Estou em um relacionamento há quase três anos com meu namorado. Antes de começarmos a namorar, ele ainda mantinha contato com a sua ex. Eles se encontravam ocasionalmente, mas assim que começamos a namorar, ele cortou o contato com ela. No entanto, ela, através de alguns amigos em comum e das redes sociais, tentava fazer parecer que ainda estavam em contato e conversavam regularmente. Eu confio completamente no meu namorado e sei que ele não mantém contato com ela. Houve ocasiões em que descobri que ela tentou contatá-lo, mas ele não deu abertura e seguiu em frente. No entanto, ele nunca me contou sobre isso, e eu nunca o questionei.
O relacionamento deles durou menos de um ano e foi bastante tumultuado desde o início. Meu namorado me disse em uma de nossas conversas que sua ex sentia muita raiva e ódio de mim, embora eu nunca tenha provocado isso. Mesmo quando ainda estávamos nos conhecendo, eu perguntei a ele se não deveria resolver as coisas com ela antes de começar algo comigo, e ele foi claro em dizer que já havia tomado a decisão de terminar com ela e seguir em frente.
Mesmo com meu namorado não dando brecha para a aproximação dela, ela ainda conseguia me enviar mensagens pela internet. Eu a bloqueei em todas as minhas redes sociais, mas ela ainda encontrava maneiras de me enviar mensagens pelo Instagram de outras pessoas e até mesmo pelo WhatsApp. Essas mensagens geralmente continham insultos, como tentativas de diminuir minha autoestima, mencionando que eu sou nove anos mais velha que meu namorado e insinuando que ele estava comigo apenas para se aproveitar de mim. Essas mensagens, de alguma forma, começaram a afetar minha confiança nele, fazendo-me questionar se ele ainda sentia atração por ela ou se estava comigo apenas por conveniência.
A família dele nunca aprovou o relacionamento deles, e acredito que há um componente de preconceito de classe envolvido, já que a família dele é mais abastada do que a dela.
Nos últimos tempos, tenho desenvolvido uma obsessão por acompanhar a vida dela nas redes sociais e por meio de conhecidos em comum. Cheguei ao ponto de ficar obcecada em saber sobre seus passos. Recentemente, soube que ela se mudou temporariamente da minha cidade, o que me fez refletir sobre essa minha obsessão.
Eu realmente quero me libertar desse ciclo, pois percebo que está prejudicando meu relacionamento. Já recusei sexo para o meu namorado, baseada nas palavras depreciativas que ela disse sobre mim e também na suposta conversa que ela disse ter tido com ele, onde ele disse que não gostava do meu corpo e que estava comigo apenas por eu dar suporte e oportunidade pra ele conseguir ser alguém na vida.
Quero me libertar disso, mas não sei por onde começar.
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21 FEV 2024
· Esta resposta foi útil a 8 pessoas
Olá!
Lidar com a presença persistente da ex do seu namorado pode ser desafiador, é compreensível que você se sinta incomodada e que essa situação possa gerar curiosidade e até mesmo levar a ações como pesquisar a vida dela nas redes sociais.
Um diálogo com seu namorado sobre as ações da ex pode ser importante para vocês se aproximarem e se fortalecerem mutuamente para lidar com esse desafio. Pode ser importante também considerar que ações vocês podem tomar para se proteger dos contatos dela para você se preservar fisica e mentalmente.
Também é importante considerar o que é do outro e o que é nosso, não temos que aceitar automaticamente como verdade os insultos e ataques a nossa autoestima. Como você mesma falou "tentativas de diminuir minha autoestima", é provável que os insultos não tenham nada a ver com você, não sejam uma avaliação objetiva e justa sobre como ou quem você é, mas sim uma tentativa de interferir na relação de vocês.
Trabalhando sua autoestima, você poderá se fortalecer e reduzir a influência que as ações dela têm sobre sua autoimagem e a terapia tem muito a contribuir nessa jornada.
Conforme desenvolve sua autoestima e estratégias de enfrentamento e, junto a isso, vai fortalecendo sua relação com seu namorado e reduzindo formas de contato com a ex, a tendência é que reduza a sua necessidade de pesquisar sobre a vida dela e que essa angústia vá se dissipando.
Espero ter ajudado de alguma forma e que você consiga superar essa situação.
Olá.
Em um relacionamento, seja conjugal ou amistoso, já é um desafio lidar com certas inseguranças, aceitar e respeitar o espaço que o outro coloca, saber quando ceder e quando não ceder. Na situação que você narra é ainda mais complicado por ter uma pessoa externa atrapalhando os laços de confiança entre você e seu namorado e também interferindo negativamente na sua autoestima.
De todo o modo, a Terapia é um dos raros espaços em que você se volta exclusivamente para você durante um tempo específico e relativamente duradouro. Na sessão você pode, sem interferência da moral ou da opinião alheia elaborar sobre o que lhe cabe, diferenciando os afetos que são advindos das suas questões daqueles que partem dos outros. Esse tempo é precioso.
Ficarei feliz em acompanhá-la nessa etapa, entre em contato.
Olá mbfwhk2021. Gostaria muito de poder ajudá-la, pois pelo que percebi no seu relato, você tem tudo para continuar tendo um bom relacionamento com o seu namorado, que ao meu ver, não agiu de forma inadequada em nenhum momento com você.
Vejo de forma muito positiva você reconhecer que a pessoa que está precisando de ajuda é você, apesar de estar projetando suas inseguranças na figura da ex do seu namorado. Tudo o que a está afetando está dizendo muito mais sobre você do que qualquer outra coisa, entende?
Então, caso alguma coisa que eu tenha trazido tenha feito sentido para você, podemos conversar com mais profundidade.
Olá.
Percebo que os insultos dela abalaram sua autoestima.
A diferença de idade, pelo que percebi no seu relato, não foi empecilho para que vocês se relacionassem.
Sugiro acompanhamento psicológico para trabalhar autoconfiança e autoimagem.
Estou disponível para ajudar.
Célia Jovanka.
Boa tarde, Mbfwhk2021! Obrigado pela pergunta. Você obcecada por ela, não constrói a si mesma, não mostra, não vivência seus produtos, suas realizações. Certamente você precisa aprimorar e enriquecer a autoconfiança. O centro da vida de cada um de nós, precisa e só pode ser na gente mesmo. Quanto ao namoro, é preciso você se valorizar, confiar em si. Não é adequado nem possível controlar outras pessoas. O tempo é igual para todos. Quanto mais construímos a nós mesmos, mais valorizados seremos, especialmente por nós mesmos.
Abraços!
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.
Olá! Admiro a sua coragem por compartilhar algo tão íntimo, imagino que não deve ser fácil estar nessa posição, e espero que você se sinta melhor em breve.
Sobre o seu relato, temos que pensar em um contexto em geral do relacionamento de vocês. É claro que as influencias externas podem atrapalhar, mas o principal são vocês dois. Nós entramos em um relacionamento porque planejamos dividir a vida com alguém, ter reciprocidade e companheirismo.
Então, é necessário pensar:
quais são os seu objetivos dentro do relacionamento?
o que você planeja para vocês 2 a longo prazo?
Quais os seus limites e os dele?
Até que ponto as pessoas alheias estão interferindo? E porque?
Quais questões pessoais suas estão interferindo também?
É preciso se olhar e se entender, o autoconhecimento nos liberta muito de certas prisões emocionais, como esta que você relatou.
Eu te desejo o melhor! Um abraço!
Você querer seguir alguém que coloca em xeque sua própria autoestima é porque a questão não é com ela mas com você. As coisas ficam ecoando em você porque você mesma acredita nisso, tem baixa autoestima, dificuldade de se aceitar e de acreditar que alguém te queira. Você está endeusando essa pessoa como se ela falasse verdades pra você. Se tem questões de autoimagem, precisa trazer isso pra terapia , trabalhar, reconhecer suas fragilidades e saber quais seus recursos, e não dar ouvidos e bancar algo que outra ,uma estranha está dizendo. Escute-se a si mesma e invista na sua mudança e melhoria. Essa decisão é sua! Não dê a outros poder sobre sua vida.
Steffany E. Alves
CRP22/01308
Olá,
pelo seu relato o intenção desta ex. é te desestabilizar, e infelizmente, esta conseguindo. Busque acompanhamento para lidar com essas e outras questões, você não precisa passar por isso sozinha. Fico a disposição para orientá-la como a psicoterapia pode ajudá-la neste processo, abraços
Olá! Você pode começar iniciando a terapia, vai te ajudar a ter uma melhor qualidade de vida e não ficar obcecada por ela.
Enquanto não marca a consulta, exclua ela de todas as suas redes sociais, não pergunte sobre ela para as pessoas que a conhecem.
Se tem dúvidas em relação aos sentimentos do seu namorado comece a avaliar quais são os fatos que te mostram que ele pode estar apenas interessado no seu financeiro e quais são os fatos que mostrem que ele está interessada em você.
Alguns fatos que você relata é que parece que ela quer continuar o relacionamento e ela tem feito tentativas de voltar a falar com ele sem resultados e agora tem mandado mensagens para você no sentido de te abalar e isso parece que ela está conseguindo.
Lembre-se sempre de priorizar sua saúde mental.
Cléa Andrade
Olá, Mbfwhk2021, espero encontrá-la bem.
A nossa autoimagem tem a sua formação unicamente interna, ou seja, o que pensamos de nós mesmos tem sua origem em nós mesmos. Pode parece óbvio isso, mas a compreensão do óbvio sempre nos colocará em sintonia com quem somos. Desse modo, por mais que o que é dito por outro possa nos abalar, isso acontece quando internamente temos validadores para o que foi dito. Isso não tem nada a ver com fragilidade ou insegurança, mas diz respeito ao que temos dentro de nós mesmos, quase como um sussurro.
Bom, a partir disso, vamos considerar a tua última frase "quero me libertar disso, mas não sei por onde começar". O começo de uma mudança é em nós mesmos, mas o que me chama a atenção é o querer liberdade. Isso está hermeticamente alinhado com a busca de autonomia, princípio básico da abordagem da minha prática terapêutica.
Estou à disposição para conversarmos sem compromisso via videoconferência (online) para te escutar mais e para te apresentar como se dá o caminho terapêutico.
