Meu marido saiu da sua cidade natal com 18 anos pois seu pai mandou embora porque não aceitava que meu marido questionava o modo como tratava sua mãe e pq também meu marido não aceitava sair da escola para trabalhar na roça. Então meu marido saiu de sua casa para outra cidade e assim começou uma nova vida me conheceu e juntos estamos construindo a nossa vida. Meu marido já conquistou muitas coisas tanto material como profissional ele está vencendo e conquistando o que sempre sonhou e eu dou todo meu apoio. Mas a família dele tem tratado ele indiferente quando vamos lá não dão atenção para ele e nem para mim e percebi que não ligam para ele e nem a própria mãe liga para saber como ele está e por ficar chateado não tem procurado sua família também. Eu queria que ele fosse sozinho para lá passar natal para ver se o problema pode ser comigo pois sei que não fui bem aceita por ser 10 anos mais velha que ele e por ainda não ter filhos. Nenhum irmão liga para ele e fim de ano não o procuram também e nem seu aniversário . Estou triste pq minha família tratar ele tão bem que ele sente falta disso na dele. Não sei como posso ajudá-lo já peguei ele chorando triste disfarçou claro mas notei que sente falta da família.
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14 DEZ 2021
· Esta resposta foi útil a 4 pessoas
Monici,
Entendo o que voces estão passando, PORÉM, voces poderão agradecer por esta situação!
Voces vieram através dos pais, mas não são deles. Seus pais, tanto os seus como os do seu marido, já cumpriram com a missão deles, propiciaram o início da existência física, cuidaram de voces.
Dos 18 anos acima, às vezes até antes, a responsabilidade é de cada um.
Voces não nasceram para agradar a família, nasceram para se realizar, serem felizes. realizar os seus objetivos de vida.
Claro que podemos ser gratos aos pais pela nossa existência, mas não somos deles. Fomos nós que escolhemos estas pessoas para serem nossos pais e tem um objetivo porque estas pessoas e não outras.
A vida deu a liberdade para cada um fazer e concretizar o que cada um quer; deu também o livre arbítrio para escolher e decidir.
No entanto o que o sistema faz? impõe limites, assusta, cria medos, crenças, leis que obrigam as pessoas a fazerem o que eles não querem. Os pais dele estão chateados porque teu marido se mostrou um homem forte, autônomo, enfrentou a situação para conquistar a liberdade dele e não ficar sob o cabresto da familia...
Precisa agora conquistar a independência afetiva, se livrar do que o mantem ligado à familia de origem, não julgar nem a eles e nem a si mesmo, apenas perceber como as coisas são.
Todo o pai, toda a mãe ama seus filhos embora o orgulho possa falar mais alto e não manifestar esse amor. Problema deles...
O que voces podem fazer é curtir a vida de voces... a verdadeira família nós construímos com as pessoas que estão a fim como nós, não é necessariamente a família de origem. Normalmente a família de origem costuma mandar sobre seus filhos ao invés de se orgulhar por serem autônomos. Voces não precisam deles para serem felizes, precisam apenas de voces dois e as pessoas que voces escolherem para serem seus amigos.
O que seu marido pode fazer é abrir o diálogo com eles colocando o incômodo deles pelas decisões que ele tomou.
Normalmente tem muita inveja e ciúmes envolvidos. Não é hora de colocar panos quentes em cima, mas de falar a verdade. E depois, deixá-los... voces não precisam deles.
Independência, autonomia emocional é o que precisam conquistar.
Olá, Monici. Que situação complicada, sinto por você e pelo seu marido. Entendo o seu lado por querer ajudá-lo de alguma forma e o quanto vê-lo triste deve te machucar. Olha, o ideal é que se ele esteja tendo dificuldade para lidar com essa relação familiar que procure ajuda psicológica. A família pode ser tóxica muitas vezes, assim como em um relacionamento abusivo, os pais também podem ser abusivos e impor suas vontades aos filhos, caso contrariados se tornam pessoas extremamente horríveis, consequentemente ele se sente culpado, confuso, chateado…
Estou a disposição, espero ter ajudado pelo menos um pouquinho, abraços.
Olá Monici! Grato por escrever. Muito provavelmente há um espaço para fantasias sobre as evoluções, sobre as concepções de vida que estão fazendo com que cada parte interaja de forma armada mentalmente. Será muito interessante e promissor seu marido poder fazer uma reflexão interna profunda e procurar refletir sobre a ideia de que aquilo que as pessoas estão desconhecendo elas acham ameaçador e inadequado. Falta mesmo, na verdade, uma das partes (ele e/ou família) consolidar harmonia interna, solidez de identidade, exercício abrangente de empatia, que as vinculações melhorarão. Uma fruta madura se torna doce; uma pessoa agindo com tolerância, acolhimento, perdão, se torna doce, agradável, gerando um terreno fértil, para que os outros diminuam suas barreiras emocionais.
Nós, psicólogos, poderemos ajudar. Estaremos à disposição.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Ola!
Nessas situações, o melhor que podemos fazer é ajuda-lo a buscar ajuda. Eu sinto muito que ele se sinta dessa forma, mesmo.
Acredito que essa ferida deva doer bastante e gerar uma série de outros sentimentos, por isso entendo sua preocupação.
Entretanto, por mais triste que isso seja, não podemos mudar a realidade ou a família dele, muito menos o passado. Nada podemos fazer em relação ao outro, mas podemos refazer nossas formas de ver aquela relação, pensar em mecanismos mais saudáveis de entender essa dinâmica e estabelecer uma relação mais saudável consigo mesmo.
