Tenho diagnoatico de Transtorno Bipolar II e faço tratamento a mais de 5 anos. Já fui internada. Tenho 30 anos e não consigo realizar os meus projetos. Toda vez que inicio algo, tenho uma crise e não aguento as pontas. Nada vai pra frente e olho pra minha caminhada e não vejo conquistas. Nenhuma faculdade ou curso concluidos, nenhuma meta, relacionamento nem amoroso nem amizade e nem ao menos um hobby que tenha dado continuidade. Estou afastada do trabalho por conta de uma crise e pra mim já não vejo um porque continuar.
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19 JUN 2021
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Sa sa,
Voce está assim porque se perdeu de si mesma e tentou se adaptar aos outros e com isso acumulou insatisfação interna.
Voce precisa apenas ajustar-se consigo mesma.
Cada um tem um objetivo na vida... voce tem que encontrar o seu, tem que conhecer seus talentos, todos tem, voce também tem os teus e é com esses que voce vai vencer.
Não te preocupe se até agora não deu certo, nada é perdido, foram experiências que tem certeza que não é por sí.
Agora, só falta identificar o teu caminho dentro de ti.
Através da psicoterapia vai conseguir. Não dê bola para diagnósticos... eles somem quando se colocar da tua dinâmica.
Boa tarde Sa sa. Estava te escrevendo a resposta anterior, e enviei sem querer.
Continuando...
É preciso que você entenda que você é mais, muito mais que um diagnóstico. As tuas ações em vida, suas relações, suas realizações pessoais e profissionais, ultrapassam e muito o diagnóstico que recebeste. É preciso considerar também que em nossas vidas todos temos, sem nenhuma exceção, momentos bons e momentos não tão bons, dias ótimos e dias péssimos, e isso, independente de qualquer diagnóstico, é um ponto comum entre todos nós, é algo que nos aproxima e deve servir como um desafio para avançarmos, e cada um com seu ritmo, dentro de suas possibilidades. Continue sua trajetória, se surpreenda com os mistérios e reviravoltas da vida, busque construir, pouco a pouco, o sonho que deseja ver concretizado, não se cobre tanto, não se culpe, busque boas referências (livros, filmes, séries, atividades) e, principalmente, não encare seu diagnóstico como algo que vai te limitar a ter uma vida "normal". Afinal, nos tempos de hoje, o que podemos considerar como "normal"? Nessa sua trajetória, é recomendável buscar ajuda de um profissional de psicologia capacitado, para que ele possa te auxiliar dentro de sua jornada, pelo tempo que for necessário. Espero ter te ajudado, e desejo que fique bem!
Bom dia Sa sa, espero que esteja tudo bem com você.
Apesar do seu relato, desabafo, é preciso olhar para outros pontos que você não expôs aqui. Você é jovem, tem toda uma trajetória pela frente, e desistir não é uma opção. Apesar de haver um diagnóstico, você não deve se prender a ele, como se você fosse somente o que diz o seu diagnóstico. É preciso entender
Olá Sa sa! Grato por perguntar. O que voce faz? Persista, persista muito. Conte com apoio de pessoas sensatas, maduras, confiáveis, acolhedoras, compreensivas, mas vá em frente. Apenas tome cuidado para que não ache as coisas mais fáceis do que elas são, nem mais difíceis do que elas são. Faça o maior esforço possível para considerar (quase obedecer|) as pessoas que gostam muito de você, que são extremíssima confiança sua. Não tome atitudes preciptadas e rápidas. Isso é muito comum nesses quadros.
Organize rotina de vida razoavelmente confortável e leva, com a supervisão e apoio dessa pessoa de extremíssima confiança, e esteja aberto para que ela seja firme com você, para a continuidade das coisas razoáveis, e a interrupção das imaginações indevidas.
Certamente vamos continuiar, você vai continuar. Cada conquista, cada superação valerá muito à pena.
Abraços virtuais (em tempos de índices elevadíssimos de pandemia, evitemos mais mortes - o Brasil apresente o pior índice de mortes do mundo - Façamos fechamento total por quinze dias, para que obtenhamos os mesmos benefícios que Araraquara, tanto para a economia, quanto para a saúde. Utilizemos máscara, higiene, distanciamento físico, vacina obrigatória e rápida para todos e por todos, senso de comunidade, empatia, Ciência!)
