Olá, tenho 23 anos sou uma filha muito apegada aos pais. Sempre acatei todos os conselhos de minha mãe, respeitei e hoje em dia passo por um dilema. Minha mãe não aceita as minhas escolhas, terminei um relacionamento de alguns meses pois o rapaz me fazia mal, me humilhava, maltratava e minha mãe gostava muito dele é só conhecia as qualidades boas. As qualidades ruins ele nunca mostrava perto dela e eu sempre mantive isso discreto, tentando mostrar que eu estava bem. Quando tomei a decisão de terminar foi um inferno
Minha mãe não aceita o fato de eu não querer mais essa pessoa, fica me humilhando, brigando
Dizendo que não me importo com ela, que ela fez tudo pra mim a vida toda e a partir do momento em que eu tomei uma decisão não minha vida, ela diz que sou uma filha ruim. Sempre fui uma boa filha, sempre contei tudo pra ela e ela sempre me apoiava. Quando eu tomei a minha primeira decisão seguindo meu coração, ela ficou morrendo de raiva, não me aceita mais e não fala mais comigo. Sou apaixonada por um ex que terminamos a alguns meses e o nosso relacionamento sempre terminou muito conturbado. Porém nós amamos e queríamos estar juntos, mas as nossas famílias não se aceitam e meus pais mais ainda, dizem que se eu voltar pra ela eu posso esquecer que eles existem.
Eu amo ele demais, e também amo muito meus pais. Mais não aguento mais ter as minhas escolhas feitas por eles. O que eu posso fazer ? Me ajudem
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6 AGO 2022
· Esta resposta foi útil a 15 pessoas
Oi SUSU,
Voce está no caminho certo, embora sofrendo ainda por não entender....
Voce está rompendo com o cordão umbilical psicológico, principalmente com a mãe, por isso a choradeira dela.
Ela quer te manter presa, dominada por ela; te acusa de ingrata, que ela fez sempre pensando em ti... este é jogo de manipulação.
De agora em diante, voce precisa ser pai e mãe de ti mesma... eles, podem ser amigos, mas nem sempre dá para considerá-los.
Veja e analisa o grau de dependencia deles e vai se desligando, vai resolvendo... voce precisa ser dona da sua vida.
Não precisa brigar com eles, mas saiba que eles sempre vão se opor ao que voce escolher... a vida, através deles, está te desafiando para ver se entendeu o jogo da vida ou se mostra fraca e não tem coragem de ser. Conquiste o seu espaço, não espere que eles concedam. O reconhecimento deles, vem depois. Voce não precisa do apoio deles. A realização é sua.
Abraços
A vida te dá a liberdade e o livre arbítrio para voce mesma escolher e decidir o melhor para você; não nada certo e nada errado, tudo são meios de aprender, corrigir e se responsabilizar por seus atos.
O meio é um grande útero onde voce gestiona a si mesma para ser o que quer ser. Portanto, tudo está em suas mãos, no seu poder de escolha.
5 AGO 2022
· Esta resposta foi útil a 8 pessoas
Olá, Susu! Obrigada por compartilhar seu relato conosco.
Me parece que você se encontra num impasse muito sofrido... Ter que lidar com a consequência de desagradar seus pais (sobretudo sua mãe) ou então continuar vivendo de acordo ao que é posto pra você, mas que não corresponde ao que você realmente quer/precisa.
Entendo que questões envolvendo relacionamento familiar são sempre delicadas e exigem muito cuidado. Logo não é possível fazer afirmações com base apenas nesse fragmento que você trouxe, pois penso que seria necessário uma investigação mais cuidadosa.
Mas a impressão que eu tenho, a partir do seu breve relato, é de que talvez sua mãe não queira te autorizar a ser quem você é, e isso inclusive pode estar sendo sustentado por algo não resolvido na própria história dela (apenas uma hipótese). Mas independentemente de quais sejam as razões que a fazem exercer esse controle sobre você, isso te causa sofrimento, pois o viver inautêntico acarreta muita dor.
Você relata que durante toda sua vida aceitou os conselhos da sua mãe. "Qual o significado desse "aceitar todos os conselhos"? Como eram esses conselhos? De que forma você os aceitava? Fico com a impressão de que você sempre tentou agir correspondendo às expectativas dela. Faz sentido? Também tenho a sensação de que viver dessa forma talvez nunca tenha sido agradável pra você, mas você conseguia sustentar até esse episódio do término do namoro, que parece ter sido uma forma de dizer "basta".
Como você se sentiu tomando essa decisão sozinha?
Sugiro que você busque ajuda profissional para lidar com toda essa situação. A psicoterapia te ajuda a perceber como se sente diante de cada vivência e a enxergar aspectos que talvez você ainda não tenha enxergado.
5 AGO 2022
· Esta resposta foi útil a 3 pessoas
Olá Susu! Obrigado por escrever. Parabéns pela primeira parte: quem decido com quem namora é você e não sua mãe. Ao namorar você vivencia coisas que não são acessíveis a ela. Ela se baseia no que ela viu para defender o que pensa. Quando uma mãe não fala com a filha em decorrência de acontecimentos como o relatado, a humanidade frágil, imatura da mãe aparece. Isso é normal, acontece com muitas mães e pais. Pais e mães são seres humanos com erros e acertos, com coerências e incoerências, precisamos aprender a lidar com esse fato.
A segunda parte é que complica:
Você terminou um relacionamento faz alguns meses. Quando você é apaixonada por um ex que terminou faz alguns meses, implica pelo menos duas coisas sérias.
- Meses não permitem pesquisar, conhecer, vivenciar turma de colegas e conhecidos, paquerar, para escolher novo namorado;
- Ser apaixonada por um em situações de meses tão próximos, implica falta de maturação de convicções. Terminar relacionamento com pessoa que se tem paixão, gera dúvidas: o término tinha fundamentos? A paixão pode ser transformada em amor, para que seja vinculação de qualidade, reciprocidade e durabilidade? Paixões são repentinas e cegas!
Estarei a disposição para maiores fundamentações.
Abraços virtuais (A Covid e a Dengue são reais. A maior parte dos políticos são falsos. A imensa maioria dos ditos, "líderes religiosos" querem é dinheiro, são atores; são falsos, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - preste atenção! Há até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Retome as máscaras, evite aglomerações e elimine criadouros de mosquitos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.