Sou casada há 5 anos, mas eu e meu marido estamos juntos há mais de 14 anos (fomos o(a) primeiro(a) namorado(a) um do outro).
Há quatro anos, após uma cirurgia, acabei por entrar em um processo de depressão, pois me sentia sozinha, não sentia que meu marido me dava a atenção que eu precisava. quando estávamos juntos não havia conversa, ficávamos quietos um ao lado do outro.
Aí durante este período eu comecei a utilizar mais meu celular e acabei encontrando outras pessoas que acabaram suprindo esta minha necessidade de atenção. E essa foi a primeira vez que trai meu marido.
Fiquei neste relacionado extraconjugal por mais de um ano. Cheguei a contar para o meu marido sobre o acontecido. Ficamos separados por duas semanas. Pensamos em nos divorciar, mas resolvemos por fazer terapia de casal.
Depois de tudo, resolvi ficar, mas meu amor pelo meu marido já não era mais o mesmo. E a partir de então, a traição virou algo mais frequente. Mas sempre foram "relacionamentos" longos, nos quais sempre cogitava a hipótese de me separar, mas nunca tinha coragem.
Até que apareceu meu último relacionamento fora do casamento. Essa pessoa mexeu comigo, ela era tudo o que sempre quis, mas havia alguns problemas (não para mim, mas com certeza para a minha família, muito tradicionalista). Ele era mais jovem e de uma classe social inferior a minha. Fiquei na dúvida se aguentaria a pressão da familia, de trocar o meu marido por esse novo amor.
Meu marido chegou a descobrir deste caso, mas consegui reverter a história, mostrando que não era o que ele pensava. Tive ali, a oportunidade de me separar, mas não consegui ir embora.
Meu outro relacionamento ficou abalado. Depois de alguns meses, eu resolvi me mudar e começar uma nova vida com meu marido. de modo a tentar novamente. Mas, não adiantou. No começo, conversávamos mais, éramos mais companheiros, mas dai tudo caiu na rotina e hoje a atenção já não é tanta.
E eu voltei a falar com o meu ex-amante. Ele está profundamente magoado, mas ainda gosta de mim. Mas disse que agora era somente eu e ele, não aceitaria viver na posição que vivia. E eu estou neste dilema, se me separo ou não?
Tenho muito medo de como meu marido irá reagir ao pedido de separação, pois ele é uma pessoa reservada, que não possui muitos amigos. fui a única mulher da vida dele. tenho medo do que possa acontecer com ele sozinho, por isso, acabo ficando... já não sei mais o que fazer.. preciso de ajuda.
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8 OUT 2018
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Boa noite Elisa Gomes, você precisa de ajuda, mas posso te dizer que a decisão você já tomou só ainda não pôs em pratica, cada ser humano tem seu momento onde diz: já chega, acabou e, com você esse processo ainda está em movimento, os sentimentos e emoções que ainda te ligam a essa relação, sugiro que pense nos pontos negativos e positivos da sua relação ao longo desses 14 anos, o que você sente por seu marido: Se é amor? Paixão? Pena? Compaixão? Carinho? Companheirismo?
Você merece ser feliz, viver o amor e a felicidade em um relacionamento que ambos queira a mesma coisa, então pense que seu marido também merece viver um relacionamento feliz, pense sobre isso, a resposta você vai saber no momento certo, no seu momento. Boa sorte. Um abraço.
Olá, percebo que você tem uma questão forte com relacionamentos amorosos. Sugiro que você procure um psicólogo para fazer psicoterapia. Nela, você vai buscar o que está por trás dessas questões suas e o que faz você ter essa dificuldade. Espero ter ajudado. Boa sorte! Qualquer coisa, estou à disposição. Abraços.
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3 OUT 2018
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Olá Elisa, espero que esteja bem. Gostaria de citar um conto grego, ao ler, espero que se identifique com alguns personagens. O conto é sobre Zeus, Semele e Hera. Zeus é reconhecidamente Deus dos Deuses, Deus do trovão e patrono do Olimpo, seu caráter era de ordem em sua casa. Pode-se dizer que era como sua esposa, Hera, a Deusa do relacionamento, do comprometimento, das mulheres e dos nascimentos. Hera representa o casamento e Zeus a paixão. A terceira personagem é Semele, uma mortal. Zeus assim que a viu não resistiu aos encantos da jovem moça, esta que era extremamente calorosa, permitia Zeus ser alguém que nunca havia sido antes apesar de seus casos anteriores: um amante. Zeus se completava ao lado de Semele, ela fazia que se tornasse tão mortal como Semele e expressava seu amor verdadeiro, porém precisava voltar ao seu trono. Afinal existia um senso de responsabilidade sobre seu posto. Hera, furiosa, descobriu sobre sua traição e disfarçada sugeriu a Semele que mostrasse sua verdadeira forma. Semele em seu próximo encontro exigiu que mostrasse que de fato era e morreu nos braços doo Deus dos raios. Do corpo de Semele Zeus tirou sua carne e enxertou em seu corpo, dando a luz a Dionísio, o Deus dos prazeres.
Quem ganhou essa briga? Semele conquistou o que queria e por isso pagou um preço muito alto, foi capaz de ver Zeus em sua verdadeira forma, ato que nem a própria Hera foi capaz, afinal, só o via como Deus do Olimpo e não como amante. Hera aprenderia com Semele. Zeus perdeu sua amante, mas se realmente tivesse sido capaz de mostrar seus verdadeiros prazeres à sua esposa, seria capaz de ser completo ao lado dela. Hera perdeu sua maior professora, a verdadeira amante, a verdadeira forma de um compromisso. Seria Semele mais Deusa que Hera? Preferiu ver seu marido brincar de esconder com seus prazeres do que se abrir para um relacionamento.
Não existe uma atitude certa ou errada nessa situação, mas coloque-se no seu papel nessa história e reflita, tem feito o possível por essa relação? É possível fazer algo?
Espero que tenha trazido mais perguntas à sua pergunta, e pelo menos uma resposta às minhas.
