​Assédio moral: o lado da maldade

Você sabe reconhecer o Assédio Moral? A Psicóloga Cleunice Paez explica no texto como identificar a perversidade do outro e como se proteger em casos assim.

14 AGO 2017 · Leitura: min.
​Assédio moral: o lado da maldade
Em momentos de raiva, frustração ou algo que não nos agrada, podemos fazer comportamentos visto como agressivos, que pode ou não causar prejuízos ao outro, muitas vezes a si mesmo. Isso nem sempre será consciente por quem pratica, porque são impulsos, que não conseguimos controlar.

A pessoa que tem a perversidade como referência, o "lado mau" não irá se questionar sobre como isso afetou o outro, terá isso como sua base, se "tornando perverso", com ausência de empatia, culpa ou remorso.

Isso pode ser visto claramente em contexto político e empresarial, em que o foco é o poder, pessoas perversas não têm limites ou regras, não se importam com os sentimentos do outro se precisar alcançar o que almeja.

Também observamos nos contextos de bullyng escolar, em que o colega agressor, aponta uma característica do outro visto como "defeito" humilhando verbalmente, até que a vítima se sinta desvalorizado e deprimido.

Isso nem sempre é visto, tão claramente, pois são formas manipuladoras e persuasivas em que o agressor consegue inverter a culpa para o outro, em muitos contextos empresariais ou até mesmo em relacionamentos amorosos que são ainda mais sutis de serem percebidos, pois nem sempre é uma agressão verbal tão explícita.

Quando essas maldades já fazem parte da personalidade, a pessoa terá a tendência ao menosprezo pelo sexo oposto, em diminuir o outro. Isso pode ser visto em vários contextos sociais, o homem que sai com várias mulheres, porque sente que consegue ter o poder sobre elas, procurará relações com mulheres submissas, ou a mulher que elogia muito sua amiga, mas que no fundo sente inveja e torce para que seus planos dêem errado.

São exemplos facilmente vistos, que mostram que somos passíveis de sentir maldade, compreendemos o que é certo e errado, as regras mentais e sociais, e isso difere entre sentir culpa ou não, é o que diferencia um ato de perversidade.

O que tentamos definir aqui são os contextos "ausentes de culpa" e que ocorre dentro do trabalho, casamento ou com amigos e como perceber os sinais de estar convivendo com alguém assim, e como isso pode te prejudicar.

Se você convive com alguém com esses traços, é importante perceber que para a vítima isso nem sempre é nítido, mas é sempre provido de sarcasmo e ironia pelo abusador, pois são detalhistas e conseguem perceber as fraquezas do outro. Usar os pontos fracos do outro é uma forma de apresentação de um ego extremamente narcisista, em que o mais importante é sentir que atingiu seu adversário, sem que isso seja explícito, engrandece com a fraqueza do outro.

Se estiver cercado de dúvidas se você vive algum contexto de abuso psicológico, seria bom conversar com alguém que você se sinta seguro em falar sobre isso ou buscar ajuda psicológica para conseguir observar o contexto e buscar providências.

Precisa compreender que se for algo que já te desestabilizou emocionalmente, poderá desencadear quadros de ansiedade, depressão ou até mesmo o pânico. Reconhecer o ambiente, o outro e todo o contexto de forma clara, pode te ausentar de culpas, angústias, estresses e sentimentos de desvalorização.

O assédio moral nem sempre é fácil de perceber, só quem passa por isso sente o incômodo que o abusador consegue provocar, às vezes somente a presença da pessoa já gera aumento da ansiedade.

Somos cercados de pessoas perversas, com maldades escondidas, o mais importante é estar atento e aprender a se proteger, não deixe o outro te reprimir e te colocar para baixo. Compreenda que assim como existem pessoas que nos humilham, existem outras dispostas a nos ajudar e até mesmo nos proteger, mesmo que em casos mais insuportáveis você precise buscar ajuda judicial.

O essencial é voltar acreditar em si, resgatar os padrões de competência e buscar ajuda de profissionais ou amigos, que estarão dispostos a te ajudar.

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Escrito por

Cleunice Paez

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