Olá, meu filho de 7 anos não consegue se enturmar. Após 2 anos de isolamento, ele não consegue brincar e estabelecer um vínculo com outras crianças. Para piorar, se apegou a um amigo autista da sala dele e começou a copiar o comportamento dele, acredito que para chamar a atenção dos colegas, visto que todos da sala tem muito cuidado pela criança que é especial.
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3 SET 2022
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Oi Nanda!
Seu filho está com muito medo, possivelmente foi assustado com o fato do isolamento.
Agora ele se apega ao colega porque se sente mais seguro, assim, tem mais chance de receber carinho e amor.
Não tomem (pais) nenhum posicionamento, nem a favor e nem contra... aceitem ele com naturalidade, apenas perguntem como ele se sentiu com a turma... perguntem a ele, o que e como pode fazer no dia seguinte para melhorar, para ele se sentir melhor... não digam que ele "deve fazer...", perguntem o que ele pode fazer de diferente para ele se sentir melhor...
Tudo é possível... assim ele se sente aceito, se sente normal e agirá com naturalidade, mesmo se estiver em conflito, ele saberá se superar. So você disser que ele "deve" ser "assim" ou "assado" ele se sentirá incapaz e poderá desenvolver baixa autoestima.
Bom dia, Nanda,
Se seu filho hoje está com 7, tinha 5 no início da Pandemia, uma fase crucial na formação da personalidade da criança, quando começará a socializar e lidar com o mundo e as outras pessoas.
Isto dito, importante tentar entender se ele é introvertido ou apenas "destreinado" em se abrir e lidar com as outras crianças.
Sobre imitar, uma característica da inclusão de uma criança com TEA é o passo-a-passo para interagir com as outras pessoas. Talvez seu filho não esteja apenas imitando, mas aprendendo com ele a socializar.
A Pandemia foi muito cruel com todos nós, mas principalmente com as crianças desta faixa etária, e ainda estamos começando a estudar e levantar os efeitos dela na formação das nossas crianças.
O mais importante agora é lembrar que a criança muda de dentro pra fora. Ela sente algo, emocionalmente falando, e transforma em comportamento ao se socializar.
É muito positivo conversar sobre estas questões, pois ele já tem uma idade em que consegue começar a falar o que sente e sobre suas dificuldades. E mais do que nunca, vai precisar de todo suporte para lidar com suas dificuldades.
Use e abuse da escola e da coordenação pedagógica. Eles estão lá pra isso, além de poder observar seu filho em situações que você não está presente.
Juntem-se neste entendimento de como ele se sente e onde está verdadeiramente sua dificuldade.
E lembre-se: Crianças imitam aqueles com quem se identificam. Pode ser um sinal de empatia, e não (apenas) imaturidade e insegurança.
Talvez ele esteja dando indícios do que sente e de como ajuda-lo a se expressar.
Pense nisso.
Se quiser conversar melhor sobre a questão, fico à disposição.
Olá Nanda! Obrigado por escrever. Será prudente conversar mais profundamente com você, para ajudar de forma específica a seu filho. Converse com seu filho, com acolhimento, atenção nos gestos, olhares, ouça ele. De outro lado, em termos práticos, colocá-lo em esportes coletivos de contato, como (futebol, basquete), colocá-lo em grupo de teatro, convidar colegas para estar com vocês e ele, dentre outras atitudes, poderão ajudar.
Converse mais detalhadamente com um de nós, psicólogos. Observação: não é recomendável que o tempo passe muito.
Abraços virtuais (A Covid e a Dengue são reais. A maior parte dos políticos são falsos, a imensa maioria dos
ditos, "líderes religiosos" querem é dinheiro - são falsos, atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - preste atenção! Há até alguns falsos cientistas. Diante disso, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Retome as máscaras, evite aglomerações e elimine os criadouros de mosquitos.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
