Depressão: definição, sintomas e tratamentos

Vamos conhecer do que se trata a depressão de maneira simples e objetivo. Saiba os sintomas e tratamentos realizados. Informe-se.

21 JUL 2017 · Leitura: min.
Depressão: definição, sintomas e tratamentos

Nos últimos tempos você deve ter escutado ou lido em algum meio de comunicação que depressão é uma doença, não é frescura, falta de Deus, tão pouco uma tentativa de chamar a atenção.

Tudo isso é verdade! Mas não explica o que é a depressão de fato. O que causa? Quais os sintomas? Quais os tratamentos? Tem cura? São questões que pretendo discutir de forma simples e objetiva, afinal, definir a depressão pelo que ela não é e orientar a buscar um psicólogo, são informações por demais incompletas.

Então vamos lá! Quando suspeitar que o que uma pessoa está sentindo se trata de uma depressão e não uma tristeza comum de cada dia? Primeiramente é importante que você saiba que não existe apenas um tipo de depressão e a depressão pode ser um transtorno em si ou o sintoma de outro transtorno, por exemplo, ela é um dos sintomas do transtorno bipolar.

Mas vamos nos deter a depressão enquanto transtorno em si. Antes de tudo, devemos entender que um transtorno não surge do nada, ele é consequência de sofrimentos que a pessoa vivencia. Ainda que existam outros casos numa mesma família, a genética pode colaborar, mas não determina o desenvolvimento do transtorno.

Segundo o DSM V entre os Transtornos Depressivos temos: o transtorno disruptivo do humor, o transtorno depressivo maior, o transtorno depressivo persistente (Distimia), o transtorno disforico pré-menstrual, o transtorno induzido por substancias ou medicamentos ou ainda devido a outras condições medicas (outras doenças).

O que é comum entre os diferentes transtornos depressivos é a presença de humor triste, zangado, sentimento de vazio ou irritabilidade, perda de interesse em coisas, situações e atividades que antes eram prazerosas, sentimento excessivo de culpa ou inutilidade, acompanhado de mudança no padrão de sono, apetite, inquietação, pensamento lento, dificuldade de concentração.

Um sinal indispensável é que os sintomas que a pessoa apresenta trazem prejuízos a sua vida, seja afetando suas relações com amigos, familiares, trabalho, interesse pessoais. Contudo é de extrema importância considerar o contexto de vida que a pessoa vivenciou e/ou está vivenciando e a duração desses sintomas, em que momento surge.

Quem faz o diagnóstico? Psicólogos e psiquiatras realizam o diagnostico para conduzir o tratamento que lhe compete. O diagnostico orienta o psiquiatra na medicação a sem prescrita. No caso do psicólogo o diagnostico favorece a compreensão do curso da doença de modo geral, mas este profissional estará sempre atento a forma singular como cada pessoa vivencia o transtorno. O ideal é que o paciente seja acompanhado por ambas as especialidades. A medicação sozinha pode melhorar os sintomas, mas não podemos esquecer que a depressão advém de um sofrimento identificado ou não pela própria pessoa e isso não se resolve apenas com medicação.

Há caso em que a psicoterapia não é possível sem a medicação, ela atua de forma a estabilizar o sujeito e fazê-lo ter condições de refletir sobre o que sente e o que fazer com isso. Existem também, situações em que devido a gravidade dos sintomas a pessoa coloca-se em um situação de risco sendo de extrema urgência a intervenção medicamentosa.

Ao me perguntarem se existe cura para a depressão? Minha primeira resposta é: depende do significado de cura. Se entendermos cura como a extinção total da doença, a reposta é não. Mas se entendermos cura como a possibilidade de melhora, de controlar os sintomas, de aprender a conviver com a doença que tem seus momentos mais intensos e outro não, então sim, existe cura.

Existe sim a possibilidade de retomar a vida, o que não podemos é garantir que um novo episodio depressivo ocorra, mesmo para os pacientes em tratamento. Isso não significa necessariamente que o tratamento falhou, mas ocorre que as circunstancias incontroláveis da vida podem desencadear um novo episódio depressivo.

Em breve escreverei um texto explicando mais detalhadamente como funciona o tratamento psicológico. Por ora, espero ter ajudado para uma melhor compreensão do que se trata este transtorno tão falado em nosso cotidiano. Mas se ainda assim você tiver duvidas, estou à disposição.

Lembre-se: os sinais e sintomas devem servir de alerta para o paciente perceber se precisa ou não buscar ajuda, mas não é o paciente quem faz o diagnostico.

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Escrito por

Carla Maiara Santos

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