Faz um tempinho desde que comecei a ir no psiquiatra e desde a primeira consulta não paro de pensar nele com segundas intenções,achei que era uma coisa atoa porque sinto isso por homens mais velhos que acho atraente mas já vai fazer 2 meses e não consigo parar de pensar nele e não sei se é porque sou muito emocionada mas acho que ele tbm mostrou interesse em mim por coisas q ele mesmo fez,e sei que isso pode ser chamado de contratransferência e que é errado mas não quero mudar de psiquiatra,nesses intervalos que fico sem ir a sessão quase enlouqueci de tanto pensar nele,não sei mais o que fazer
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16 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 7 pessoas
Seu psicólogo ou psiquiatra sabem que esse enamoramento não é direcionado a eles, tao somente, mas atualizado neles pelo amor transferencial, amor esse que não deve ser demasiadamente erótico. Ele deve avaliar os limites dessa fantasia e deixar claro a você que esta pode ser uma resistência inconsciente ao tratamento.
Recomendo que esse assunto seja colocado durante a sessão de terapia, no sentido de vocês dois juntos avaliarem os riscos, bem como dos possíveis sintomas erotomaníacos ou de personalidade limítrofe.
Olá, Ana. Isso que está acontecendo nós chamamos de transferência. Você pode estar transferindo seus afetos e questões para o seu psiquiatra e provavelmente acredita que ele está correspondendo. Nesse caso, é necessário uma ajuda de psicólogo(a) para que possa superar essa questão e prosseguir com a sua terapia.
Esse tipo de situação que descreve acontece com certa frequência em ambientes terapêuticos. No entanto, muitas das vezes que esse sentimento surge no contexto terapêutico, não encontra respaldo na realidade, ou seja, esse sentimento muitas vezes é uma idealização (fantasia) por parte da paciente, pois de alguma forma ela se encontra em um momento de fragilidade e acaba sendo acolhida pelo profissional. Esse acolhimento, totalmente profissional, pode dar margem a um surgimento de uma ideia de relação, de afeto, pois sempre desejamos em nossas relações fora do consultório, encontrar alguém que nos acolha. Quando esse sentimento surge, muita coisa pode estar misturada nele, como expectativas, desejo de cura, baixa autoestima, comparação com relacionamentos problemáticos do passado, e é importante saber distinguir todas essas coisas dentro de nós. Se achar que esse seu sentimento pode atrapalhar seu processo, talvez seja interessante interromper seu acompanhamento com esse profissional, e buscar um outro, neutro, pois o mais importante é seu equilíbrio pessoal, e a restauração de um bom estado mental e emocional para você desenvolver sua vida de maneira mais plena. Esse deve ser seu foco em qualquer psicoterapia. A busca por um par afetivo deve ser iniciada quando você estiver pronta internamente para isso, e em um ambiente fora do consultório.Cuide-se primeiro.
O psiquiatra foi alguém que te acolheu no seu momento de vulnerabilidade. É comum o apego ao outro nessa situação, acredito que o vínculo foi algo que deu certo, e talvez por esse motivo você pense tanto nele e na necessidade de revelo e de ser acolhida novamente. O contato entre profissional e paciente é uma relação, e isso pode aflorar vários sentimentos. É importante que seja feito uma análise desse sentimento, para que isso não atrapalhe no seu processo com o profissional.
Boa tarde, Ana,
Este tipo de coisa é mais comum do que imagina. Sobretudo, como você se descreveu como sendo uma pessoa emocional, natural que transfira para o seu terapeuta este papel de cuidar de você, talvez alimentando emoções que existam dentro de você de que podia não se dar conta.
O ideal, se tiver uma relação de paciente x terapeuta com seu psiquiatra, seria conversar com ele sobre estes sentimentos. Confie no profissional que está cuidando de você, que ele saberá lidar com esta transferência como se deve.
No mais, o que eu lhe diria é que seu inconsciente pode estar lhe dando uma tremenda oportunidade de lidar com esta questão de lidar emocionalmente com homens mais velhos. Pode ser uma escola pra você, aprender a lidar com a força destes sentimentos sem deixar que lhe dirijam a atenção e o comportamento.
Olhando pra trás na sua história, será que isto já não pode tê-la prejudicado de alguma maneira?
Pense nisso. Confie em você, no seu discernimento para entender estes sentimentos, e no seu psiquiatra e sua habilidade profissional para receber e lidar com esta transferência.
Paralelamente ao acompanhamento psiquiátrico, a psicoterapia poderia ajudá-la a lidar melhor com estas questões.
Caso tenha interesse, fico à disposição. Será um prazer ajudá-la.
Ana...
Dialoga com ele. Se queres ser verdadeira, e é para isso que deve estar indo a ele, deve dialogar sobre a atração que sente com ele.
É normal o nascimento e o crescimento de desejos sexuais, de ficar excitada, porém, se queres ficar com ele como psiquiatra, realmente não deves aceitar fazer nada com ele... ele é teu psiquiatra.
Se o queres como homem, bem aí, deve parar de ser atendida com ele e realizar os teus desejos.
Se ele for realmente correto, nada vai acontecer contigo, apenas vai perceber a transferência de afeto de ti para ele.
Mas voce deve falar porque então, as ilusões se desfazem e voce pode não mais sentir qualquer atração por ele.
É um mecanismo de defesa que se chama sedução, quer se envolver com ele para ele parar de te apontar as tuas maselas.
Na verdade, voce não quer mudar! Por isso o seduz!
Boa tarde
Você faz terapia?
Procure fazer terapia.
Exponha o assunto na terapia.
A melhor forma de melhorar e mudando de medico pois neste momento você não ve ele como seu medico.
Estamos a disposição
Olá Ana! Grato por perguntar. Esse tipo de energia é mais comumente direcionado a psicólogos, e não a psiquiatras, posto que na imensa maior parte das vezes, é o psicólogo que posiciona-se com a empatia e acolhimento que o processo psicoterapêutico requer. Exatamente o acolhimento e a empatia, que são confundidos, na cabeça da cliente, com energias de outra razão. Quando acontece a contratransferência (direcionamento da energia não profissional) por parte do psicólogo, é que acontece o problema. Será importante você trabalhar essa questão, ponderando pontos como tua idade, tua história de afetos e carências. Será impossível vivenciar com inteireza os papeis de cliente e apaixonada ao mesmo tempo.
Estaremos a disposição para aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Boa noite Ana
Sugiro que tu converse abertamente com teu terapeuta pois esse assunto é de extrema importância no tratamento
Psicologa Andreia Maria Duarte de Oliveira
