Você sabe o que é anorgasmia?

Quando uma mulher tem dificuldade persistente para ter prazer durante a relação sexual e chegar ao orgasmo, pode estar sofrendo de anorgasmia. A seguir, os principais sintomas da disfunção.

27 ABR 2016 · Leitura: min.
Você sabe o que é anorgasmia?

A relação sexual está intrinsecamente associada a um momento de prazer e satisfação, verdade? Nem sempre. Você já deve ter ouvido falar dos diversos problemas e disfunções relacionados ao sexo, especialmente a falta de desejo. Mas há outro, que atinge especialmente as mulheres e que se denomina anorgasmia.

Trata-se de uma dificuldade persistente de atingir o orgasmo, e isso acontece mesmo havendo interesse e desejo sexual. Neste artigo falaremos mais sobre os sintomas desta disfunção, seu diagnóstico e tratamento.

Há mais de um tipo de anorgasmia?

A resposta é sim. Quem sofre de anorgasmia pode ser enquadrado em diferentes categorias, segundo a intensidade da disfunção:

  • primária - a pessoa nunca teve um orgasmo, nem através da masturbação;
  • secundária - a pessoa viveu períodos em que conseguia atingir o orgasmo, mas isso já não passa;
  • situacional - somente em situações muito específicas a pessoa consegue atingir o orgasmo;
  • absoluta - a pessoa não consegue atingir o orgasmo, independente do tipo e da qualidade do estímulo.

Quais são os principais sintomas da anorgasmia?

O primeiro indício de um quadro de anorgasmia é a insatisfação com a relação sexual, provocada pela dificuldade de atingir o ápice da excitação. É muito frustrante desejar algo que não se pode alcançar. Isso acaba afetando a vida pessoal da mulher e seus relacionamentos íntimos.

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Apesar de ser mais frequente no início da vida sexual, até mesmo em função da dificuldade de estabelecer o que é ter um orgasmo, já que a forma e a intensidade variam de mulher a mulher, muitas pessoas carregam a anorgasmia por anos, sem querer assumir ou reconhecer que há um problema, o que as impede de ter acesso a um tratamento eficaz.

As causas mais comuns desta disfunção são os fatores psicológicos e os bloqueios emocionais, apesar de haver raros casos provocados por doenças (descontrole hormonal, abuso de substâncias químicas, etc.). Os desencadeantes mais comuns são:

  • tabus e crenças religiosas
  • falta de intimidade e conhecimento do próprio corpo
  • medo de engravidar ou de ser abandonada
  • inexperiência
  • sentimento de culpa
  • medo de não satisfazer o parceiro
  • ansiedade
  • depressão
  • haver passado por algum tipo de violência sexual
  • insegurança

É possível tratar a anorgasmia?

Não somente é possível enfrentar o problema a anorgasmia, como os resultados, na maioria dos casos, servem para indicar o êxito da psicoterapia. Os atendimentos podem ser individual ou em casal, dependendo das necessidades de cada caso.

Com o acompanhamento psicológico, a mulher tem a oportunidade de ampliar seu autoconhecimento, aprender sobre a elaboração dos sintomas, ter mais curiosidade sobre seu corpo e seu desejo, além de encontrar formas de melhorar a comunicação com o parceiro.

Fotos (ordem de aparição): por Marika e tinafranklindg (Flickr)

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