Comecei a namorar uma menina á 8 meses atrás, me apaixonei no primeiro dia e começamos a namorar muito rápido sem quase conhecermos nossos gostos individuais e valores. Apenas porque realmente nos apaixonamos e gostávamos da companhia uma da outra.
Eu tenho 28 anos, já trabalho, tenho minha independência e todos os dias procuro crescer em todas as áreas da minha vida. Ela tem 22 anos e ainda está se formando na faculdade, conhecendo o que é ter responsabilidade agora. Eu sempre gostei de me relacionar e ela sempre teve medo e preferia ficar com várias pessoas, mas quando me conheceu quis me namorar e ter algo sério comigo. Dizia me admirar e que nunca tinha conhecido ninguém tão incrível quanto eu.
Ela tem muitas crises de ansiedade e eu sempre fiquei do lado dela, mas nesses últimos dias ela ficou atolada de responsabilidades que não conseguiu dar de conta de tudo e teve uma crise de ansiedade. Em uma dessas crises existenciais de madrugada, ela me chamou pra ir na casa dela e disse com essas palavras "Eu não sei o que estou sentindo, antes era tudo muito intenso e hoje já não é mais o que sinto por você. Eu não sei. Porque também não consigo mais me relacionar com meus amigos e minha família. Estamos em vibrações diferentes da vida" e fui embora ferida. Apenas respeitei o que ela estava sentindo naquele momento. Terminamos.
Meus amigos disseram que eu não fui paciente para entender o que de fato estava acontecendo naquela madrugada e que não lutei pelo relacionamento nesse momento, que eu deveria ter questionado a decisão e ter analisado outros meios de não terminar.
Mas eu sinto que dei tudo que uma relação precisa e estou orgulhosa de mim. E que a minha luta pelo relacionamento foi diariamente enquanto a gente namorava, lutei para não cair na mesmice, para manter acesa nossa chama da paixão, para fazer ela sentir linda e especial. E que era nesse momento em que eu deveria lutar e não depois do término. Não dei chances dela voltar a me procurar e agora estou me sentindo culpada.
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30 MAI 2022
· Esta resposta foi útil a 5 pessoas
Oi Helena.
Apesar de não haver uma pergunta, imagino que seja: "o que fazer?", certo?
Bom, lendo o que você me escreveu eu senti que você está buscando uma confirmação e não uma resposta de algo, né?
Digo, você fez tudo. Então gostaria de receber algum tipo de tranquilidade e aprovação pelo que fez.
Se é isso, se você sente que fez de tudo, se você acha que você foi bem, então é isso.
Agora se essa culpa que está sentindo é algo que esteja te incomodando muito, uma forma de para amenizar isso, para entender melhor esse processo é se abrindo com sua ex também. Você falar o que sente e o que tem passado. Assim você deixa claro, não pra ela, mas pra você mesma de todo o processo.
Há como fazer isso em terapia, caso você esteja interessada em compreender melhor a si mesma e todo esse movimento que você fez.
Que tal, gostaria de conversar comigo?
Estarei aqui!
Jean Pierre
Olá Jéssica,
Pelo que você contou, ambas estão em momentos diferentes da vida., você mesma percebeu isso quando se conheceram. Mas a vontade de ficarem juntas permaneceu. Pode ser que a diferença de idade e de momento de vida traga diferença na maturidade de vocês. Pelo que deu a entender, você entendeu que fez o que podia e se doou ao relacionamento. A culpa que sente seria por não deixar ela a te procurar? Mas é isso o que você gostaria? Se for, pode tentar voltar a falar com ela, caso não seja, pense na luta diária (como disse) que teve para manter o relacionamento. Fico à disposição caso queira conversar.
Olá Helena.
Em qualquer idade pode acontecer a paixão avassaladora que impulsiona para relacionamentos intensos como aconteceu no seu caso. É normal que a maioria dos namoros acabem. O término não quer dizer que você estavam erradas ou que deveriam ter feito de outra forma mas que naquele momento fizeram o melhor que puderam. O importante no namoro é o comprometimento e o respeito. O fato dela ter acabado o namoro não quer dizer que você precise deixar de ser quem você é. As pessoas são o que são. Neste momento procure se focar em você, fazer coisas que tem adiado por fazer, visite pessoas queridas que lhe fazem bem, passeios, viagens curtas, ou longas, ou seja, continue sendo quem você é e se tem algo que queira mudar na sua vida e pode mudar agora mude. Faça terapia psicológica para ter o tempo de ser ouvida, falar das mágoas que sente neste momento e que talvez desencadearam algum sentimento remoto de inadequação que foram talvez associados com as críticas que recebeu de suas suas amigas neste momento. No processo de autoconhecimento poderá desenvolver a sua autoestima e assertividade que é a comunicação mais positiva e eficaz. Fico à sua disposição.
Maria Nair de Castilho Ramlow
Especialista em Psicologia Clínica
Terapia Cognitiva Comportamental
Olá Helena! Obrigado por escrever. Namoro iniciado sem conhecer é algo parecido com imaginar uma árvore sem raiz. Antes de namorar é preciso conhecer alguns aspectos. O início de namoro não pode acontecer como se fosse uma "roleta russa". Sei que não é isso que você quer refletido. Esse comportamento (começar namoro sem conhecer), é um comportamento pontual, que se associa a outros, para indicar que, embora você tenha vinte e oito anos, há muito o que amadurecer para construir relacionamento. A chamada "crise de ansiedade" dela precisa ser trabalhada por ela, a tua sensação de culpa precisa ser trabalhada por você. Quando acho que sou responsável pelo outro, diante de decisões do outro, coloco ao outro como dependente de mim, em parte me agrada isso, mas não é gerador de maturação de vínculo.
Será interessante você se conhecer melhor, amadurecer, desenvolver-se através da assessoria científica de um psicólogo.
Abraços virtuais (A Covid e a Dengue estão vigentes: há muitos falsos políticos, mais ainda, há ditos "líderes religiosos" falsos que só querem dinheiro - são atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - preste atenção. Há até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Melhore o afeto, pondere o uso de máscara, evite aglomerações e vigie para que não haja criadouros do mosquito da dengue.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional
Olá
Faz parte de um processo de amadurecimento aprender a lidar com as consequências daquilo que causamos. Passar por cima da decisão dela de terminar naquele momento seria uma dessas formas de permitir que ela ignorasse as consequências.
Me pergunto como isso se dá em sua vida, como é para ti estar nessa posição de cuidadora, se ela te é familiar. E mais, se gera desconforto. Se for uma questão que você deseje trabalhar, considere buscar um processo de terapia para que você e o profissional que te acompanha possa compreender isso em conjunto. Incluindo pensar em como esse cuidado pode acabar cruzando linhas.
