Meu filho de 8 anos mexe no ânus.

Oi, Débora, como está?
Primeiramente, gostaria de agradecer por compartilhar suas angustias nesse espaço e por buscar apoio e ajuda em relação ao seu filho.
Bom, vamos lá! É compreensível que você, como mãe, esteja preocupada com o comportamento do seu filho. A masturbação infantil é um tema muito delicado e que muitas vezes gera angústia nos pais. Eu trabalho a partir da psicologia socio-histórico-critica analisando esse comportamento não apenas sob uma ótica individual, mas também considerando o contexto social e histórico em que a criança está inserida.

A Masturbação Infantil é um comportamento natural e exploratório para crianças. Através dela, a criança descobre seu corpo e suas sensações. É importante destacar que:
Não indica orientação sexual: A masturbação não é um indicador de orientação sexual em crianças. A orientação sexual se desenvolve ao longo da vida e é influenciada por diversos fatores sociais e culturais.
É influenciada pelo contexto social: O modo como a criança vivencia a sexualidade é fortemente influenciado pelo contexto social em que está inserida. Valores, crenças e tabus sobre a sexualidade podem afetar a forma como a criança se relaciona com seu corpo.
Requer um olhar cuidadoso: É fundamental que os pais busquem informações e orientação de profissionais da saúde para compreender melhor o comportamento da criança e oferecer o suporte necessário.

O que fazer?
Oriento que mantenha a calma e evite reações de medo, nojo ou culpa. Essas reações podem gerar ainda mais confusão e insegurança na criança.
Dialogue abertamente: Converse com seu filho de forma calma e respeitosa. Explique que é normal sentir curiosidade sobre o corpo e que a masturbação é uma forma de explorar essas sensações.

Estabeleça limites: É importante estabelecer limites claros sobre onde e quando a criança pode se masturbar. Explique que existem locais adequados para isso, como o quarto, e que é importante respeitar os outros.

Busque ajuda profissional: Um psicólogo pode te auxiliar a compreender melhor o comportamento do seu filho e oferecer estratégias para lidar com a situação. A terapia pode ser um espaço seguro para que a criança explore suas dúvidas e sentimentos.

Cuide de si mesma: É importante que você cuide da sua saúde emocional. Busque apoio em grupos de pais ou em outras redes de suporte.

Evite punições que podem gerar culpa e vergonha na criança, dificultando a construção de uma relação de confiança com os pais.
Eduque sobre a sexualidade: É importante que você eduque seu filho sobre a sexualidade de forma clara e respeitosa, utilizando linguagem adequada para a idade dele.
Valorize a individualidade: Cada criança é única e se desenvolve em seu próprio ritmo. É importante respeitar a individualidade do seu filho e oferecer um ambiente seguro para que ele possa se expressar.

Lembre-se: É fundamental que você busque ajuda profissional para obter um diagnóstico preciso e um acompanhamento adequado. Como você está fazendo, de buscar compreensão do comportamento do seu filho e a partir disso elaborar coisas dentro de você e maneiras mais assertivas de lidar com a situação.
Sempre busque a contribuição de profissionais quando sentir que é necessário.
Estou a disposição!
Boa sorte na arte de maternar e educar
Há Braços!
Annelise Bertellini - Psicóloga e psicoterapeuta.

Oi, Débora, sou psicóloga infantil. Agende consulta, é preciso investigar, e é importante demais também o modo como quem cuida dele vá conduzir isso, pois dependendo de como aconteça , pode ter sérias consequências para o futuro, consequências na questão da sexualidade mesmo. É fundamental saber conduzir, falar sobre sem tabus, gritos, brigas, ficar repreendendo. Caso queira agendar, estou à disposição.
Steffany Alves
CRP22/01308

Compreendo sua preocupação e gostaria de te orientar com carinho. Primeiramente, é importante levar seu filho ao pediatra para verificar se existe algum fator físico, como verminose, que pode estar causando incômodo ou coceira na região anal. Esse tipo de condição pode levar as crianças a mexerem no próprio corpo em busca de alívio.

Além disso, comportamentos exploratórios, como tocar o próprio corpo, são comuns na infância, principalmente por volta dessa idade, pois as crianças estão descobrindo sensações e aprendendo sobre seus corpos. Esse comportamento não está necessariamente relacionado à orientação sexual. É importante lembrar que, aos 8 anos, seu filho ainda está em um processo de desenvolvimento emocional e físico.

Evite brigar ou demonstrar grande preocupação. O ideal é manter uma conversa aberta e tranquila, explicando sobre privacidade e higiene de forma acolhedora, sem causar culpa ou vergonha. Se a situação continuar te preocupando, ou se você observar mudanças de comportamento, buscar o apoio de um psicólogo infantil pode ser muito útil. Um profissional especializado poderá orientar vocês da melhor maneira, ajudando a lidar com a situação de forma segura e empática.

Bom dia Débora,
Me parece que pode se tratar de um comportamento infantil normal, eles são curiosos, eles começam a perceber que as fezes saem do ânus, que eles podem controlar isso, ir ao banheiro ao não ir ao banheiro, essas coisas despertam muita curiosidade na criança e também desperta uma investigação para sanar as curiosidades. Porém não acho que, em se tratando de uma criança, o comportamento não deva ser melhor investigado devido, justamente, a abusos. Acho que em primeiro lugar um diálogo sem brigas, afinal de contas ele está sendo criança e fazendo coisas que condizem com a idade. Nessa conversa sim, investigar as questões do abuso e de algo que possa estar incomodando ele. Se você não se sentir segura com a conversa, leve a um profissional que lide com crianças. Quanto a questão de gostar meninos, não necessariamente uma coisa está ligado a outra. Talvez seja mais uma preocupação sua do que algo dele. Mas, em todo caso, procure um profissional.

Olá, Débora!
Esse comportamento pode ter diversas causas, o que carece de uma investigação maior.. Sugiro que tenha uma conversa com ele, de maneira calma, sem brigas, sem levantar o tom de voz e sem parecer que está repreendendo-o. Nessa conversa, pergunte o motivo disso, pergunte se há coceira, desconforto... Para descartar verminoses. Caso ele permaneça na resposta de que não é nada disso, seria interessante levá-lo a uma psicóloga infantil. Esse comportamento não necessariamente é algo negativo, pode ser algo natural, da curiosidade mesmo. Mas levando a uma psicóloga infantil, poderemos estimular com que ele se abra a esse respeito, para entendermos se é fruto de uma curiosidade natural da infância (e, se for o caso, que seja explicado pra ele a questão das regras sociais, dos ambientes em que isso não é legal de se fazer e outros) ou se pode ser fruto de outra coisa.

Olá, entendo sua preocupação, se você acha que pode ter algo mais grave por trás desse comportamento, sugiro que o leve em uma psicóloga infantil, mas também é válido lembrar que ele pode apenas estar se conhecendo. E sempre tente orientá-lo sobre como funciona as regras sociais e dê apoio sem brigar, é importante validar o que ele sente e sem deixar ele com medo. Pois, se ele estiver receoso ele não te contar nada com medo de você brigar.

Débora, é natural as crianças manifestarem comportamentos de exploração do corpo e eu acho que você deveria, em primeiro lugar, investigar se não há algum problema físico, como vermes, por exemplo. Algumas verminoses dão coceira nessa região e um remedinho receitado por um pediatra pode resolver.
Com relação à sua preocupação com o futuro do seu pequeno, fique calma. A sua ansiedade pode gerar muitos problemas para você e para ele. Gostaria muito de poder ajudar mais e caso queira, estou à disposição para conversarmos mais.

Olá Débora. Sua preocupação é interessante mas o comportamento da criança mexer na genital e ânus têm várias explicações e uma delas é o fato de está se autoconhecendo e de sentir prazer. É normal e saudável assim como o toque em qualquer parte do corpo e os pais ou cuidadores não conseguirá evitar. O que pode ser feito é levar a criança ao médico após conversar com ela sobre esse comportamento de toque anal para descartar a possibilidade de sintoma de oxiurose ou algum abuso de conotação sexual. O importante é não brigar e punir nem com castigo, nem com violência. Espero ter ajudado.
Atenciosamente à Psicóloga Ussénade Maria de Oliveira.

Olá Débora, tudo bem?
É compreensível que você esteja preocupada com o comportamento do seu filho, especialmente quando se trata de algo tão delicado. É importante lembrar que a exploração do corpo é uma parte normal do desenvolvimento infantil. No entanto, a forma como você aborda a situação é crucial para garantir o bem-estar emocional e psicológico dele.
Crianças pequenas frequentemente exploram seus corpos por curiosidade. Isso não necessariamente indica problemas ou orientações sexuais futuras. É uma parte do desenvolvimento natural.
Ensinar sobre privacidade e limites é importante. Explique de forma adequada para a idade que certas partes do corpo são privadas e devem ser tocadas em um ambiente privado, como no banheiro ou no quarto.
É importante abordar o comportamento com calma e compreensão. Reagir com raiva ou pânico pode causar vergonha e confusão na criança. Ao invés de brigar, tente conversar de maneira tranquila e informativa.
Se o comportamento persistir ou se você estiver realmente preocupada, pode ser útil consultar um psicólogo infantil. Eles podem avaliar se há questões subjacentes e oferecer orientação adequada.
Profissionais podem fornecer estratégias para lidar com comportamentos exploratórios e ajudar a educar sobre sexualidade de maneira adequada para a idade.
Se precisar estou à disposição.
Marília - psicóloga de abordagem psicanalítica.

Bom dia, Débora! Obrigado por escrever. Tenha precaução. Algumas questões podem estar por detrás disso. Possivelmente ele não está se limpando direito, o que acarreta algumas sensações. De outro lado, a musculatura do ânus, dadas as suas funções, pode gerar sensação de alívio e conforto. É importante ponderar que pessoas de oito anos de idade, apresentam um entendimento, exploração e concepção do corpo e da sexualidade, de forma muito diferente do adulto.
Será prudente e enriquecedor que você possa conversar sobre essa questão, de forma profunda e específica, com a devida cientificidade, com um de nós, psicólogos. Após a primeira conversa, será importante você observar com mais atenção como está o comportamento e interação dele, na escola, sem direcionar para esse tipo de preocupação. Essa segunda parte será mais indicada para após sua conversa com o psicólogo.
Atenciosamente,
Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Olá Débora!
Entendo sua preocupação enquanto mãe, mas a curiosidade com o corpo e com todos as suas partes é normal nas crianças. Além do mais essa também é uma zona erógena, onde ele pode estar sentindo prazer ao tocar, o que de nenhuma forma quer dizer que ele seja homossexual. As crianças exploram apenas o prazer nas zonas do corpo sem esse caráter sexual que nós adultos damos. Outra coisa a investigar é alguma coceira ou algo que esteja incomodando na região. Vale uma ida ao pediatra. E conversar sempre com ele, esclarecendo sem brigar, tentando compreender e dando a ele a chance de explicar e de colocar suas dúvidas de forma tranquila.

Uma criança nessa idade que tem o hábito de tocar o ânus pode ser entendido a partir de vários fatores, que precisam ser avaliados de forma cuidadosa e individualizada. Algumas possíveis explicações incluem:
Curiosidade: Crianças nessa idade ainda estão explorando o próprio corpo, e o toque pode ser parte de um comportamento exploratório normal.
Sensação física ou desconforto: A criança pode estar sentindo coceira, irritação ou desconforto na área, o que a leva a tocar o ânus para tentar aliviar essa sensação
Alívio de tensão ou ansiedade: Tocar o ânus pode se tornar um comportamento repetitivo que oferece algum tipo de alívio emocional ou físico, especialmente se a criança estiver passando por momentos de estresse ou ansiedade.
Busca de atenção: Em alguns casos, o comportamento pode estar relacionado a uma tentativa de chamar a atenção de pais ou cuidadores.
Aprendizado: A criança pode ter observado esse comportamento em outras pessoas ou aprendido por meio de experiências ambientais.
Desregulação emocional: Em algumas situações, o toque pode ser uma forma da criança lidar com emoções que ainda não sabe expressar adequadamente.
O importante seria entender o que está mantendo o comportamento (reforçadores) e ajudar a criança a desenvolver maneiras mais saudáveis de lidar com a curiosidade, desconforto ou emoções, além de ensinar habilidades sociais ou de autocontrole.