Eu tenho ansiedade generalizada e atualmente não estou tomando remédios (há uns meses atrás eu tomava mas parei por conta própria). Em épocas que fico muito ansiosa, eu tenho essa dúvida de se sou bissexual. O que é estranho, porque, em dias que me sinto bem não penso sobre isso. (Esses pensamentos começaram super do nada, e não por um fato específico tipo gostar de uma garota ou me sentir ao menos atraída.)
Eu nunca me senti interessada por meninas, mesmo tendo várias amigas lésbicas e bissexuais, e até mesmo meninas que chegavam pra perguntar se eu queria ficar com elas e eu nunca senti vontade.
Eu sempre fui uma pessoa mais reservada, escolhia a dedo por quem eu me interessaria e eu demorei um tempo pra dar meu primeiro beijo em relação às minhas amigas, e uma vez, uma menina comentou que eu era super estranha por não ter beijado ainda, e disse que ela sentia que eu era lésbica ou coisa do tipo. Na época não dei importância ao comentário dela, mas hoje em dia todos os fatos listados ficam rondando minha cabeça e os pensamentos são jogados contra mim mesma. Eu fico com medo, meu coração bate mais rápido, minha cabeça não para e tudo que eu tenho vontade de fazer é chorar ou sumir.
Detalhe: eu fico prestando atenção nas meninas sempre que posso pra ver se sinto algo, mas tudo que consigo sentir é confusão e tristeza. E o fato de se eu for mesmo, ter que contar pra minha mãe e decepciona-la ou ela não me amar mais por conta disso é o que me deixa mais nervosa à ponto de quase ter uma crise.
Isso seria só um gatilho da minha ansiedade mesmo, ou uma confusão sobre minha sexualidade?
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21 SET 2021
· Esta resposta foi útil a 6 pessoas
Oi Frozinha,
Seu problema não é a ansiedade, nem mesmo se é lésbica, bi ou...
Teu problema é estar por demais dependendo da opinião dos outros; teu medo é de decepcionar outras pessoas, decepcionar sua mãe, medo de não conseguir vencer sem o amor da mãe.
Precisa aprender a ser autônoma, ser voce mesma, conseguir se expressar e expressar tua força, tua energia sexual, não importa de que forma, se com menino ou menina sem se colocar num rótulo.
Vida é força e energia, vocé é vida tem a liberdade para poder fazer a tua realidade e ser feliz. Para a vida, nada é certo e nada é errado, são todas experiências e aprendizagem e pelo teu livre-arbítrio poder te conduzir.
Porém o sistema (familia, educação, sociedade, religiões, crenças) te colocam limites, expextativas, te adestram a ser o que eles querem e não como voce quer. Então, precisa adquirir flexibilidade em como usar o meio, o sistema, como passar por ele sem deixar de ser voce mesma.
Sua mae: voce veio por meio dela mas não é dela; E veio para ser feliz para se realizar.
Faça Psicoterapia para que possas ser orientada, empoderada nesta linda tarefa que é ser si mesma.
Olá Frozinha.
Busque a sua essência para entender quem é.
A maioria dos pais amam seus filhos, o que não quer dizer que amam ou aceitam seus comportamentos, pode ser difícil para a maioria dos pais aceitarem certas situações e isto inclui muitas coisas, inclusive escolhas profissionais e filhos que escolhem as drogas, o que não quer dizer que vão deixar de amar seus filhos.
Sugiro procurar a psicoterapia para poder entender sua ansiedade, seus pensamentos, seus conflitos e conviver melhor com você mesma. Talvez você tem sido muito exigente com você.
Jane Assunção.
Olá Frozinha.
Grata por sua participação aqui.
Se você se sente melhor quando segue à risca o tratamento médico, por que parou?
O tratamento médico com psicotrópicos precisam de fazer o "desmame"com acompanhamento e somente com a recomendação do médico. Caso contrário você pode até correr risco de vida e outras complicações não menos sérias em todas as Dimensões da sua vida.
Se optar por outros tratamentos após o desmame dos psicotrópicos também terá que seguir à risca esses tratamentos pois caso contrário poderá recair. Esses tratamentos inclusive, em muitos casos exigem o tratamento com medicamentos em paralelo. Cada caso é um caso e precisa da análise de profissionais, do psiquiatra e psicólogo.
Procure fazer terapia para o seu autoconhecimento e desenvolvimento da auto estima e assertividade.
Fico à disposição.
Maria Nair
Psicóloga Clínica
Terapia Cognitiva Comportamental.
Olá Frozinha! Grato por escrever. Da mesma forma que as pessoas contam com nossa sensibilidade (dos psicólogos), há momentos em que precisamos (nós psicólogos) da sensibilidade das pessoas para compreenderem com abertura mental nossos escritos ou falas.
A carência humana é muito forte: precisamos de carinho, precisamos de companhia, precisamos nos sentir pertencentes, precisamos nos sentir participantes.
A cultura sociedade atual apresente milhões de possibilidades e chamativos. Somos chamados para comprar de tudo (não devemos atender aos chamados externos), somos chamados para aprender tudo (não será possível), somos chamados para milhões de exceções da na área da "saúde/doença," do "normal/anormal" (não devemos nos fixar nessas possibilidades) Essas coisas são lucrativas, são geradoras de dependência. Há muitos querendo levar vantagens sobre a condição de dependentes, que alimentam em nós.
A sociedade, por outro lado, é altamente, inevitavelmente preconceituosa.
Pelos seus escritos, a princípio, você está é carente, ansiosa e insegura.
Calma: é bem mais fácil buscar explicações de exceção do que amadurecer. Você é uma mulher que precisa desenvolver autonomia, autoconfiança, riqueza de trocas sociais, preparação para a vida plena na cultura, nos estudos, no trabalho, na profissão.
Estaremos à disposição para amadurecimentos e maiores aprofundamentos.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (comerciantes da fé), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Instituto Butantan, TV Cultura, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
