Saiba quando o medo é saudável ou não
Até que ponto o medo é necessário para a nossa sobrevivência? Qual será a dose saudável? Ele nos protege ou aflige? Neste artigo, a psicologa Sara Rodrigues faz uma reflexão sobre o tema.
Quem nunca teve medo daquele episódio inusitado, de não saber o que estar por vir em determinada situação, como, por exemplo, medo da aprovação ou reprovação naquela prova importante, medo de dirigir, medo de perder o emprego, medo de errar, medo de mudança, medo de não dar certo, medo de casar, medo de ter filhos, medo de não ter coragem para enfrentar tudo isso.
Enfim, essas situações fazem parte da vida. Na medida certa, o medo deve ser entendido como uma condição do sentimento e comportamento humano saudável, uma vez que se torna imprescindível para a proteção do organismo e manutenção da vida.
No entanto, quando a "dose ideal" do medo perde o equilíbrio com a realidade e passa a impedir o sujeito de realizar suas atividades laborais, sociais e emocionais, bem como possui uma frequência, uma durabilidade e intensidade em nível de constância de pensamentos pode-se dizer que o equilíbrio corporal para lidar com as situações tiverem uma perda das análises criticas dos perigos iminentes. Então há apenas o movimento de proteção, luta e fuga e defesa.
Deixe-me explicar melhor como acontece essa reação no seu organismo. Quando há uma situação de vulnerabilidade (entendida como perigo), seja positiva ou negativa, o seu organismo irá proteger você. Isso mesmo.
Algumas estruturas cerebrais são superativadas como, por exemplo, a amígdala cerebral, o hipotálamo, córtex cingulado anterior, córtex pré-frontal, entre outros. Essas estruturas são acionadas quando estamos expostos a perigos. Logo, acontecem respostas involuntárias tanto orgânicas quanto comportamentais.
Muitas vezes, essas últimas respostas orgânicas não fazem sentido a você, pois são informações técnicas que acontecem em frações de segundos. Nosso corpo apenas emite respostas e alertas de que algo não vai bem.
É importante ressaltar que conjugado ao medo, existe a ansiedade que se revela nos sintomas psíquicos e físicos. Dependendo do grau de comprometimento das reações vitais, a ansiedade aliada ao medo pode se transformar numa patologia e desencadear algumas limitações que impeçam você de olhar com confiança e segurança para as situações da vida.
Nesse caso, a recomendação clínica será a busca de profissionais da saúde mental (psiquiatras e psicólogos), no sentido de avaliar e favorecer uma vida saudável, mesmo convivendo com o medo nas suas diversas facetas.
Forte abraço!
Por Sara Rodrigues, psicóloga inscrita no Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco
Fotos: MundoPsicologos
As informações publicadas por MundoPsicologos.com não substituem em nenhum caso a relação entre o paciente e seu psicólogo. MundoPsicologos.com não faz apologia a nenhum tratamento específico, produto comercial ou serviço.
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