Dúvida de um leigo

Feita por >Osnildo Osvaldo Ramos · 17 nov 2015 Psicologia humanista

É correta a “ideia” deste leigo, de que muitas pessoas agem como se a vida delas fosse como um jogo (de futebol, por exemplo) e, por isso, procuram empatar, o “jogo” dando o “troco”; sempre que sofrem um “revés”?

Por exemplo: o pai que quando pequeno era agredido pelo seu pai, acaba fazendo o mesmo com os seus filhos do sexo masculino. E a mãe que concluiu que, de fato, foi “rejeitada” pela sua mãe (quando nasceu) e, por isso, procura fazer o mesmo com a sua primeira filha (não interessando aqui se isto é degradante, ou não).

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A melhor resposta 17 NOV 2015

Olá Osnildo,
O seu exemplo ilustra comportamentos que são de alguma forma aprendidos e transmitidos transgeracionalmente (entre as gerações). Todas as famílias transmitem em sua interação o “modelo” que por ela foi aprendido, mesmo que de alguma forma tente evitar. Será que um pai que foi agredido pelo seu pai vai transmitir o “modelo” ou fará diferente? Uma mãe que na interação com a sua mãe foi rejeitada também irá rejeitar?
Quando pensamos nos padrões repetitivos interacionais de uma geração a outra, subsequente, não nos colocamos na posição de que o passado vai determinar ao sistema atual o que deve ser repetido, mas o sistema vai selecionar do passado o padrão repetitivo que vai incluir na sua própria história. Muitas vezes as pessoas não estão cientes dessa “repetição” se comportando no “automático” de acordo com o modelo que foi aprendido. Sendo muitas vezes a única possibilidade vista por elas. “Como darei amor se não sei o que é amar?!”
Mas então você pode estar se perguntando: é possível parar de repetir “automaticamente”? Será que tem como viver de uma forma diferente do “modelo”? Vários teóricos da psicologia vão trabalhar com o fenômeno da repetição. Murray Bowen, um dos autores da teoria sistêmica, a exemplo, vai vislumbrar algumas saídas para essa repetição. Uma das coisas dita pelo autor é que a repetição pode acontecer em maior ou menor nível, dependendo da diferenciação do self de cada indivíduo. A diferenciação do self pode ser compreendida pelo teórico como um conceito intrapsíquico e interpessoal, sendo a diferenciação intrapsíquica a capacidade de separar o pensamento do sentimento e a diferenciação entre o próprio indivíduo e o outro. Quanto menos diferenciado o indivíduo, maior a probabilidade de ele repetir os padrões familiares conforme lhe foram transmitidos, às vezes nem percebendo sua propagação.
Assim quanto mais o individuo conseguir ter consciência do seu modelo familiar (do que ele viveu) e ter consciência do seu sentimento e pensamento as chances de agir diferente serão maiores.
Osnildo não sei se consegui esclarecer a sua dúvida!
Tem muito conteúdo a respeito do fenômeno da repetição transgeracional.
Mas qualquer dúvida não hesite de perguntar! Estou à disposição e adoro a temática!
Um grande abraço,
Priscila Chiari

Priscila de Oliveira Chiari Psicólogo em Brasília

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26 NOV 2015

Sr. Osnildo, os traumas sofridos na infância, pode trazer grandes sofrimentos na vida de uma pessoa, quando a pessoa recebe amor de seus cuidadores, na tenra idade terá mais possibilidades de ser saudável psicologicamente, diferente daquele que sofreu maus tratos, quando criança podendo ser um adulto com comportamentos agressivos e violentos, isso não é uma regra nem um jogo.

Psicóloga Luzinete Vasconcelos Psicólogo em João Pessoa

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24 NOV 2015

bom dia Osnildo, o ser humano tende a repetir os comportamentos, muitas vezes esteriotipados. Dificil é reconhecer que esta assumindo esse papel. muitas pessoas ao perceberem isso mudam o comportamento e quando não conseguem sozinhas procuram ajuda. se você esta vivendo isso em sua família, não se assuste, mas também não se acomode, pois quem está ao nosso lado não precisa sofrer as consequencias de nossa vida mal vivida. boa sorte.

Iara Enilda Araújo Psicólogo em Fortaleza

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18 NOV 2015

Olá Osnildo!

Ao longo de nossas vidas vamos tendo experiências e partir daí vamos criando padrões de pensamento que por muitas vezes se tornam distorcidos da realidade. Estes pensamentos provocam em nós sentimentos (que podem ser bons ou ruins) e consequentemente provocam comportamentos como os que você mencionou, por exemplo. Estas distorções não são privilégios de uma ou outra pessoa. Todos nós estamos sujeitos a isto o tempo todo, porém algumas pessoas apresentam um grau de distorção que gera mais sofrimento para si e talvez para outros também.

O fato de “levar a vida como um jogo” ou de “repetir comportamentos” faz parte das crenças que foram formadas na cabeça da pessoa. Estas crenças, chamadas de limitantes, são as responsáveis por estes pensamentos. Muitas vezes, para reconhecer que estes pensamentos não são os mais adequados e reestruturá-los requer a ajuda de um profissional, no caso estou falando de um profissional que trabalhe com a Terapia Cognitivo Comportamental – TCC.

Espero tê-lo ajudado. Fico a disposição para o que precisar.

Abs

Ana Carolina de Miranda Psicólogo em Belo Horizonte

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17 NOV 2015

Olá, creio que seu modo de pensamento está um pouco equivocado. O que pode acontecer, a partir do casos que você citou, é uma projeção. Algo que aconteceu e marcou a vida de um individuo pode voltar a surgir, como um círculo vicioso, devido a traumas e experiências passadas que tornam-se presentes novamente devido as tendências de atração próprias do individuo, por não entender ou procurar refletir acerca desses acontecimentos passados. A tendência ao empate, como foi mencionado, não tem muito a ver com o contexto. Isso pode ser ocasionado por uma forte tendencia insegura, onde o sujeito busca igualar seu sofrimento ao outro, o que pode ter fontes na mágoa, na raiva, em sentimentos de inferioridade.

Juliana Monteiro Psicólogo em Aracaju

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