Então, minha mãe nunca foi de trabalhar e, por este motivo era minha avó quem sustentava a família. Pelo fato de ela sustentar, sempre nos humilhou e minha mãe nunca se moveu para mudar isso. Perdi meu pai cedo também, então eu sempre busquei trabalhar, pois não tinha ninguém. Hoje, tendo que terminar minha faculdade, pagar minhas contas, vejo-me sobrecarregada em ter que sustentar a casa praticamente sozinha e ela continua a não se compadecer, posto que minha rotina é muito árdua e eu ainda tenho que lidar com responsabilidades de casa, caso contrário, as contas não serão pagas por mais ninguém. Ocorrem muitas brigas em decorrência desta situação, até porque ela não faz o mínimo para me ajudar (fazer um café da manhã, já que eu acordo às 5h, por exemplo e saio às pressas). continua dormindo e não faz quase nada. Estou errada em achar errado? Fico extremamente mal com esta situação por ser minha mãe, mas também tenho vontade de ir embora e largar tudo. Tenho 24 anos.
Resposta enviada
Em breve, comprovaremos a sua resposta para publicá-la posteriormente
Algo falhou
Por favor, tente outra vez mais tarde.
A melhor resposta
28 AGO 2023
· Esta resposta foi útil a 1 pessoas
Olá Scarlett, primeiramente é importante destacar que relações familiares são extremamente complexas, portanto qualquer tipo de interpretação com as poucas informações fornecidas é arriscada. Você se sentir sobrecarregada e mal em relação a sua mãe é algo totalmente legítimo, não pense que seus sentimentos e pensamentos em relação a situação não são importantes, é importante colocar na balança o que te afeta mais, estar em meio a esses familiares e estar sujeita a essas demandas ou estar distante e os impactos que isto pode ter em sua vida, certas coisas nós não temos controle, como é o caso das escolhas e ações destes familiares, mas algo que também possa te ajudar a tentar mudar a situação caso seja de seu agrado é pensar o que leva essas pessoas a agirem destas formas, não se esqueça também que diálogo é fundamental em qualquer relação, o processo de psicoterapia pode te ajudar a pensar em estratégias para lidar com estas situações e novas formas de significar estas relações, espero te ajudado, grande abraço!
Olá Scarlett, obrigado por trazer sua pergunta. Ficou um pouco confuso, no começo você se queixa da sua vó humilhar você e sua família depois diz que a queixa é com sua mãe. Bom, vou tentar ser objetivo com as informações limitadas que temos. Algumas relações familiares podem ser bem complexas e às vezes até adoecedores. Algumas famílias não se preocupam em manter a harmonia e a coesão familiar, mas sim cuidar de seus próprios interesses individuais. Existem aqueles que gostam de criticar, exigir demais, desmerecer os outros, todas atitudes bem tóxicas para se viver em família. Desta maneira, não adianta esperar que mudem para agradar você ou para ter uma convivência menos conflituosa, as pessoas ali estão mostrando quem são. Já você, é responsável por si, por suas escolhas, por seu amadurecimento. Se a convivência nesse contexto te faz mal, se você não concorda com as atitudes e não se sente bem, bater de frente não ajuda nem resolve. A solução não é fácil, mas é a melhor, é você lutar por si e construir sua autonomia, ou seja, você pavimentar o caminho para a saída desse núcleo para não ter que lidar com isso tão diretamente. Uso com meus pacientes a metáfora da fogueira: algumas relações são como uma fogueira, se você chega perto demais por muito tempo você se queima, você se machuca. Daí você pode estabelecer uma distância segura e decidir se quer sentir apenas um leve calor ou se não quer sentir nada e só observar à distância. É você que vai delimitar o contato que quer estabelecer nas relações. Lute por sua autonomia, tenha seu espaço e escolha o limite que você quer dar para sua família, seja avó, mãe, quem for. Até lá, evite bater de frente, encontre estratégias para lidar com as questões práticas do dia a dia (como essa do café da manhã que você citou). Pense nisso e boa sorte.
Olá.
Percebo, pelo seu relato, que existem questões familiares pendentes emocionalmente.
Se a questão fosse só sair de casa, você já teria saído, sem olhar para trás.
Sugiro acompanhamento psicológico para trabalhar traumas infantis e relações familiares, sentir-se-á mais leve, produtiva e feliz.
Célia Jovanka.
Olá Scarlett
Pois você já devia estar fora de casa!
Tua mãe está fazendo chantagem emocional contigo, está te explorando, te manipulando.
Você não nasceu para ser responsável pela sua mãe; ela é que tem este dever de mãr.
Mas, agora, com 24 anos, já pode se responsabilizar pelas tuas escolhas e decisões; seja voce mesma, pai e mãe de ti mesma.
Voce já tem teu trabalho e não tem que ficar pagando as despesas dos outros.
Trate de resolver tuas carências, tua dependência e ouse cuidar mais de si mesma.
Quando puder, faça Terapia para si mesma; tem uma lição para aprender desta situação e enquanto não aprender, cada dia será mais difícil para você.
Abraços
Conflitos familiares são muito complicados em razão de envolver pessoas que amamos. A sociedade romantiza muito as relações familiares, dificultando o estabelecimento de limites.
Sobre a sua pergunta: não está errada. Parece que você está sobrecarregada sim e ela não tem colaborado. Contudo, avaliar superficialmente uma situação com base em poucos dados se torna insuficiente para um feedback mais assertivo. Indico que você busque psicoterapia para enfrentamento do sofrimento psicológico decorrente dessa relação que, pelo seu relato, parece tóxica. A psicoterapia (com psicólogos) vai auxiliar você com essas questões e, também a tomar decisões que sejam mais saudáveis a longo prazo.
Sou psicóloga e me chamo Patricia Munske Borges CRP 07/39970.
Olá Scarlett! Obrigado por perguntar. Certo e errado são dois extremos. A nossa sociedade é complexa, nossa cultura é complexa. As pessoas se acostumaram com casa para morar, banheiro, água encanada, energia elétrica, geladeira, televisão, internet, supermercado, roupas e outras coisas. Estou conectando os tempos atuais com milhões de anos atrás. Esses confortos todos custam dinheiro, exigem trabalho de alguém, mas são culturais. A princípio, o trabalho não pode ser considerado como algo que as pessoas, espontaneamente querem. Crescendo com alguém que trabalho por elas, elas se acomodam. Tua mãe deve ter uns quarenta anos ou algo próximo. A melhor mãe do mundo é a que temos, a pior mãe do mundo é a que temos. Ela, se tiver saúde, saúde física, mental e intelectual razoável, precisará de tempo para aprender o que não aprendeu em todos esses anos.
Você, como lidará com a modificação terna mas dura que terá que vivenciar na relação com ela?
Precisaremos ponderar com profundidade, sensatez, os desdobramentos que a escolha que você fizer, implicará para você (tua mãe, queira ou não, é em certo sentido, extensão de você.
Vamos refletir?
Abraços! A Covid e a Dengue estão vigentes: sejamos cuidadosos. A maior parte dos políticos não são confiáveis. Dentre os religiosos, há muitos que se dizem religiosos, mas na verdade, são falsos: querem é dinheiro. Fazem teatro para enganar os descuidados. Os meios de comunicação não são neutros, mas aqueles que apresentam tradição de muitos anos ou recebem o selo educativo/cultural, e não estão a serviço de alguma seita religiosa, são razoáveis. Tenha sabedoria para filtrar. A Ciência não é perfeita, mas como fez o avião, a geladeira, o rádio, o celular, faz as vacinas. Confie na Ciência! Vacine-se, vacina as crianças.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olha Scarlett, entendo seu conflito, em achar errado a forma como sua mãe escolheu viver. Agora você precisa descobrir a forma de querer viver a sua vida, o que é certo para você, pois sua mãe pode querer viver de ajuda dos outros, desde que tenha alguém para favorecer esse comportamento.
Não ficou claro se sua mãe é idosa, ou tem algum
problema incapacitante, se você tem irmãos, mas precisa perceber e conversar com ela que tem algumas coisas que tem te incomodado e como pode ser feito para melhorar a relação.
Iniciar um processo psicoterápico pode te ajudar nesse momento a encontrar caminhos mais saudáveis.
Espero ter te ajudado.
Abraços,
Mariana
