Que atitude seria mais acertada?

Feita por >Susana · 2 out 2023 Abordagem psicológica

Olá, estou casada há um ano e, desde o começo do namoro, percebi que o meu marido era muito ligado à mãe e à irmã. Ele era uma espécie de pai e esposo porque cuidava de tudo, desde compras e pagamento de contas da casa, idas a reuniões da escola da irmã, marcação de consultas para a mãe, motorista particular e apoio emocional. Eu o percebi um homem carinhoso, zeloso, generoso e amoroso, pois também sempre me tratou muito bem desde que nos conhecemos. A mãe fora diagnosticada com depressão há quatro anos e até hoje segue assim. Faz tratamento, porém tem a postura de só tomar medicamentos, assim, só é assídua à psiquiatra, negligenciando a psicóloga. Também recusa-se a fazer atividade física, mas trabalha. Sempre quando consegue, desmarca as sessões com a psicóloga que, segundo ela, já sugeriu uma vez interná-la. Não sei o que se passa nas sessões, mas é claro que não lhe agrada essa parte do tratamento, pois ela já abriu mão de outras psicólogas também. Já na psiquiatra, ela vai sempre por causa dos remédios, entretanto, compra outros sem receita numa farmácia onde é conhecida da dona, fazendo misturas, tanto que a psiquiatra uma vez recusou-se a seguir tratando-a. Ela simplesmente disse que a médica falou que não iria mais tratá-la. Depois meu marido desconfiou de que poderia ser isso: ela faz as misturas de medicamentos segundo a cabeça dela, assim, nunca tem resultado. Além disso, ela fuma maconha, mas não conta na terapia, e pede ao meu marido para não me contar, porém ele me disse. O marido dela está longe dela há quase cinco anos, pois ficou no Brasil e estamos no estrangeiro. Ele manda dinheiro para pagar as contas da casa dela e o dinheiro do trabalho dela é só para ela gastar, o que acaba em duas semanas, até mesmo em uma. Assim, sempre pede ao meu marido dinheiro. Ele diz que dá do dele e repõe depois com o do pai. Meu marido que gerencia tudo para ela e a filha, o dinheiro não é o dele mas a responsabilidade de ter tudo em dia, sim. Consegui ver a gravidade da dependência da mãe por ele quando fomos morar juntos. Liga várias vezes ao dia, manda mensagens, qualquer coisa que falte do mercado ele tem de sair pra ir comprar para ela. Leva ou chama uber do próprio celular dele. A irmã já agora é maior de idade, arranjou um namorado e não depende tanto dele. A mãe vive falando mal dela porque não consegue manipulá-la como faz com meu marido. Ela tem outro filho no Brasil e só fala mal dele também, dizendo que a vida toda destratou-a, e que ela tem preferência por filho sim, e é o meu marido, que ama mais do que o próprio marido dela (como vi numa troca de mensagens). Meu marido é o mais velho e tem personalidade mais doce e parece acreditar que é responsável pela mãe, até pelo próprio emocional dela. Andamos conversando de nos mudarmos para outro país novamente, contando com a ideia de que o marido dela vai vir para cá, mas ele já está com essa promessa há cinco anos e nunca vem. Conversei com meu marido seriamente sobre isso, dizendo que não acreditava que o pai dele viesse; depois de dias, ele confessou para mim que também não acredita, que o pai parece enrolar. Para mim, ele quer se ver livre dela mas não tem coragem de dizer. Então perguntei como vamos fazer nosso futuro se o pai dele não vier para ficar com a mãe, e ele disse que não sabe. Eu sugeri que levássemos ela até o Brasil a passeio e a deixássemos com o pai, já que ele não vem, voltando só nós dois. A irmã pode morar com o namorado, inclusive já não vê a hora de fazer isso, segundo ela. Meu marido concordou com a ideia, já que lá ela vai estar num ambiente familiar, pois sempre reclama daqui, inclusive eu acho muito errada essa decisão dela de migração nessa altura da vida, mas a justificativa que dão é que queriam um lugar mais seguro para a filha. Estranho porque os filhos foram criados no Brasil e também a filha até antes de vir para cá. Tem uma história de que o pai dele faliu por causa dela, que gastava todo o dinheiro, mas o meu marido nunca me conta realmente o que se passou. Eu o conheci aqui, não no Brasil. Já muito desconfiada da relação dos dois, querendo entender a gravidade, até porque o meu marido disse que tem medo de deixá-la com o pai porque tem medo de que ela morra e ele fique com remorso. Achei muito pesado e, um dia, ele deixou o wpp aberto no computador e saiu. Então eu vi as conversas dele com a mãe e fiquei preocupadíssima, enojada, sem saber o que fazer. Como falar com ele que essa relação não é normal e, peço que me corrijam, patológica? Se pudesse, anexava aqui as fotos que tirei das mensagens pois não farei jus ao que vi. Dentre tantas coisas, ela diz que o amor que sente pelo meu marido a faz sofrer, que para além da doença maldita, é o maior sofrimento para ela, que ela só pensa nele e fica trêmula quando pensa e quando fala com ele, que se um dia ele abandoná-la ela vai morrer (meu marido deve tirar disso o medo de deixá-la com o pai, até porque ela já falou em suicídio com meu marido, mas nunca na terapia. um dia o fez ir na casa dela pra pegar remédios pois ela disse que os tomaria), que o que ela sente por ele é algo demoníaco mas que ela não sabe como parar, que é o amor verdadeiro, uma paixão (tudo palavras que ela usa), que parece um bicho corroendo-a por dentro. Ela fala "sou louca por você, louca, promete que nunca vai me abandonar, que vai ser sempre meu", e manda em caixa-alta "Vc é meu vc é meu (sim, duas vezes), fala que você vai ser sempre meu, promete, jura". Ele responde que a ama também, que sempre vai ser seu filho e que nunca vai abandoná-la, e uma vez ela perguntou se eu sabia que ele a levaria sempre para onde quer que ele fosse, e ele disse que sim, que eu sei que ela está doente (tudo nas mensagens, e ele não me fala sobre isso). Então, não sei se ele faz essas afirmações para ela para que não fique em crise ou se realmente ele vai cumprir com o que conversamos. Eu já sugeri a ele procurar terapia para resolver e ele disse que ele não tem problema, eu respondi "mas isso não é um problema? um conflito de culpa que você acha que terá se deixá-la com seu próprio pai para seguir sua vida?"; ele parece concordar mas não procura ajuda. E essas conversas que tive com ele foram muito antes de eu saber dessas mensagens que trocam. Agora tenho certeza de que ele precisa de ajuda. Eu não sei o que faço, estou muito abalada. Não posso falar com ele sem confessar que li as mensagens. Não sei se ele se incomoda com isso ou acha normal. Em alguns momentos nas mensagens achei que ele estava constrangido, até porque demorava a responder e não respondia a tudo, tinha coisa que ela tinha de perguntar repetidamente. Nas mensagens ela já sugeriu de eles irem ao Brasil ver os parentes sem me levar, dizendo pra ele que eu já viajei por aqui sozinha sem ele para ver os meus pais que estão noutro país aqui ao lado. Ela pergunta pra ele se ele não acha que faz muito por mim, ele respondeu que faz muito pra todo mundo e está cansado. Quando ele sugeriu uma vez de ela ficar no Brasil ela não aceitou e disse que ele não pode abandoná-la, chorou e tremeu; ela diz que já foi muito útil e que agora é a vez dele. Depois disso, ele nunca mais tocou no assunto com ela. Ele até perguntou-a uma vez por que a cobrança só com ele e não com os outros irmãos, mas ela não responde. Ela, desde os primeiros dias que me conheceu, falava que me amava (e é ainda assim) e até dava selinho, o que sempre me constrangeu e não sei como responder. Geralmente falo "te amo também" porque fico sem jeito. Sinto-me mal ao lado dela. Meu marido tem de vê-la todo sábado e domingo. Sempre me chama pra comer fora e no meio do caminho ou quando estou me arrumando, fala que a mãe vai. Se ele não vai ela passa fome o dia todo. Come de segunda a sexta mas nos fins de semana ele tem de levá-la junto conosco para comer ou trazê-la na nossa casa. Não sei se deixo isso ficar assim até o dia em que efetivamente iremos nos mudar, então nessa altura verei a atitude que ele tomará (se for levá-la conosco, terminarei o casamento) ou se falo agora acreditando que ele possa se tratar antes de tomar a decisão e não sentir culpa. Muitíssimo grata por me responderem.

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