu simplesmente não conseguia fazer amizade com ninguém, me sentia travada e comecei a chorar por causa dessa angustia, o sentimento de exclusão sempre tive em toda a minha vida, mas na faculdade isso piorou muito. No segundo semestre de 2018 as coisas ficaram pior, chegou um ponto onde eu simplesmente não queria ir a aula e só queria ficar em casa chorando, e como isso afetou o meu relacionamento eu recebi um ultimato dele para procurar ajuda e fui ao psiquiatra da faculdade e recebi o diagnóstico de depressão e de fobia social. Comecei o tratamento com antidepressivo, mas não tinha como eu procurar um psicólogo para fazer terapia por causa dos gastos já que moro em outra cidade. E quando meu remédio acabou eu não fui atrás para pegar outra receita, e esses mesmos sentimentos de exclusão, de que sempre estão falando de mim vieram a tona, mas de uma forma mais branda. Meu namorado passou no vestibular em 2016, ele também tem depressão e ansiedade, então nesses anos sempre teve várias crises, ele também é tímido, mas acho ele engraçado com as outras pessoas e fez amizades com alguns meninos do curso dele e de vez em quando ele saia só com amigos deles e isso acabava me dando uma angústia tão grande a ponto de chorar e descontar na bebida, mas não era por que tenho ciúmes, era porque eu não tinha nenhum amigo para sair, já que sempre sai com ele e até hoje isso me incomoda muito. No final de 2019 ele me chamou para morar com ele, já que estudamos na mesma universidade e sempre falei não, mas no começo de 2020 acho que eu cedendo à pressão e fui morar com ele. Veio a pandemia do covid, e minhas crises de depressão voltaram, as deles também, e no meio de uma crise dele acabou adotando um cachorro, e me apeguei ao cachorro. Ultimamente estou me sentindo um pouco depressiva e bastante reflexiva, queria viver novas experiências, conhecer outras pessoas, mas eu não tenho coragem para terminar com ele, apesar dele me tratar bem e sempre fazer minhas vontade, eu sinto que eu não estou conseguindo viver essa relação me sentindo desse jeito. E para escapar dessa realidade eu começo a criar situações ou fantasias em que eu gostaria de estar vivendo, eu acredito que o meu relacionamento vai acabar alguma hora e que não vai ser eu que vai por um ponto final, porque eu não tenho força. E eu não sei o que fazer, não sei o que estou fazendo de errado, o que eu não estou fazendo, fico completamente perdida, é como se eu não estivesse vivendo a minha própria vida, estou cansada de tudo e de todos.

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A melhor resposta 24 AGO 2021

Olá Juliana.
Primeiro você relatou a dificuldades de ter amigos, e por imposição do seu namorado se afastou dos poucos que tinha, e ao chegar a faculdade sentiu-se mal por não conseguir conviver socialmente. Para esta situação, gostaria que percebesse que ao se afastar das poucas pessoas que convivia você não praticou o social, ficando apenas com a companhia do seu namorado, e sem práticas não há aprendizado, sugiro que comece aos poucos a fazer novas amizades, ir para lugares com algumas pessoas, dentro do seu limite, daquilo que consegue fazer.
Depois comentou que seu namorado sai com os amigos, te pergunto: por que não se aproxima destas pessoas? A sua fobia social não te permite socializar nem com aqueles que estão com seu namorado?
Por fim você comentou querer viver novas experiências, que tipo de experiências você está se referindo? Quais são suas fantasias? Por que tem tido fantasias?
Busque ajuda psicológica, saiba que existem locais que fazem atendimentos por valores sociais ou gratuitos.
Jane Assunção.

Jane Assunção Psicólogo em São Paulo

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24 AGO 2021

Juliana...
Voce diz não saber o que fazer, voce se colocou nesta situação e o resultado que está tendo á o caminho errado que voce tomou.
Em vez de uma vida autônoma e independente voce escolheu ficar dependente dos outros, familia, namorado. Com a saúde, em vez de Psicoterapia, escolheu os remédios do psiquiatra... escolhas são escolhas e o resultado é esse que está aí.
A vida te deu a liberdade para ser o que quiser e te deu o livre-arbítrio para se conduzir segundo as tuas escolhas.
No entanto voce escolheu não seguir a voce mesma e se adaptou aos outros.
Queres a saúde? Queres a autoestima elevada? Queres sucesso e realização, em todos os sentidos?
Seja voce mesma, autónoma, independente. Faça Psicoterapia.
Sem voltar a ser voce mesma não vai conseguir resolver seus problemas.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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24 AGO 2021

Oi, Juliana.

Você traz consigo muitas dores, angústias, vivências complexas e questionamentos. Um peso enorme que sem dúvida carregar sozinha deve estar sendo muito duro e apesar de ter a companhia do seu namorado e ser bem cuidada por ele, as vezes a melhor coisa para nós mesmas é estarmos apenas com NÓS.

Pelo seu relato, você já tem uma certa noção sobre isso, só não tem ainda mecanismos para colocar em prática e considerando seus diagnósticos, sozinha pode ser bastante difícil que você consiga entender todas as questões que envolvem todo esse peso que você carrega.

Recomendo que busque por acompanhamento psicológico, certamente alguém aqui vai poder ajuda-la. Se precisar me coloco à disposição. Desejo muita força.

Grande abraço,
Vivian Curvelo - Psicóloga

Vivian Curvelo Psicólogo em Hortolândia

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24 AGO 2021

Olá Juliana! Grato por escrever. Seu relato mostra consciência, mas ao mesmo tempo mostra que está acontecendo o que o modo de vida que você experimenta, fortemente direciona. Certamente você precisa, com persistência, muita persistência, desenvolver autoconfiança. Para tanto será, se assim posso dizer, necessário, que você se proponha a frequentar trabalho científico com psicólogo, por perído razoavelmente longo, com mente aberta e regularidade.
Com o tempo você entenderá profundamente a ponto de ter forças para mudar, que o que fecha as portas é a forma auto sabotadora com a qual você está interpretando o mundo externo e, por consequência, lidando com ele.
Certamente, um de nós, psicólogos, te ajudará, aos poucos a encontrar substitutos sociais mais adequados, nos quais você poderá se apoiar. Isso não direciona cortes e interrupções impensadas, direciona a necessidade de se permitir diversificar e enriquecer convivêrncias: primeiro consigo mesma, depois com as outras pessoas.
Estaremos à disposição.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos, até de alguns falsos cientistas, sigamos instituições como: TV Cultura, Instituto Butatan, Universidades Públicas, Organização Mundial da Saúde!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clinico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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