Cansada, desanimada e a ponto de desistir de tudo

Feita por >KA TAVARES · 7 mar 2021 Crise existencial

Olá, tenho 28 anos e ah 3 anos saí da casa dos meus pais com minha irmã mais nova de 21 anos. Meus pais estavam se separando e devido a muitos conflitos relacionados a isso, resolvemos sair de casa. Fomos morar numa kitnet e assim entramos num acordo de ambas trabalharem juntas para nos sustentar. Porém, tenho vivido e passado muitas frustrações que por mais que eu queira mudar, se tornaram persistentes e tem me deixado cada vez mais frustrada, desanimada a ponto de desistir de tudo. Sempre fui muito esforçada em todas as relações da minha vida. Ter saído da casa dos meus pais e adquirir responsabilidades que nunca antes tivemos foi e está sendo muito difícil. A criação que tive de meus pais não compactua com a realidade que vivemos hoje. Venho de um ambiente onde tudo sempre foi de cooperação, divisão, compartilhar, convivi com pessoas da familia e conhecidos de muito bom coração. Meus pais sempre pró ativos, cuidaram muito bem de nós (somos 4 filhas mulheres). Meu pai chefe de família sempre honrou com suas obrigações e minha mãe sempre muito zelosa e caprichosa com a gente. Tenho traçado uma batalha para mim pois a realidade tem sido bem diferente e dolorida. Com o distanciamento de convívio pois moramos em outro bairro e trabalho todos os dias incluindo finais de semana, o que mais presencio, vejo e sinto é o tamanho do egoísmo entre as pessoas. Isso tem sido um martírio para mim, pois é uma realidade que não vivi dentro da casa dos meus pais. Claro que tinha uns e outros incluindo minha avó parte de pai mas dentro de casa sempre tudo foi compartilhado e dividido, fomos criados colaboracionistas. Mas minhas irmãs não são assim, cada uma seguiu seu caminho. Minha irmã de 25 anos já saiu de casa a 7 anos, essa pouco se importa com a gente, fez pouco caso quando nossos pais se separaram e mais ainda quando eu e minha irmã saímos de casa. Mando msgs e ela dificilmente me responde, praticamente não mantemos contato, quando temos, sou eu quem a procuro. Minha irmã de 21 anos não mora mais comigo, ela se mudou para a casa do namorado que nesse período nunca moveu um palito em todas as dificuldades que passamos e ela não fez diferente, foi ficando cada vez mais distante e indiferente a todas as situações de dificuldades que passamos. Isso tudo foi e está sendo muito tóxico pra mim, não estou sabendo lidar com essas indiferenças, essa falta de importância uns com os outros, temos uma irmã caçula de 7 anos onde eu me responsabilizo em partes, passa finais de semana comigo, saímos, levo para passear, ajudo com o que posso, fico com ela quando meus pais precisam, minhas irmãs não ligam, não dão se quer atenção, estão todas envolvidas no seu mundinho onde tanto faz o que o outro passa. Pessoas que não buscam fazer a diferença na vida de outras, que querem colher sem plantar, pessoas que não dá pra contar em hipótese alguma, são indiferentes com a dor do outro, egoístas, isso tudo piorou com a pandemia. Vejo a irresponsabilidade e falta de amor ao próximo o tempo todo, os preços exorbitantes no mercado, saúde precária, estamos reféns da política e governo, pobres ficando cada vez mais pobres, crianças sem escola, pais sem condições de ensinar seus filhos porque também não tiveram estudos. Situação econômica difícil e muitos, muitos estão indiferentes a essas situações. Que mundo é esse que estamos vivendo? Esse egoísmo e indiferença entre uns e outros tem me feito muito mal, pois me sinto cada vez mais sozinha e desamparada. Me sinto sem forças, abandonada pois vejo que ninguém se importa com ninguém. Nem com os próximos nem os que estão distantes. No momento estou morando com meu namorado foi uma oportunidade que vi para sair do aluguel... porém como eu disse, a visão de homem que trago é de homem provedor tenho como exemplo o meu pai. Mas a situação aqui também é complicada, pois ele é bagunceiro, desorganizado, tem comportamentos muito diferentes dos meus que eu preso como afinco como um ser responsável. Como pagar contas em dia, trabalhar pra ter o que quero, aqui tudo tem que pedir se não, não faz, eu já cansei de falar, hoje só olho... porque o desânimo tomou conta.

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A melhor resposta 12 MAR 2021

Ka tavares,
Estás misturando os teus problemas com os problemas do mundo...
Não foi para resolver os problemas do mundo que estás aqui vivendo.
Estás aqui para cumprir com o teu objetivo de vida, ser feliz e se realizar.
Cada um tem o seu objetivo de vida, cada um de forma diferente.
A vida te deu a liberdade e o livre arbítrio para que pudesse voce mesma se conduzir, tem o poder de realizar a vida que voce quiser viver, a final é filha de Deus, tens o poder se ser arquiteta de ti mesma.
Não tens controle nenhum sobre outros, portanto, nada podes fazer pelos outros.
Tens sim o controle sobre voce mesma e realizando a ti mesma, consegue ajudar outras pessoas.
Agiste bem saindo de casa, assim fica mais fácil cumprir com a tua missão e ser feliz.
Viva a vida de forma plena, busca sempre o prazer e a alegria, distancie-se das pessoas maldosas, não brigue com elas, deixe elas serem como elas quiserem.
Seja voce também como voce quer.
Viva a vida de forma alegre e prazeroza.
Como disse acima tens a liberdade de fazer todas as experiências que quiser e depois escolher o que voce quiser e não ir atrás de outras coisas que te colocam cabresto: religião, crenças, valores sociais...
A vida é tua. É dona da tua vida.
Faça Psicoterapia para se conhecer melhor e galgar patamares inimagináveis.

Geime Rozanski Psicólogo em Brasília

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10 MAR 2021

Olá, bom dia KA TAVARES!

Em seu relato é possível observar que você tem passado por vários momentos de transições, que estão acontecendo simultaneamente, em diferentes níveis como o pessoal, profissional, familiar e afetivo. Os momentos de transições e mudanças fazem parte de nossas vidas, é normal, porém alguns desses momentos são mais difíceis e complexos, e outros mais simples. Por vezes, nesses momentos, podemos nos sentir perdidos, sem saber que rumo tomar, sem entender o que realmente está acontecendo com nossas emoções e com as nossa relações. Quando nos sentimos assim, um processo terapêutico pode auxiliar bastante a nos entendermos e, a partir disso, entendermos como nos relacionamos com o outro, para que, assim, possamos fazer melhores escolhas em nossas vidas. Essa clareza interna, que pode ser auxiliada por um psicólogo, te ajudará muito nesses períodos mais marcantes de transição. Acredito que um bom processo terapêutico te ajudará a passar por essas transições da melhor maneira, lhe auxiliando nesse processo de autoconhecimento tão necessário para um bom caminho em nossas vidas. Espero ter ajudado!

Clóvis Leite - Psicólogo Clínico CRP 17/1518

Clóvis Leite Psicólogo em Natal

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10 MAR 2021

Olá, Ka Tavares, bom dia!
Percebo que tem valores bem definidos e desejo que a vida seja boa. Isso é muito importante!

Lendo o que você escreveu percebo uma desconexão entre o ideal e o real. O ideal é aquele mundo que nós criamos e imaginamos que é o melhor para nós. E as vezes queremos viver só no mundo ideal, como se o real fosse muito desafiador e difícil.

Gostaria de convidar você a perceber a sua realidade. O que você pode fazer hoje para se acolher, acolher a sua família, a sua realidade e começar a fazer pequenas mudanças aceitando a realidade, acolhendo para poder mudar.

Nós não nascemos prontos, temos compreensões sobre a vida de formas diversas, cada um tem o direito de ser e fazer o que achar melhor para a sua existência.

Mas de fato assumir a vida adulta implica em responsabilidades, escolhas e cada escolha tem consequências.
Por tanto sugiro alguns pontos:
1º Autoconhecimento - quem sou eu? O que quero da vida? Quais são as minhas possibilidades? O que posso fazer para tornar a minha vida mais leve. As vezes é um relaxar, não se cobrar tanto, as vezes é encarar o medo de viver e entender que a vida tem desafios e que temos ferramentas para enfrentar.

2º Procure rever as escolhas feitas - Por que estou com um namorado que não está me agradando? Por que tento sempre ser o elo que liga a família? É minha função fazer isso? A sua irmã de 7 anos é sua função cuidar?

3º O que posso fazer para me qualificar? O que posso aprender a fazer? Como posso me sustentar e ser o que sou?

Desejo que possa se encontrar e fazer boas escolhas.

Abraços,

Psicólogo Neimar Sérgio de Souza.

Neimar Sérgio de Souza Psicólogo Psicólogo em Brasília

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8 MAR 2021

Olá Ka, pelo seu relato, você tem algumas crenças bem arraigadas de como as pessoas devem ser. Vamos lá, pelo que você fala, após a separação de seus pais, você é suas irmãs seguiram com a vida. Quando ficamos adultos, buscamos caminhos de autonomia e construção de nossa própria família. Em alguns momentos, parece que você espera muito dos outros, como se,você fosse ainda indefesa e incapaz. Nenhuma das pessoas próximas a você parece que suprem suas expectativas ,será mesmo que o problema está nelas ou nas necessidades não atendidas que você tem ? Penso que um apoio psicológico te ajudará muito a compreender esta necessidade e expectativa que você tem em relação as pessoas. A terapia irá te ajudar a se reconhecer neste contexto .


Ana Paula Leão Batista

Anônimo-384146 Psicólogo em Rio do Sul

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8 MAR 2021

Olá KA TAVARES! Obrigado por escrever. É muito importante, importantíssimo reafirmar que há muitas pessoas boas, boas como você. Pessoas éticas, preocupadas com as outras. Parabéns! Continue assim. Não desanime. Vinte e oito anos é tempo de transição da cultura dos pais para a cultura autônoma. É natural ficar dividido entre duas. O que é importante assinalar é que há diferentes formas de ser bom, de ser honesto, ético, com espírito coletivo.
Quem vai mandar, quem tem que mandar é você e não o desânimo.
Evite ficar sozinha. Procure conversar com pessoas éticas, amadurecidas, ponderadas, sensatas, confiáveis.
Terei prazer em explicar melhor os fundamentos para defender o que aqui está escrito.
Confie em você, dê tempo ao tempo.
Abraços virtuais (em tempos de aumento gravíssimo da pandemia, evitemos mortes: máscara, higiene, distanciamento físico, vacina obrigatória para todos e por todos, senso de comunidade, empatia, Ciência!)

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico.

Ary Donizete Machado Psicólogo em Limeira

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