tenho um ficante fixo 6 meses e nao consigo fazer sexo , fui abusada sexualmente , menti pra ele dizendo que sou virgem e ele acha que ainda sou ja que nao sangrei... esses dias que eu fiz sexo ele me perguntou se eu ja fui abusada sexualmente nao respondi nem que sim e nem que nao e ele toda hora perguntava , '' ta doendo'' , coisa que ele nao fazia pois antes ele me humilhava ja que eu nao conseguia fazer e dessa vez nao ele me tratou bem so me aconselhou a fica relaxada e que se eu fosse abusada ele me entenderia e me trataria bem , eu tenho medo de admitir que fui abusada e ele me deixar , pra ele ter me perguntado se eu fui abusada, fica tao nitido assim so pelo fato de nao consegui fazer sexo e nao consegui deixa ele fazer oral em mim? O que eu faço?
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11 OUT 2022
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Oi Larissa de Jesus
Duas coisas importantes:
1 - Nem todos os abusos causam traumas, mas se estás nestas condições, precisa curar o seu trauma como condição de usufruir da vida e da sua sexualidade e poder se relacionar com prazer e alegria. Se está em sofrimento, não consegue se entregar ao prazer, pois as recordações do abuso que estão gravadas no seu emocional te colocam em defesa e em resistência, não consegue sentir prazer.
2 - O objetivo de uma transa não é a penetração e a ejaculação. Portanto há um mal entendido, principalmente na mente do homem que apenas quer penetrar e achar que isso satisfaz a mulher. O corpo feminino é muito diferente do corpo masculino. A cultura fez com que o homem dominasse a situação e hoje o homem sente o sexo no cérebro e a mulher sente o sexo no organismo, no corpo. Esta condição frustra tanto o homem como a mulher. Raramente o homem fica realizado depois que fez sexo; normalmente sai frustrado, vazio. Porém, ele joga a culpa na mulher quando, ele próprio é a causa dessa frustração e deste vazio.
Pode ser que o fato do abuso esteja te incomodando, mas podeser também que ele não esteja sabendo te amar, não esteja sabendo como conduzir. Tua pele é sexo, teus cabelos são sexo, teus seios são sexo. Todo o carinho, toque e cuidado com o teu corpo são mais importantes do que a penetração. É este contato de alma que se se dá também pelo olhar, pela comunicação sensorial que te dispõe ao prazer. Quando estás realmente preparada, perceberá que a tua vagina solicita o pênis. Só este momento voce deve permitir a finalização.
Antes disso, a relação pode ter o significado de um novo estupro, de um novo abuso. Não permita isso e fique voce no comando da relação, voce deve ensinar o homem. Ele deve ser carinhoso e cuidadoso e respeitoso com o teu momento. Não com o momento dele.
Não tem porque voce falar se sofreu abuso ou não; isso não importa para ele; importa para voce.
Abraços, e se precisar auxilie-se da Psicoterapia.
11 OUT 2022
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Olá Larissa! Obrigado por escrever. Antes de contar para ele ou para qualquer outra pessoa, será importante, com a ajuda de um psicólogo, você ver como você lida com essa parte de tua história. O conceito de ficante fixo, associado com a questão do abuso, da omissão, da não abertura plena para o sexo, indicam que você precisa amadurecer reflexão nessa área. Será preciso que você conte com a empatia, o respeito, o sigilo, acolhimento de um psicólogo, para que possa elaborar melhor a tua história. Todos nascemos para viver a sexualidade com realização, prazer e harmonia. Você ainda não se organizou para, em termos de autoconfiança, para isso.
Abraços! A Covid, a Dengue, exigem cuidados e atenção. Vacine-se, vacine as crianças. Valorize mais a Ciência. Ela não é perfeita mais permite avanços. As mentiras ainda perduram nos falsos religiosos e políticos com intenções egoístas. É impressionante como falsos religiosos usam a fé dos mais simples, para manipular e levar vantagens. Resgatemos a democracia. Não há meios de comunicação neutro ou perfeito, mas há instituições mais sérias, mais abertas. Verifiquemos as informações com maior critério. Vejamos o que falam as TVs educativas, os canais abertos com maior tradição de cultura. Valores aprimorados por décadas, não podem ser descartados por interesses de pequenos grupos radicais.
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador vocacional.