Acabei de completar 1 ano de casado... nos conhecemos à pouco mais de 3 anos... temos a mesma idade, pouco mais de 27, não tenho dúvidas que amo ela e que ela é a mulher da minha vida e sinto reciprocidade... meu problema é comigo, toda vez que discutimos por algo, desde de insignificantes coisinhas do dia a dia, até coisas que afetem nossos valores e princípios, toda vez, corremos o risco de eu explodir de uma forma descontrolada a ponto de ser extremamente agressivo com palavras e a ponto de encostar a mão nela...
Nunca a agredi diretamente ou intencionalmente, mas em momentos de nossas discussões que ela tbm estava extravasando a raiva acho que me sentia sem controle da situação e a mandava calar a boca, cheguei uma vez a tampar a boca dela, segurar os braços dela, jogar ela na cama... já teve momento que segurei ela em um cômodo, pq ela não queria mais conversar e eu querendo resolver o problema acabei totalmente descontrolado a impedindo de sair do quarto... enfim, nunca agredi de forma intencional e direta, mas por diversas vezes já a segurei forte demais, ou acabei me exaltando e tacando coisas no chão. Ela no início era calma e sabia conversar, mas parece que eu a influenciei negativamente, pois ela está muito mais explosiva, de pavio curto, facilmente grita, e por mais que já nos perdoamos e voltamos a ter nossos ótimos momentos, que sempre temos, quando voltamos a ter uma briga desse nível eu acabo machucando ela verbalmente e encostando nela fisicamente naqueles sentidos anteriores e por ser homem e ter mais força machuco ela mesmo sem ter a intenção... sinto que o que eu vi em casa está se repetindo, meu pai era bêbado e batia na gente, minha mãe se separou há muito tempo atrás... sempre quis construir minha família e fazer diferente, ter padrões diferentes... por mais que eu não chegue perto de estar fazendo o que ela fazia, me sinto um lixo por me aproximar desse tipo de comportamento. Isso tudo me esfria e acabo não conseguindo me quebrantar diante de Deus e me sentir perdoado, por mais que sei que Deus me perdoa, minhas lágrimas secaram... Quero parar de repetir esses padrões, eu e minha esposa já tentamos várias coisas, mas sempre chega o momento de acontecer uma briga que torna uma proporção que não deveria e acabo chegando no pico do descontrole.... após meus descontroles e comportamentos que me envergonho, pensamentos suicidas aparecem, vontade de sumir por magoar a pessoa que eu mais amo no mundo, tbm surgem... às vezes acho que a separação seria a melhor saída, por mais que seja a última coisa que eu queira, mas só de pensar que isso tudo possa ser indícios de uma possível agressão intencional no futuro me mata por dentro... só de lidar com o fardo de eu já ter machucado ela, já me aproxima de ser esse tipo de homem que eu sempre enjoei...
Gostaria tanto de encontrar a solução para essa quebra de padrões podres em minha vida.
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2 MAR 2022
· Esta resposta foi útil a 6 pessoas
Simão Pedro,
Há muita coisa a ser compreendida e se as coisas estão se repetindo contigo é porque voce deve resolver em ti mesmo; e se repetem até voce aprender. O objetivo de estarmos aqui é aprender, compreender os problemas. Só assim eles acabam.
Seu pai e sua mãe viveram uma realidade e a solucionaram daquela forma, mas não resolveram o problema entre eles, acharam melhor se separar em vez de resolver.
Voce tem que se dar conta de que há outras pessoas ao seu redor e que cada uma quer se resolver; portanto voce tem o seu ponto de vista assim como os outros tem o ponto de vista ... diferente do seu e cada um deve respeitar o ponto de vista dos outros; o outro pode mudar o seu ponto de vista se ele achar que deve, mas voce não pode impor o seu ponto de vista aos outros.
Sua família não é sua família... é de voces... vida de casado é muito boa, mas desde que cada um respeite o outro como seres independentes. Por que ela deveria aceitar o seu ponto de vista?
O que falta é disciplina, domínio emocional, compartilhar sentimentos e emoções... é uma aprendizagem contínua.
Bom que quer melhorar, faça Psicoterapia para se conhecer e compreender as emoções que te dominam.
Não existe um Deus castigador, que pune e nem um Deus salvador que gratifica ou recompensa, só existe consequência/resultado das suas escolhas e decisões.
Voce é dono da sua vida... pode fazer dela um inferno de crise, brigas e conflitos ou pode fazer dela um paraízo de entendimento, amor, paciência e aprendizagem.
Voce escolhe, voce decide.
Abraços
Olá, Simão!
Pensar em mudar de atitudes já é um bom princípio, porém, dar o primeiro passo para pedir ajuda profissional é o segundo passo para resolver todos esses conflitos que vem acontecendo entre você e tua esposa.
Todos nós temos capacidade de lidar com as nossas habilidades emocionais. Pelas tua exposição aqui sinaliza grandes dificuldades em saber as tuas limitações, razão e emoção precisam caminhar paralelamente, as mudanças sempre deve começar pela gente, cada pessoa tem sua própria personalidade e precisamos respeitá-la.
Na relação de casal se deve ao respeito exatamente aos limites cada pessoa, não somos donos um do outro, o diálogo, o conhecimento mútuo é muito importante na relação de um casal.
Conta comigo!
É importante você aprender novas formas, mais assertivas e positivas, para lidar com as diferenças pessoais entre vocês, sem direcionar essa raiva e esse ódio diante de situações que saem do controle, para sua esposa, que pode não ter nenhuma relação com suas expectativas. Talvez, ao longo de sua vida, você não tenha tido a oportunidade de entrar em contato com outras possibilidades de lidar com essas situações que não fosse a raiva, o ódio, a agressividade, pelo seu histórico familiar, e por isso você sempre reage assim, pois te falta um pouco mais de "repertório comportamental" para lidar com essas questões de maneira mais assertiva e responsável, em conformidade com uma conduta que te leve a obter aquilo que você deseja, sem agressão, raiva ou ódio, pois agindo assim, cada vezes mais, existe um tendência de você se afastar daquilo que deseja, e de sua esposa também. Um bom aprendizado e uma boa habilidade em inteligência emocional, requerem outros tipos de resposta, como paciência, proatividade, empatia, boa comunicação, assertividade, calma, dentre outras, e essas características podem ser trabalhadas em um processo psicoterapêutico adequado. Portanto, para evitar maiores sofrimentos no futuro para você, e sua esposa, indico você buscar um Psicólogo para iniciar seu processo de mudança o quanto antes, pois assim você poderá entrar em contato com outras possibilidades de atuação no mundo, sem envolver raiva, ódio ou agressividade, e isso com certeza irá te ajudar a sair desse ciclo repetitivo que descreve e que está te impedindo de crescer. Pode até ser interessante sua esposa participar da terapia também no futuro, mas como isso parte de você, é adequado você iniciar o processo por iniciativa própria no momento. É importante pontuar que essas mudanças não acontecem da noite para o dia, e é preciso ser consistente, semanalmente, com seu acompanhamento psicológico e com seu desejo de mudança. Torço por você!
Boa tarde. A quebra de padrões depende principalmente da vontade de mudar. Seguir outro rumo. Talvez vc esteja precisando de ajuda profissional .
Sou Monica psicóloga
Bom dia.
Você pode recorrer a tratamentos para poder ficar mais calmo, menos inseguro, mais tolerante e mais receptivo as frustrações. As vezes, na infância não aprendemos lidar com frustrações e carregamos essa dificuldade para a vida a adulta. Temos que diminuir essa dificuldade fazendo uma terapia que ajuda a processar essa informação que ficou armazena de forma disfuncional no cérebro, ou seja, toda vez que você sente uma ameaça desencadeia essas reações explosivas devido não lidar bem com as dificuldades inerentes a frustração. A Terapia EMDR pode ajudar nesse sentido de leva-lo a compreender o que aconteceu e reprocessar essa frustração.
Cuide se...
Boa sorte!
Olá Simão Pedro! Grato por escrever. Será preciso estudar tua história, teus objetivos reais e metas, tua personalidade, configuração familiar, para que se possa planejar estratégias para que você aprenda a administrar esses impulsos. É muito importante te advertir de que será preciso certo tempo de persistência, mente aberta, disciplina, regularidade e prática daquilo que for tratado em consultas com psicólogo.
Você não encontrará uma solução, você, desde que seja persistente, construirá algumas frentes de soluções.
Estaremos a disposição para te ajudar.
Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos (atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento), até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de insituições como: Anvisa, TVs Educativas, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!)
Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.
Olá, Simão, bom dia
Primeiramente, seja gentil consigo mesmo! Olhe para sua história com muito amor por essa criança que você foi, e que ainda está machucada e pedindo socorro. É necessário resgatar esta criança. E mais, entre em contato com seus sentimentos mais profundos, a agressividade é apenas uma caráter que você desenvolveu como defesa diante da visão de um mundo cruel representado por seu pai. Comportamentos agressivos escondem sentimentos de muita tristeza e um amor que foi frustrado. A psicoterapia com abordagem em psicanálise será muito válida para você se libertar desse caráter agressivo que desenvolveu, passará por um processo para encontrar sua verdadeira essência e os propósitos que almeja para sua vida.
Psicóloga Marley Carvalho
Boa noite Simão
Tu colocaste sobre o que viu e viveu na tua infância com a violência do teu pai e sem querer seguiu esse padrão, sem ter consciência sobre as consequências dos atos. Cresceu e continuou até o momento com o mesmo padrão comportamel que aprendeu.
Primeiro não se culpe mas seria muito importante pra ti e pra tua família que consiga mudar esse padrão mudando seu comportamento.
Não é simples, fácil com certeza pra ti mas consulte uma profissional da psicologia e com esforço terás condições de como lidar em situações de desentendimentos.
Psicologia Andreia Maria Duarte de Oliveira
