Olá, me chamo Marina tenho 23 anos e tive o meu filho com 21 e tinha apenas 1 ano que havia me casado. Hoje me pego a todo momento pensando em como seria minha vida sem o meu filho. Vivemos no aperto financeiro porque criança gasta muito. Não saio mais, e nem é só por causa da pandemia, antes mesmo da pandemia não consigo me lembrar da ultima vez que sai para me divertir. Quando me casei tinha a expectativa que ia aproveitar muito a vida a dois. Mas não fizemos nada e hoje com filho menos ainda. Apenas sentamos e comemos em casa. Quando saímos (isso antes da pandemia) era no máximo para ir na casa de alguém fazer aquelas resenhas caseiras sabe? Então me sinto presa, insatisfeita e totalmente desanimada e ranzinza. Meu filho me irrita a todo momento, eu o amo. Mas não fico um dia sequer sem imaginar como eu estaria sem ele. Poderia viver mais e fazer mais por mim. Me doi falar isso e sei que ele não tem culpa. Mas eu era uma pessoa alegre e disposta e hoje me vejo uma velha ranzinza de apenas 23 anos e nehuma história pra contar porque não viveu nada, isso tem influenciado em todas as áreas da minha vida,não tenho tesão nenhum, não trabalho animada ou seja, estou apenas sobrevivendo a cada dia e esperando o dia de morrer sem ter feito absolutamente nada. Mas como amenizar esse sentimento de frustação pessoal? Afinal não há como mudar. Eu quero me sentir feliz e realizada com tudo isso. É uma dádva ter um bom marido e um filho não é?
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6 SET 2020
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Oi Marina
Você está com a resposta para sua situação, quando você diz "é uma dádiva ter um bom marido e um filho".
O fato de você hoje não poder aproveitar a vida da forma como era antes, é perfeitamente compreensível, assim como é perfeitamente compreensível que por amor somos capazes de tudo.
O que você fazia antes, você ainda terá muita oportunidade para fazer, pois ainda é muito jovem. Mais gratificante será você curtir a vida de uma maneira mais aberta, tendo sido referência para a formação do seu filho.
4 SET 2020
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Olá Ana Maria
Você encerrou muito bem sua conversa, “é uma dádiva ter um bom marido e um filho”. Mas ao mesmo tempo você questiona o que disse.
Seu desconforto pode ter muitas outras razões, que não seja seu filho, e se pensar com um pouco mais de cautela saberá onde está suas frustrações.
Pense o que está te deixando descontente, quando diz que era alegre e hoje não é mais, isto pode ter muitas razões: o trabalho, os afazeres domésticos, a falta de disposição para seu filho. Crianças por exemplo querem atenção, e se não tiver costumam fazer coisas para chamar a atenção para si.
Você pergunta como amenizar o sentimento de frustração e já dá o veredito de que “não há como mudar”. Se focar em solução e não em reclamação poderá encontrar várias soluções.
Conciliar vida financeira, trabalho, filhos é uma tarefa bem difícil, mas sabemos que muitas mulheres hoje passam por isso e sobrevivem, algumas mais felizes outras nem tanto.
O atendimento psicológico pode te ajudar a enfrentar estes dilemas.
Espero ter ajudado.
Jane Assunção
4 SET 2020
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Marina, sou Geime Rozanski –Psicoterapeuta
De fato, como colocou acima, não há como mudar o fato de ser mãe e de ter um filho. Mas dá para resignificar os acontecimentos, entender e ser muito feliz.
De fato, um filho pode interromper os sonhos, ou melhor, adiar os sonhos mas podes realizar tudo ainda. Contudo, és responsável por ele, um descuido teu provocou o aparecimento do filho, agora precisa aceitar este fato, aceita-lo e amá-lo. Quanto mais pensar que ele é um estorvo, mais ele vai te irritar. Então, aceita que dói menos. Ele não pode ser um empecilho às tuas realizações. Enquanto pequeno, exige mais cuidados, mas logo logo ele vai acompanhar vocês e vai ser uma ótima companhia.
Se aconteceu de ser mãe neste momento é porque tem um objetivo, uma aprendizagem a fazer. Claro que está aqui para se realizar e ser feliz, mas também é responsável pelas consequências das tuas escolhas e decisões.
Portanto, a vida é como é e não como pensamos ou queremos que seja.
Converse bastante com seu marido e programem a vida de vocês, incluindo o filho e os cuidados que ele precisa ter.
Está momentaneamente frustrada, mas nada impede a superação dessa fase que sem bem conduzida se transforma de muita alegria e felicidade.
Poderia sim pensar num processo psicoterapêutico para entender todos estes fatos, harmonizar a tua vida e realizar todo o teu potencial.
4 SET 2020
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Olá Ana Maria! Grato por participar. Precisamos aprender a gostar do que é preciso fazer, além de, na medida do possível, fazer o que gostamos. Ocorrem vários fenômenos mentais que faz com que as pessoas simplifiquem as coisas, muitas vezes contra elas mesmas. Parece que é um pouco, o que você está fazendo consigo mesma. Veja: uma criança nessa idade é divertida, cheia de novidades, aprendizados, descobertas, comunicações próprias da idade. Ele, seu filho está aí, merece e precisa ser conduzido e amado, como todas as crianças da idade, como todos os adolescentes, como todos os jovens, como todos o adultos, como todos os idosos, cada qual com adequações ao seu estágio de vida. Posso assegurar que daqui a alguns anos, você estará interpretando essa maternidade de outra forma.
Uma observação importante: muitas vezes sentimos que a grama do quintal do vizinho é sempre mais bonita, mas quando compramos aquele quintal, nos aproximamos, descobrimos que não era a grama dele que era mais bonita, eramos nós que víamos a nossa grama mais feia, assim como não percebíamos, dada a distância, as imperfeições da grama do quintal que era dele.
Na idade dos seu filho, as coisas vão se modificando muito rapidamente: andar falar, ir para a escola, esportes, vida social, etc.
Dê a máxima plenitude a essas necessidades do seu filho: isso te ajudará muito e você perceberá que ao dar plenitude à vida do teu filho, você encontrará atividades, novidades e caminhos motivadores para você também.
Você já adiantou que tem um marido bom. Que tal pensar em organizar uma rotina de vida que resgate teus sonhos, planos, imaginações, fantasias, com vistas a colocar em prática?
Será prudente, se possível, você passar por conduta científica com psicólogo. Conte conosco.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, sejamos razoáveis: ética, solidariedade, abertura mental, empatia, Ciência!)
4 SET 2020
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Olá Marina. Muito obrigado por seu contato.
Sobre os pontos que mencionou é possível entender que quando aponta sobre a frustração pessoal algumas questões da sua vida não tem como mudar. Mas, com a terapia cognitivo comportamental na qual procuramos entender a situação que leva a uma emoção e essa emoção leva ao comportamento. Com base nisso altera sua forma de interpretar algumas questões.
Estou à disposição