Como aconselhar alguém para superar um vício?

Feita por >Anônimo · 26 ago 2020 Terapia sexual

Sou uma senhora de quase 60 anos. Moro com meu sobrinho, que é um adulto, porém jovem. Não vou falar nossas idades exatas porque tenho medo de alguém conhecido ler isso aqui. Ele sempre foi muito tímido, sai pouco de casa, tem poucos amigos. No começo desse mês aconteceu uma situação meio complicada. Ele está trabalhando em casa, o tal do home office, aí entrei no quarto dele pensando que ele estava trabalhando, mas na verdade ele estava pelado, o pênis dele tava duro, deu para perceber claramente que ele estava se masturbando. Eu devia ter batido na porta, ele podia ter trancado a porta, enfim, aconteceu. Pedi desculpa e saí do quarto. Depois ele veio falar comigo morrendo de vergonha, estava até gaguejando de tão sem graça que estava. Tentei tranquilizar, falei que sei que foi sem querer e que da próxima vez tanto eu quanto ele vamos tomar mais cuidado. A conversa foi andando e falei que ele devia arrumar uma namorada, que seria bom para ele ter uma parceira. Foi aí que ele falou que por causa da timidez tem muita dificuldade com as mulheres e disse que acha que pode ser viciado em masturbação. Eu falei que ele podia se abrir comigo se quisesse, e ele acabou me dando detalhes, disse que se toca em vários momentos do dia, mas nem sempre vai até o fim, falando o português claro ele me disse que goza 3 vezes por dia. Eu até imaginava que ele fazia isso por ser tão solitário mas nunca pensei que ele se masturbasse tanto assim. Dei uma sugestão de que ele podia marcar uma consulta com uma psicóloga que me atendeu na época do meu divórcio, mas ele disse que teria muita vergonha de se abrir sobre isso com uma pessoa desconhecida, que até comigo tem vergonha, mas que só se abriu por causa dessa situação que aconteceu, se não nem comigo jamais falaria. Falei então que ele poderia vencer esse vício sozinho, que poderia começar a se ocupar com outras coisas, que talvez ele faça muito isso porque tem tempo sobrando, enfim falei que acreditava que ele poderia resolver isso por conta própria. Ele disse que ia tentar e encerramos o assunto. Mas aí no último sábado eu puxei conversa com ele pra saber como andam as coisas e ele me disse que continua no mesmo ritmo. Disse que trabalhando em casa é difícil controlar, porque quando bate a vontade já está no computador, sozinho no quarto é só tirar a cueca e começar. Percebi que ele está bem chateado de não conseguir controlar, mas não sei como ajudar. Eu realmente não me importo de falar sobre esse assunto com ele, tenho a mente aberta, mas o problema é que não sei mais que conselho posso dar pra ele. Como convencer ele ir numa consulta? Três ejaculações por dia já é suficiente para considerar ele um viciado? Qual seria a quantidade normal de um homem normal? Sinceramente para mim parece muito, mas às vezes penso que ele não está fazendo nada de errado, só está se divertindo no cantinho dele, então talvez só estou prejudicando ele em concordar que ele está viciado. Será que atendimento online seria uma saída para ele ter coragem de se consultar? Se ele quiser resolver isso sozinho, que conselho posso dar para ele conseguir vencer isso sozinho? Se alguém puder me dar uma opinião será muito útil, obrigada!

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A melhor resposta 27 AGO 2020

olá,
A masturbação é algo normal, nós temos desejos e a masturbação é uma fonte de prazer.
Quando o individuo passa a ter compulsão por se masturbar, podemos entender que no momento é a única fonte de prazer que ele tem. No momento de pandemia, com o distanciamento social, ficou difícil liberar o stress do dia a dia. Acabou o cinema, a academia, o jogo de futebol, o churrasco com amigos e muitas outras coisas... e a masturbação da a sensação de bem estar, alegria e relaxamento, por isso ele fala que é difícil controlar, mas isso não precisa ser visto como culpa, como errado.
No seu relato eu não consigo ver problema, seria preocupante se ele se recusasse a ir trabalhar, viajar com amigos, ir num churrasco para ficar em casa porque tem a necessidade de se masturbar 3 vezes ao dia, mas me parece que não é o caso.
Mas acho interessante ele ter um acompanhamento de um psicologo, para falar sobre a timidez, sobre os conflitos, as dificuldades.
O mais importante é entender que a Terapia é um espaço acolhedor, sem julgamentos e que nada que for falado, sairá daqui sem o consentimento dele.
Fico a disposição.
Um abraço.

Rute Martins - Psicologa Clinica


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8 SET 2020

Boa Noite,

Estou a disposição.

Rute Martins

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27 AGO 2020

Olá Anônimo - Tia sessenta anos. Três masturbações por dia, por um tempo, em adulto jovem, dependerá do tempo de duração, do desconforto, do contexto, do significado para ele, dos fundamentos, para que possamos emitir algum juízo com consistência.. Talvez caiba a pergunta: o que vem primeiro: o conforto não desafiador da satisfação solitária ou a timidez. Na maior parte das vezes, a timidez, adequadamente trabalhada, representa um sinal de boas coisas. O tempo é igual para todos; cada qual, com consciência ou não, com direção intencional ou não, vai direcionando seu futuro, com as ações atuais.
Cabe ressaltar que masturbação é um acontecimento corriqueiro, natural, presente na maior parte das pessoas, com predomínio da saúde. O que acontece é o tabu para conversar sobre a questão.
Cabe lembrar ao seu sobrinho que nós, psicólogos, teremos maturidade, respeito, abertura mental, sigilo absoluto, abertura mental para ajudá-lo, se for o caso, a lidar com a reorganização da harmonia interior, aprimoramento da identidade e dos metas e planos, sinalizando potencialidades e possibilidades.
Contem conosco.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia, interajamos com ética, abertura mental, empatia, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

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27 AGO 2020

Olá muito obrigado por seu contato.
A masturbação é algo saudável o que é importante levar em conta não a quantidade, mas sim as consequências que isso acarreta.
Se tem cobrança por conta dele mesmo depois do ato, que tipos de pensamentos, se realmente dá prazer ou alívio?
A terapia cognitivo comportamental pode com certeza colaborar muito nesse processo.
Fico á disposição.

Roberto Luiz Junior Psicólogo Psicólogo em São Paulo

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