O que é psicopedagogia clínica?

A psicopedagógica clínica envolve questões de aprendizagem, mas não deve ser confundida com o reforço escolar.

22 FEV 2018 · Leitura: min.
O que é psicopedagogia clínica?

A atividade psicopedagógica clínica envolve a situação de aprendizagem da criança, do jovem e do adulto, entretanto não deve ser confundida com o reforço escolar.

A Psicopedagogia Clínica tem como metas:

1) Investigar as dificuldades do paciente: ortográficas, de linguagem escrita, biológicas, emocionais e cognitivas;

2) Esclarecer os obstáculos que interferem para haver uma boa aprendizagem;

3) Orientar o paciente, a família e a escola;

4) Tratar, visando favorecer mudanças nas dificuldades e no desenvolvimento de atitudes e processos de aprendizagem adequados;

5) Quando necessário, encaminhar o paciente a outras especialidades, por exemplo: Fonoaudiologia, Neurologia, Oftalmologia, Pediatria, Psicologia ou Psiquiatria;

6) Auxiliar na reintegração do paciente à escola, respeitando suas possibilidades, interesses e fazendo com que ele enfrente a situação presente.

Normalmente, a dificuldade em aprender é percebida pelo professor, durante o processo de alfabetização. Nesse caso, a escola solicita aos pais a realização de avaliação psicopedagógica do aluno.

Como cada demanda é única e não há um procedimento padrão para definição do tipo de tratamento, metodologia ou abordagem a ser utilizada pelo profissional psicopedagogo, a avaliação ajuda não só no diagnóstico, mas também no planejamento das ações interventivas.

A "Dificuldade de Aprendizagem" comum está associada a causas cognitivas, físicas (saúde, visão, audição, rebaixamento intelectual, etc.), psicológicas (baixa autoestima, desinteresse, depressão, insegurança, etc.) e ambientais (estratégia pedagógica insatisfatória, baixa estimulação cultural, etc.).

Já os "Transtornos Específicos de Aprendizagem" estão relacionados a alterações no SNC (Sistema Nervoso Central) e comprometem o desenvolvimento. Eles têm causas genéticas, geralmente são herdados e resultam em prejuízos permanentes relacionados a baixos desempenhos na leitura, na escrita e/ou na matemática, interferem no rendimento escolar/acadêmico e nas atividades profissionais e do cotidiano.

Portanto, os aspectos relacionados às dificuldades comuns de aprendizagem, devem ser excluídos para a confirmação do diagnostico de Transtorno Específico de Aprendizagem. A Dislexia é um bom exemplo de transtorno de aprendizagem, visto que é o mais conhecido e pesquisado dentre todos.

Para obtenção de Laudo Diagnóstico é necessário a realização de avaliação diagnóstica multidisciplinar ou interdisciplinar (fonoaudiológica, neurológica, psicológica, psicopedagógica etc.). O diagnóstico errado pode rotular a criança e acarretar prejuízos emocionais e desgastes desnecessários, tanto a ela quanto à família.

O encaminhamento para avaliação diagnóstica é fundamental, quanto mais cedo a questão for esclarecida, melhores serão os resultados obtidos com o tratamento.

Durante os atendimentos são utilizados jogos, brinquedos, livros, cadernos de exercícios, vídeos, músicas, computador etc. As diversas atividades planejadas pelo psicopedagogo a cada sessão estimulam as potencialidades do paciente e ajudam no seu desenvolvimento cognitivo, social e motor.

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Escrito por

Regiane da Silva

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