O poder das palavras

As palavras que usamos, a forma com que falamos podem ser determinantes nos nossos relacionamentos e na nossa qualidade de vida. Por isso, é importante saber escolhê-las corretamente.

15 FEV 2019 · Leitura: min.
O poder das palavras

As palavras têm poder. Quantas vezes você já ouviu essa frase? Concordo que elas têm poder e não se trata de ser supersticiosa. A ciência sustenta essa frase. A programação neurolinguística faz a ponte consciente entre o indivíduo e o sistema neurológico, ensinando a administrá-lo e usufruir dele com clareza através, também, do uso da linguagem falada. 

Conscientemente, escolher quais palavras devemos usar pode parecer estranho no início do processo. Normalmente estranhamos o que, como e quando fazemos determinadas ações diferentes da maneira habitual, porém somente assim conseguiremos nos tornar conscientes do ato em si. Caso contrário, as palavras saem no automático e nem nos damos conta do que falamos e como falamos. Vamos fazer uma analogia? Vamos lembrar da primeira vez que andamos de bicicleta. Nas primeiras vezes foi estranho, mas depois nos acostumamos e, então, guiar a bicicleta passou a ser uma atividade que fazemos sem pensar e passou a ser completa­mente natural cada vez que saímos para pedalar.

Escute sua voz interior

Assim acontece com nossa fala. As palavras saem automaticamente por termos aprendido com a matriz familiar ou com o meio social e simplesmente seguimos reproduzimos sem, muitas vezes, levar em consideração o efeito dela sobre nossa vida. Frases como as que irei mencionar fazem parte da fala de muitas e muitas pessoas. "Eu tenho que ir no supermercado" ou "eu tive que trabalhar". A frase "eu tenho" é carregada de imposição, de obrigação e muitas vezes falamos sem nos questionar se realmente "temos que" ou se simplesmente podemos escolher entre trabalhar ou descansar ou se realmente temos que ir no supermercado àquela hora ou se podemos nos permitir ir em outro momento.

Precisamos nos acostumar a ouvir mais o que falamos e o que nossa fala causa em nós. A medida que aprendemos a nos ouvir, aprendemos também a responder nossas próprias perguntas e consequentemente reprogramamos nosso cérebro.

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A partir de hoje, tome cuidado com a palavra "não" pois ela traz consigo a negação. Quando dizemos para alguém: "não esqueça o guarda-chuva", o mais provável é que a pessoa vá esquecer. O não que precede a frase é indicativo para causar o esquecimento. A frase que contém a palavra "NÃO", para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O "NÃO" existe apenas na linguagem e não na experiência. Neste caso devemos dizer: "Lembra de pegar o guarda-chuva". É importante dizer o que queremos realmente.

Outra clássica frase é dizer: "Este sorvete está gostoso, mas está derretendo". O sorvete pode até ser gostoso e estar derretendo, porém quando usamos o "mas", esse dá ideia de anulação à qualidade anterior.

Outro exemplo: "vou tenta chegar na hora marcada". Diante desta frase, devemos evitar a espera, pois é um grande indicativo de que a pessoa irá se atrasar. Substituir o "se" pelo "quando" ajuda a vislumbrar e consolidar um futuro satisfatório. Por exemplo: "Se" eu conseguir sair te aviso. Esta frase precisa ser substituída por: "Quando" eu conseguir sair, te aviso. "Quando" fala de um tempo qualquer, já o "se" mostra uma não experiência.

Precisamos reprogramar nosso cérebro e, com isso, trazer saúde e leveza às nossas vidas através da fala. Tornar nossa linguagem verbal congruente com o que de fato desejamos é o processo pelo qual precisamos passar para atingir excelência nas relações de qualquer natureza. Esta é uma das propostas da Programação Neurolinguística, que faz uso de técnicas e de um arcabouço de conhecimentos empíricos a fim de tornar os processos vitais e relacionais cada vez mais inteiros no que diz respeito às necessidades humanas.

Artigo escrito pela psicólogoa Valdirene Terezinha Steglich, inscrita no Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul

Fotos: MundoPsicologos.com

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Escrito por

Psicóloga Valdirene Terezinha Steglich

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Comentários 2
  • Andrea Amarante

    Gostei muito do conteúdo. E queria saber se a palavra "entao" tem algum aspecto negativo....

  • Angela Maria

    Amei este conteúdo. Sou ministra da Palavra de Deus e faço constantemente pesquisas com quem entende do assunto

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