Síndrome do Pânico: uma patologia da atualidade

O medo intenso e a sensação aterrorizante de perder o controle. Principais características, sintomas, gatilhos, tratamento e possíveis causas.

15 JUN 2021 · Leitura: min.
Síndrome do Pânico: uma patologia da atualidade

Características e principais sintomas

A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade sendo marcada por crises agudas de ansiedade sem um motivo aparente. Dentre alguns dos sintomas possíveis estão a taquicardia, dores no peito, tremores, náuseas, sensação de dormência ou formigamento, tonturas, calafrios ou suor intenso, falta de ar além da terrível sensação de morte iminente. As crises costumam surgir de forma inesperada e são carregadas de um medo intenso e desespero, aparentemente sem nenhum risco real presente. Nos dias atuais podemos perceber um aumento significativo de casos de pessoas que apresentam esse transtorno.

Sensações vivenciadas durante uma crise de pânico

Dentre os relatos de pessoas que sofrem desse transtorno/síndrome é possível perceber muitas similaridades. A sensação de medo ou terror intenso durante uma crise de pânico é avassaladora. A pessoa sente um grande medo de morrer, de perder o controle. O sentimento é de estar em perigo. Esses indivíduos relatam "o medo do medo", tendo uma preocupação constante de que um outro ataque possa acontecer. Muitas vezes, em função disso, evitam lugares onde estes possam ocorrer (que eles acreditam que possam ocorrer) ou situações que possam desencadear ou servir de gatilho para novos episódios. Essa sensação se faz tão presente que a pessoa passa a ter muitos prejuízos nas suas atividades do dia a dia, uma vez que passa a evitar muitas situações pela angústia de uma nova ocorrência. As crises de pânico podem durar de 10 a 40 minutos (aproximadamente).

Crise de pânico x Síndrome do pânico

Crise e síndrome não são a mesma coisa. A diferença tem a ver com a recorrência dos episódios de pânico. Se as crises forem muito frequentes e acarretarem modificações no comportamento do indivíduo, interferindo de forma negativa no seu estilo de vida, é provável que seja a Síndrome do Pânico. No entanto, se a pessoa teve uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de uma ameaça real, possivelmente foi algo pontual vivido pela pessoa naquele momento específico, não sendo suficiente para um diagnóstico de Síndrome do Pânico.

Tratamento

As pessoas que procuram por terapia costumam chegar ao consultório com grande sofrimento e desespero. Relatam grande pavor de como irão reagir em relação a um novo ataque de pânico. A terapia tem papel fundamental nesse processo e o acompanhamento psiquiátrico, com o uso de medicamentos, deve caminhar junto. Isso se faz necessário pois muitas vezes as pessoas sequer conseguem sair de casa para ir até o consultório, tamanho é o prejuízo que tais episódios já ocasionaram a elas. A ajuda psicológica se mostra fundamental para explorar e compreender os pensamentos e as expectativas catastróficas vivenciadas pelo sujeito, de forma que este possa restabelecer seu equilíbrio e voltar a ter uma vida funcional, sem a vivência angustiante do medo.

Causas da Síndrome do Pânico

Ainda não se sabe ao certo o que causa a síndrome do pânico. Alguns estudos apontam para a possibilidade dela ter relação com a carga genética. Outros indicam que está associado a momentos de transições significativas na vida das pessoas e a forma com que lidam com elas. Vivências que marcam grandes mudanças como a ida para a faculdade, o casamento, um primeiro filho, uma ruptura de carreira, um falecimento ou adoecimento de alguém querido, experiências traumáticas como, por exemplo, um acidente ou abuso sofrido, são situações de grande estresse que podem desencadear crises de pânico.

Referência Bibliográfica:

Quadros clínicos disfuncionais e gestalt-terapia / organização Lilian Meyer Frazão e Karina Okajima Fukumitsu. São Paulo: Summus, 2017.

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Escrito por

Roberta de Carvalho Pereira Psicóloga

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