Depressāo esposa.

Feita por >Daniel · 8 ago 2024 Terapia de casal

Boa noite

Eu e minha esposa estamos em um relacionamento de 12 anos. Até meados de 2023 a relação poderia se dizer normal. Mas aos poucos foi esfriando. Uma menor conexão. Ela que antes me chama de amor passou a me chamar pelo nome. A intimidade diminuiu. Em julho chegamos a ter uma discussão. Voltando de um curso que fazíamos juntos paramos para lanchar e ela veio com um papo estranho que minha mãe que era o amor da minha vida , um papo de cartomante. Na hora achei tudo muito louco e acabamos brigando. Dois dias depois estávamos juntos. Mas o distanciamento foi se intensificando. Chegava em casa e ela sempre no sofá , ou trabalhando no computador. Mas distante. Em agosto foi aniversário dela. Dei um presente e um cartão. (Falarei do cartão mais adiante). Em outubro, após almoçarmos , ela me tratou com muita indiferença e acabamos brigando e ela terminou comigo. Na briga falei dessa frieza dela e mudanças. E mudou muito pois até um pouco antes me recebia sorridente. Se despedia quando ia trabalhar da janela. Nesse período após o término continuei indo em casa. Inclusive achei o cartão que eu dei e nele estava escrito meu nome e um eu te amo. As vezes me convidava para ficar. Mas demorou um tempo pois durante duas semanas me tratou com tanta frieza. Minhas fotos e objetos pessoais em uma semana após o término ela havia guardado. Nesse período eu buscava explicações para tantas mudanças. E achei uns cadernos onde ela pedia a Deus para livra-lá da ansiedade e depressao. E essas alterações coincidem muito com o início de terapia e com medicação (sertralina e ritalina). Em dezembro voltamos o relacionamento meio que sem eu saber. Ela me falou uma vez. Mas as constantes oscilações de humor resultavam em brigas. Sempre se sente cobrada. Se diz ser um peso na minha vida. Diz ser insuficiente. E recentemente disse que tem medo de mim. Perguntei medo de quê para ser mais específico. Disse de ser humilhada (as tais cobranças ). Fato é que tanto ela quanto minha enteada desde que fomos morar juntos disseram que iam ajudar. Mas não vi essa ajuda. A parte financeira fica comigo e em casa os serviços muitas vezes também. Em dezembro tivemos que mudar de casa. E ela amava a casa. E desde então vivemos em altos e baixos. Chegamos a ter relações algumas vezes. Mas de modo geral a libido dela é praticamente inexistente. E ela é minha enteada estão articulando mudar. Deram entrada em um aluguel de uma casa onde já moraram e que no passado me pressionou muito para mudarem de lá. A casa está em reforma. É bem pequena. Só que ambas não tem condição de se sustentar. Recentemente fizemos uma viagem. E tudo foi muito bom. Saiamos como casal. Abraços e beijos. Só não tivemos intimidade. E umas duas noites ela chorou. Uma porque havia combinado de namorar e no dia ela estava mal. E dois dias depois com o papo que não merecia estar lá e que não tem sido uma boa pesssoa. Voltamos e as coisas esfriaram novamente. Interessante que ela oscila muito comigo. Horas quer próximo. Horas fala que o relacionamento acabou. Que preciso me libertar. Ela foi diagnosticada com depressao. Uma noite veio me pedir ajuda e marquei uma psiquiatra. Mas a cada dia que passa parece piorar. Tem insônia. Já presenciei crises de ansiedade, ondas de calor , falta de ar. Não está trabalhando e vive de pijama em casa. Nos últimos dias acordei e me pediu para sentar no sofá. Disse que precisa sair daqui. Que só vai melhorar quando sair. E deu a entender que precisava de ajuda financeira. Falou de me libertar da relação. Ai respondi que a relação não existia a tempos e que eu poderia prover para ela era casa, alimentação e ajuda com tratamento médico e medicação. Tem sido muito difícil lidar com essa situação. Mas ela não tem ninguém da família para dar suporte. Inclusive, um dos gatilhos da depressao tem a ver com a família dela, mãe e pai ausentes, relacionamento abusivo e algo relacionado a abuso na infância por parte de um dos parceiros que a mãe já teve. E minha enteada não tem noção da dimensão da doença. Gostaria de um auxílio para lidar com essa situação. Como ajudá-la. Percebo que quando não fico tanto em casa sempre pergunta de forma indireta sobre meu dia. Onde fui, o que fiz. Tento ser presente sem sufocar. É normal essa oscilação de sentimentos ? Esse quente e frio. Horas inclui. Horas excluindo. ?

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A melhor resposta 10 AGO 2024

Bom dia Daniel. Claramente vocês estão em uma crise conjugal. Sugiro vocês fazerem terapia de casal ou no mínimo você entrar em uma terapia para não ser manipulado por sua esposa. A depressão tem tratamento, ela pode reagir e vocês voltarem a evoluir juntos. Ou, se prepararem para encerrar esse ciclo juntos, se já esta fazendo mal a ambos, se tiverem essa clareza e certeza com ajuda profissional. Cordialmente, a disposição,
Lisiane Hadlich Machado
Psicóloga, Psicanalista, Terapeuta de casal/familiar.

Lisiane Hadlich Machado Psicólogo em Santa Maria

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23 AGO 2024

Olá Daniel, tudo bem?
Sua situação é muito complexa e desafiadora, especialmente porque envolve uma combinação de problemas de saúde mental, questões emocionais e dificuldades relacionais. A oscilação entre proximidade e distanciamento que você está observando é comum em pessoas com depressão. A doença pode causar sentimentos de desesperança, inutilidade, e até mesmo o desejo de se isolar, mesmo de pessoas próximas. A sertralina é um antidepressivo que pode ajudar, mas leva tempo para que os efeitos positivos apareçam. Além disso, a Ritalina, usada para tratar transtornos como o TDAH, pode também afetar o humor e a energia dela, contribuindo para as oscilações.
A terapia é essencial para alguém com depressão, especialmente considerando o histórico de traumas que você mencionou. Ela pode beneficiar-se muito de um psicólogo que tenha experiência em lidar com depressão e traumas.
Embora a família dela possa não ser uma fonte de suporte, é importante tentar construir uma rede de apoio, mesmo que pequena. Isso pode incluir amigos próximos, grupos de apoio ou terapia em grupo.
A situação é delicada, e lidar com a depressão de um ente querido é um desafio enorme. O mais importante é manter-se informado, paciente e buscar a ajuda de profissionais para ambos.
Se precisar estou à disposição.
Marília - psicóloga de abordagem psicanalítica.

Marília Figueiró Bueno de Oliveira Psicólogo em Ribeirão Preto

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12 AGO 2024

Daniel
Proponha fazerem Psicoterapia de casal.
Só medicação não resolve, não cura a depressão.
Ela precisa de Psicoterapia para encontrar as causas, o que está impedindo que ela viva o momento presente e não ficar presa ao passado.
Abraços

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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10 AGO 2024

Olá Daniel,

Primeiramente, gostaria de expressar minha empatia por tudo que você está passando. Relacionamentos são complexos, e quando entram questões de saúde mental, a situação pode se tornar ainda mais desafiadora. A experiência que você compartilhou demonstra um profundo envolvimento e cuidado com a sua esposa, o que é admirável. Entender e lidar com essas mudanças de comportamento e sentimentos requer uma abordagem sensível e informada.

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) sugere que mudanças de comportamento e humor podem estar fortemente relacionadas aos padrões de pensamento e às expectativas sobre o relacionamento. As flutuações de sentimentos, como as que você descreve, podem ser exacerbadas por condições como a depressão e a ansiedade, que frequentemente interferem na forma como uma pessoa percebe e reage às interações interpessoais. A falta de estabilidade e a dificuldade em manter a intimidade, por exemplo, podem ser reflexos de como a depressão afeta a percepção e o comportamento.

Na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), a aceitação e o comprometimento com valores são fundamentais. Se sua esposa está lidando com sentimentos de inadequação e ansiedade, pode ser útil que ambos explorem maneiras de se apoiar enquanto ela trabalha com a terapia e medicação. Criar um espaço onde ela se sinta compreendida e menos pressionada pode ajudar a melhorar a dinâmica entre vocês. Considerar um suporte psicológico profissional para ambos pode oferecer ferramentas práticas para lidar com essas oscilações e para fortalecer a comunicação e a compreensão mútua.

É crucial que você continue oferecendo apoio e incentive-a a seguir com seu tratamento médico e psicológico. A presença constante, sem sufocar, e o suporte financeiro e emocional são importantes, mas também é essencial buscar um equilíbrio que permita a ambos cuidar de suas próprias necessidades e bem-estar. Para uma compreensão mais aprofundada e personalizada da situação, o acompanhamento de um profissional de saúde mental pode ser extremamente valioso.

Com consideração e apoio,
Marco Antônio Lucas
Psicólogo Clínico | Neuropsicólogo | Cientista da Religião | Discente de Antropologia
CRP-04/77122

Marco Antônio Lucas Psicólogo em Divinópolis

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9 AGO 2024

Bom dia, Daniel! Obrigado por escrever. Teu texto sugere que sentes responsável por ajudá-la, nutres consideração e respeito por ela. Isso é muito bom. Será importante que ela venha a um de nós, psicólogos, com mente aberta, persistência, disciplina e regularidade. Os medicamentos ajudam, mais o que modifica mesmo é a construção de novas formas de ver, sentir, interpretar e agir diante dos acontecimentos da vida. Isso se faz com processo profundo de trabalho científico com psicólogo.
Depressão não precisa ser um destino, pode ser algo trabalhado, melhorado, muitas vezes resolvido.
Estaremos a disposição.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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