A melhor companhia pode ser a sua!

Vamos abordar neste artigo algumas situações referente a relações que causam sofrimento e o que pode contribuir para isso, valorizando a importância de estar bem consigo mesma.

3 JUN 2018 · Última alteração: 5 JUN 2018 · Leitura: min.
A melhor companhia pode ser a sua!

Escuto muitos relatos de jovens e adultos que atendo na clínica, referente a mágoas e decepções por pessoas que traíram sua confiança, assim como pessoas que você preza, valoriza e elas não te dão retorno, quebrando com a expectativa que foi criada de acordo com sua necessidade. Escuto alguns relatos de como as pessoas alcançam o anseio de ter uma companhia agradável. Escuto muito pouco sobre a pessoa se sentir bem consigo mesma.

Nós, seres humanos, somos seres afetivos e relacionais, ou seja, que se afetam mutuamente. Amor, inveja, raiva, ciúmes, medos, mágoas, frustrações, escapes, vícios, desprezo, reciprocidade, empatia, etc. Varia em grau, número e gênero, sim. Mas, afetamos e somos afetados por nossas relações.

A psicóloga é uma profissional que pode te ajudar a cuidar das relações interpessoais (você e outras pessoas) e, você consigo mesma dando luz ao seu psiquismo. Falamos muito sobre o assunto, mas parece que não o suficiente, visto que está incorporado em nossa cultura a dependência emocional e, as vezes financeira de outra pessoa além de desigualdade de vários tipos.

Essa área da vida demanda tempo, esforço e investimento, necessários, devido à sua influência em várias outras áreas da vida, que podemos aprofundar em outro momento.

Eis que pergunto: Você gosta do seu jeito? Você gosta de estar em sua companhia? Você gosta da pessoa, em construção, que você é? Como se reconhece?

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Ao responder perguntas desse tipo, podemos perceber como anda a autoestima e amor próprio e, como estamos trocando afetos por onde passamos.

Vamos falar também sobre as relações que construímos e mantemos com pessoas que não te dão o devido valor ou te menosprezam, brincam com palavras e atitudes que te machucam.

Podes perguntar: Mesmo com amor próprio estável poderemos ser afetados por algum comentário "maldoso" (aspeado porque a palavra possui intenção pessoal e conotação social negativa).

Sim, pode acontecer, devido as circunstâncias e, seu estado de humor no momento da situação. Mas, concorda que alimentando sua autoestima isso tem menos chance de ocorrer ou ter uma proporção menor pra você?

Invertendo os papeis. Você pode ser a pessoa que afeta a outra pessoa, mesmo de brincadeira, mesmo sem querer. Será que é legítimo os sentimentos dela?

Sim, é legítimo. Vamos a algumas diferenças: há pessoas que já se encontram fragilizadas em sua construção, e recebem um comentário "maldoso" como sofrimento. Por outro lado, há aquelas que tem um ótimo bom humor e, brincam com o seu comentário ou não dão a atenção que você desejava quando o fez, ou jogando para você outro comentário, que o coloque no seu lugar, como se dissesse: "Não brinque mais comigo desse jeito". "Não te dei essa liberdade".

O primeiro diálogo nos diz de uma invasão violenta ao ser do outro que está sem defesas no momento e esta situação só agrava seu estado de saúde mental e emocional. Já, os últimos diálogos demonstram uma habilidade (aprendida) de se posicionar, de ver a vida com leveza, de saber o que é teu e o que é do outro.

Sendo ainda mais clara, a reação de colocar limites com bom humor ou com firmeza. Este último pode ressoar mais gravemente a depender dos ânimos e a violência se apresenta intensamente, outro polo de invasão violenta.

Esta reflexão faz emergir tantas lembranças e afetações como questionamentos. O que é possível mudar daqui pra frente em mim? Do que quero me alimentar? Que comportamentos eu espero do outro?

Nosso alimento mental e emocional pode ser benéfico ou maléfico para si, para aqueles que estão no entorno, para a humanidade e para o Universo. Quando "a melhor companhia é a sua", você aprende que se você consegue por vezes, fazer bem a si mesma, você o fará para outrem.

Agradeço imensamente por poder compartilhar da minha busca pessoal e profissional. E, sigamos juntas e juntos.

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Escrito por

Psicóloga Alessandra Alencar

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